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“Blue Monday”, o dia mais deprimente do ano que na verdade é apenas um conceito publicitário

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Há cerca de quinze anos, a expressão «Segunda-feira Azul» reaparece em janeiro nas redes sociais e na mídia… O “Segunda-feira mais deprimente do ano” cai este ano em 20 de janeiro, num contexto particularmente sombrio.

Problema: esse conceito, supostamente baseado em cálculos acadêmicos de um psicólogo, só existe na cabeça de especialistas em marketing. Decifrar este “falso” com fins comerciais, distantes dos reais problemas psicológicos.

De onde vem esta invenção?

Blue Monday (que é inspirada na expressão inglesa sentir-se triste“estar deprimido”) designaria irrefutavelmente a terceira segunda-feira de janeiro como o dia mais deprimente do ano… segundo um suposto estudo científico publicado em 2005, que se baseia na seguinte equação:

Por que está errado

  • Esta equação é mais uma piada do que aritmética: certos factores não são quantificáveis ​​(clima, falta de motivação, etc.).
  • Seu autor, Cliff Arnall, que se apresenta como psicólogo, o próprio admitiu em 2010 que não havia nada científico por trás desse cálculoe que foi encomendado por uma empresa de publicidade em nome da agência de viagens Sky Travel. Ironicamente, desde então ele tem feito campanha pela sua “abolição” como parte de uma campanha patrocinada pelo comité de turismo das Ilhas Canárias (Espanha).

“Esse tipo de cálculo ameaça a compreensão do público sobre a ciência e a psicologia. Também é um desrespeito para com quem sofre de depressão real, porque implica que se trata de uma experiência temporária e menor, da qual todos sofrem., lembra o pesquisador de neurociências Dean Burnett no Guardião.

Para além do problema moral colocado pela propagação da pseudociência, a Segunda-feira Azul, que era apenas uma operação comercial, também pode encorajar um fenómeno preocupante de gastos compulsivos. De acordo com um estudo realizado por um instituto britânico, o Money and Mental Health Institute, em cada 5.500 pessoas que sofrem de transtornos mentais, nove em cada dez pessoas gastam mais dinheiro quando não se sentem bem. As compras desencadeiam um sentimento de culpa, o que pode levar outras compras a “sentir-se melhor”… desencadeando um círculo vicioso bem descrito por muitos psicólogos.

(UM primeira versão deste artigo foi publicado em janeiro de 2019.)

Saúde mental: sites, livros e números úteis

SitesInternet

Recursos de saúde pública França ;

Psycom, site de informações sobre saúde mental ;

Passo a passo, novo site de informações sobre saúde mental voltado para jovens ;

CléPsy, fichas práticas para famílias ;

durma melhor durante o confinamento: conselhos para adultos e crianças ;

Alloecouteado.org.

Livres

Os 4 tempos do renascimento: o estresse pós-traumático não é inevitávelde Michel Lejoyeux (JC Lattès, 193 páginas, 19,90 euros);

– Trauma, como sair dele? de Coraline Hingray e Wissam El-Hage (De Boeck Supérieur, 192 páginas, 19,95 euros);

Do confinamento ao desconfinamento : novas perspectivas em psiquiatria infantil. Sob a direção de Sylvie Tordjman, Carmen Schröder, Richard Delorme. E-book grátis para baixar.

Números de telefone

– Informações sobre o coronavírus Covid-19: 0800-130-000 (número gratuito);

– Olá infância em perigo: 119, ou Allo119.gouv.fr.

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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