MUNDO
Bitcoin e ações dos EUA tiveram melhor rendimento em 2024 – 30/12/2024 – Mercado

PUBLICADO
6 meses atrásem
Tamara Nassif, Júlia Moura
Em um ano volátil para os mercados, o bitcoin foi o ativo mais rentável de 2024, segundo levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. Enquanto isso, a Bolsa brasileira terminou ano com queda de mais de 10%, na maior queda desde 2021, e investidores do país se contentaram com o bom resultado da renda fixa.
A principal criptomoeda do mundo mais que dobrou de preço nos últimos 12 meses e chegou a pouco mais de US$ 92 mil (R$ 568 mil) nesta segunda-feira (30).
Para os brasileiros, a disparada de 121,45% do bitcoin foi ainda potencializada pela alta de 27% do dólar em 2024. Em reais, a criptomoeda está 183,25% mais valorizada em comparação com o final do ano passado.
Não foi só o bitcoin que teve uma valorização acima da média neste ano. O ethereum, a segunda maior criptomoeda global, subiu 57%.
O setor foi impulsionado pelas apostas na possível, e depois confirmada, vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Trump, que prometeu tornar o país a “capital cripto do planeta”, acena a uma regulação favorável a essa classe de ativos, além de uma criação de reservas nacionais de bitcoins. Com a maioria republicana no Senado e na Câmara, são grandes as chances de aprovação desses projetos.
A vitória de Trump fez o bitcoin renovar recordes históricos por sessões consecutivas. Em 17 de dezembro, chegou a atingir a marca de US$ 108 mil (cerca de R$ 667 mil na atual cotação), até perder parte do fôlego nas sessões finais de 2024.
A valorização das criptomoedas compõe um movimento apelidado pelo mercado de “Trump Trade” —isto é, ativos que poderão se beneficiar sob as políticas do novo governo.
Além delas, ações de empresas americana se destacaram em 2024 com a expectativa de mudanças na regulação dos Estados Unidos. Investidores apostam em redução de impostos e flexibilização nas regras, em especial para instituições financeiras.
O desempenho de ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil é medido pelo BDRX, índice composto por uma carteira teórica de ativos. A sigla significa Brazilian Depositary Receipts Index (certificados de depósito de valores mobiliários brasileiros), e nele são listados empresas como Meta e Microsoft. No acumulado do ano, subiu 70,59%, refletindo a força das companhias em Wall Street.
O Dow Jones teve alta de 25% no acumulado do ano, marcando 42.582 pontos. O S&P 500 subiu 23,84%, agora em 5.907 pontos.
A Nasdaq, o índice de tecnologia dos Estados Unidos, teve o melhor resultado do ano entre as principais praças acionárias norte-americanas: subiu 31,38%, aos 19.486 pontos, impulsionado pela febre em torno da Inteligência Artificial.
A Nvidia, que produz chips e processadores utilizados pela IA, se tornou a segunda mais valiosa empresa do mundo, com uma valorização de 179,20% no ano.
Hoje com valor de mercado em torno de US$ 3,37 trilhões (R$ 20,8 trilhões), a empresa por trás das unidades de processamento gráfico só perde para a Apple, de quem tirou o primeiro lugar do pódio algumas vezes ao longo do ano. A companhia fundada por Steve Jobs vale US$ 3,81 trilhões (R$ 23,5 trilhões), tendo se valorizado 34% em 2024.
O ano também foi de cautela generalizada entre os investidores. Com incertezas em relação às eleições dos Estados Unidos e à política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), os agentes financeiros alocaram recursos em ativos considerados seguros —notadamente, o dólar e o ouro.
A força da moeda norte-americana pode ser medida pelo índice DXY, que a compara em relação às principais divisas do mundo, como o euro, a libra esterlina e o iene. A alta do DXY foi de pouco mais de 6%. Já o ouro subiu 26%.
A procura por ativos seguros afetou moedas de mercados emergentes. O real teve a maior desvalorização entre as principais divisas do mundo—, afetado pelo aumento da percepção de risco sobre o Brasil. Ao longo do ano, a credibilidade do governo Lula (PT) junto ao mercado foi erodida pelo descumprimento de parte do arcabouço fiscal, o conjunto de regras que orienta as contas públicas do país.
“Começou a ficar claro que várias despesas estavam furando o arcabouço. A gente já tinha visto esse filme antes, com o teto de gastos anterior, e as projeções do mercado mostravam que, ao longo do tempo, as contas públicas ficariam de novo sob uma regra insustentável”, diz Thais Zara, economista sênior da LCA Consultores.
“Quando você tem um endividamento público explosivo em um determinado país e a percepção de que o governo não vai conseguir conter esse crescimento, os investidores se sentem menos confortáveis de investir nele.”
A disparada mais expressiva do dólar ante o real ocorreu em novembro, após o governo anunciar um pacote de corte de gastos junto de um projeto de reforma do Imposto de Renda.
O peso argentino e o peso mexicano sucedem o real no ranking, com perdas de 21,5% e 16,5%, respectivamente, ainda segundo dados da Elos Ayta. No ano, apenas o dólar de Hong Kong se valorizou, com alta de 0,64%. A lira esterlina permaneceu estável, e o euro perdeu 6,09% do valor.
RENDA FIXA
Com o real em baixa, o grande destaque no Brasil foi a renda fixa. O CDI, que acompanha a Selic, acumulou um ganho de 10,78% no ano. A taxa básica de juros foi de 11,75% em janeiro para 10,50% em maio e voltou a subir em setembro, encerrando o ano a 12,25%
Já índice IHFA (Índice de Hedge Funds da Anbima), que mede o desempenho dos fundos multimercado, acumulou alta de 5,59%.
A poupança teve uma rentabilidade de 7,09% ao ano. Levando em consideração o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro, de 4,29%, a rentabilidade líquida real foi de 2,69%.
Folha Mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.
BOLSA DE VALORES BRASILEIRA
A Bolsa brasileira não foi capaz nem de proteger o dinheiro da inflação neste período. O Ibovespa, que chegou a bater recordes 136 mil pontos em meados de agosto com sinalizações da política monetária dos EUA, terminou o ano com uma rentabilidade negativa de 10,36%, aos 120.283 pontos, no pior desempenho anual desde 2021.
Em tempos de juros altos, os investidores tendem a se mover da renda variável para a renda fixa, já que a rentabilidade e a segurança dos ativos costumam ser mais atrativas.
Além disso, as mesmas incertezas globais que levaram à valorização do dólar também culminaram na fuga de capital em mercados emergentes, como o brasileiro. Aqui, ainda pesou a política fiscal, sobretudo após a decepção dos investidores com as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo, em novembro.
“Isso causou uma elevação significativa nos prêmios de risco, com abertura da curva de juros e depreciação do real. Com isso, o sentimento em relação à Bolsa também foi impactado de forma considerável”, afirma a equipe de analistas da XP em relatório.
Até 26 de dezembro, R$ 23,7 bilhões foram retirados da Bolsa por investidores estrangeiros, segundo dados da B3.
O índice Small Cap, que geralmente acompanha o Ibovespa, teve uma queda ainda maior, de 25,03%, e ficou com a lanterna do ranking.
O Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) também não teve um bom desempenho, com um recuo de 5,89%.
Segundo analistas, a renda variável foi impactada pelo aumento de 1,75 ponto percentual da Selic no segundo semestre de 2024. Além disso, os juros futuros em alta também pesam sobre a avaliação de preço dos ativos, encarecendo dívidas e reduzindo o cálculo de lucro futuro.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
Leia mais notícia boa
- Menino autista imita cantos de pássaros na escola e vídeo viraliza no mundo
- Cidades apagam as luzes para milhões de pássaros migrarem em segurança
- Três Zoos unem papagaios raros para tentar salvar a espécie
Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
Leia Mais: Só Notícias Boas
Relacionado
MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Leia mais notícia boa
A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
Relacionado
MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
Leia mais notícia boa
Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- ACRE6 dias ago
Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre
- ESPECIAL4 dias ago
“Direitos Humanos e Tecnologia” é o tema do II Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário
- Economia e Negócios2 dias ago
China Cycle Divulga Relatório de Análise da Feira Internacional de Bicicletas de 2025
- OPINIÃO1 dia ago
OPINIÃO: O STF desrespeita princípios constitucionais
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login