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Bandidos levam R$ 260 mil de banco postal após renderem gerente no interior do Acre
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7 anos atrásem
Dono do sétimo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e apontado como um dos locais mais isolados do mundo, situado na fronteira do Brasil com o Peru, no Acre, o município de Jordão, com sua cidadezinha acanhada e bucólica no meio da floresta e uma população que não chegaria a 8.500 pessoas, segundo o último senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2018, aos poucos está perdendo a inocência típica desses locais típicos do interior.
Agência foi saqueada/Foto: reprodução
No início da noite de segunda-feira (18), numa ação típica de cidade grande, pelo menos dois homens assaltaram a agência do Correios no município, situada à Rua Romildo Magalhães, e levaram pelo menos R$ 236 mil, após o anúncio de que a família do responsável pelo local estava rendida em sua casa por um terceiro membro do bando.
A Polícia Federal entrou no caso nesta terça-feira (19), deslocando agentes para o município já que o dinheiro roubado se relaciona à jurisdição do órgão, porque a agência dos Correios em Jordão funciona como banco postal, o que explica a elevada quantia para uma cidade tão pequena. É ali que a população paga suas contas de água, energia elétrica e outros boletos. Os ladrões, a propósito, nem quiseram levar todo o dinheiro da agência, disse o homem abordado pelos bandidos, Jonas de Souza Lima.
“Um dos bandidos disse para o outro para ele não levar as notas menores, o dinheiro miúdo e das moedas, para não fazer volume”, disse a vítima. Graças a isso, foram poupados de serem roubados mais de R$ 110 mil, que estavam num segundo cofre da agência.
O funcionário do Banco Postal disse à polícia que conferia a arrecadação do dia, por volta das 17h45min da última segunda-feira, quando percebeu que o fornecimento da energia elétrica do local havia sido suspensa. “Ele disse ter saído para ir pegar seu telefone celular, que estava sendo carregado em outra sala, e quando retornou ao local onde se encontrava anteriormente, perto dos cofres, deu de cara com um dos bandidos, lhe apontando uma arma e dizendo que era um assalto”, relatou o delegado Valdinei Soares da Costa, de Tarauacá, município cuja polícia tem jurisdição sobre a cidade de Jordão. Em Jordão, só há um único agente de polícia em atividade e uma guarnição de cinco militares.
Foram os policiais militares sargento Marcos Antônio e o soldado J. Marques que atenderam a ocorrência. Eles foram alertados por um cidadão de Jordão, José ednaldom Bezerra ferreira, que mora perto ao Banco Postal, que lá dentro alguém gritava por socorro. Era Jonas de Souza Lima, que estava amarrado com fitas crepes e preso no banheiro do prédio acanhado. Foi assim que os assaltantes o deixaram, ele relatou a polícia, com a advertência de que só deveria se manifestar, “fazer alguma coisa”, após uma hora do ocorrido, sob pena de, em casa, sua família, “sofrer as consequências”. A vítima aceitou as condições.
A polícia ainda não sabe se os assaltantes são da cidade ou chegaram de fora. A testemunha disse que, por estar escuro o local, sem energia, ele não conseguiu ver os rostos ou reconhecer as pessoas que o abordaram.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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17 horas atrásem
12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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2 dias atrásem
11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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