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Ataque de Magdeburg pode moldar as próximas eleições – DW – 22/12/2024

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Os primeiros esforços para instrumentalizar O ataque mortal de sexta-feira ao mercado de Natal de Magdeburg ocorreu menos de uma hora após o ataque. Circularam falsos rumores de que havia cinco agressores, três dos quais ainda estavam à solta, que tinham chegado à Alemanha como refugiados da Síria em 2015 e 2016, e que não foi apenas um carro que matou pelo menos 34 pessoas, mas uma bomba colocada no local das festividades do feriado.

Nacionalista austríaco Martin Sellner, uma figura de destaque nas redes identitárias europeias, foi um dos mais proeminentes propagadores da desinformação. Políticos da extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) logo se juntou aos esforços para capitalizar o ataque, no qual pelo menos cinco pessoas foram mortas por um suspeito identificado como Talib A.*, um cidadão saudita que vive na Alemanha desde 2006 e aparentemente expressou admiração pela AfD.

“Somente a AfD teria deportado o homem há muito tempo”, publicou Sven Tritschler, vice-presidente da AfD no parlamento estadual da Renânia do Norte-Vestfália, nas redes sociais.

Dominik Kaufner, membro da AfD na legislatura do estado de Brandemburgo, publicou nas redes sociais que “a migração de um milhão de vezes é o problema e a remigração de um milhão de vezes é a solução”.

No seu próprio cargo, Vanessa Behrendt, deputada da AfD no parlamento estatal da Baixa Saxónia, culpou os partidos alemães rivais, como o social-democratas de centro-esquerda (SPD)o Democratas-Cristãos de centro-direita (CDU), Verdes e o Partido de Esquerda: “Eles são responsáveis ​​por isso. Somente eles.”

Magdeburg: Luto e descrença após ataque ao mercado de Natal

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‘Narrativas de direita se espalham’

De olho nas eleições federais marcadas para fevereiro, a líder da AfD, Alice Weidel, candidata do partido à chancelaria, escreveu nas redes sociais: “Quando esta loucura chegará ao fim?”

Benjamin Höhne, cientista político da Universidade Técnica de Chemnitz, cuja pesquisa se concentra nos partidos alemães, disse à DW: “A tendência está indo cada vez mais para a direita. As narrativas de direita se espalham. Uma política de migração aberta que tenta reconhecer o os direitos humanos já caíram em desuso. Acontecimentos catastróficos como o que aconteceu em Magdeburgo irão provavelmente agravar esta situação.”

A agência de notícias alemã dpa informou que o governo da Arábia Saudita já havia avisado as autoridades alemãs de que o suspeito, um dissidente declarado, pode ser uma ameaça. O pró-Rússia Aliança Sahra Wagenknecht (BSW)que também faz campanha por políticas migratórias restritivas, atacou a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, dizendo que ela deve responder “por que tantas dicas e avisos foram ignorados” antes do ataque de sexta-feira.

Observando os recentes ataques fatais com facas nas cidades de Solingen e Mannheim, a líder do BSW, Sarha Wagenknecht, apelou a “um plano de segurança convincente com um foco claro na protecção da população”.

Höhne disse: “É de se esperar que os partidos, especialmente de direita, tentem atacar o ministro do Interior e o SPD no tema da segurança. O SPD é responsável pelo Ministério do Interior e pela segurança interna a nível federal, por isso tentará não ficar na defensiva por causa de Magdeburg.”

As próximas eleições federais na Alemanha

Historicamente, a CDU e o seu partido irmão bávaro, o União Social Cristã (CSU) têm sido os partidos que se posicionaram como mais fortes no que diz respeito à segurança interna. Höhne disse que é provável que a segurança e a migração estejam no centro dos debates na próxima campanha, tal como aconteceu nas recentes eleições estaduais no leste da Alemanha.

Há uma ênfase crescente na “securitização” na política alemã, segundo Höhne. “Isso significa que a migração é discutida quase exclusivamente como um risco de segurança potencial ou real”, disse ele. “Com isso, outras facetas da migração são empurradas para segundo plano – como, por exemplo, como resolver a escassez de mão-de-obra na Alemanha ou atrair trabalhadores qualificados. Temo que o ataque em Magdeburgo fortaleça ainda mais este preconceito.”

Apela à UE para sancionar Elon Musk por “interferência”

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Há também esforços de intervenientes estrangeiros para influenciar as eleições alemãs. Juntamente com a desinformação russa, Elon Musk, bilionário da tecnologia baseado nos EUA atacou o governo da Alemanha. Aliado do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e dono da rede social X, Musk já apoiou a AfD nas próximas eleições. Pouco depois do ataque em Magdeburg, ele exigiu que o chanceler alemão Olaf Scholz renunciasse, chamando-o de “tolo incompetente”.

“As instituições e funcionários governamentais devem considerar se a sua presença continuada no X é politicamente aconselhável. Deve ficar claro que Elon Musk está a usar a sua empresa X para promover a sua agenda política na Alemanha. As instituições do governo federal alemão não devem tolerar isso”, disse Höhne. .

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.

*Nota do editor: a DW segue o código de imprensa alemão, que sublinha a importância de proteger a privacidade dos suspeitos de crimes ou das vítimas e insta-nos a abster-nos de revelar os nomes completos dos alegados criminosos.



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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.

“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Agosto Lilás



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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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