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Boom das energias renováveis, mas países se apegam aos combustíveis fósseis – DW – 20/11/2024

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As energias renováveis ​​estão a expandir-se rapidamente nos países com elevadas emissões, mas demasiados estados estão a prolongar a utilização de combustíveis fósseis, especialmente o gás, de acordo com os últimos Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas, que classifica as medidas de proteção climática dos estados.

“O mundo está num ponto de viragem. O pico das emissões globais está próximo”, disse Niklas Höhne, do grupo de reflexão alemão sobre política climática NewClimate Institute, e co-autor do relatório. Mas os estados precisam agir rapidamente para reduzir emissões e “prevenir outras consequências perigosas das alterações climáticas”, acrescentou.

O CCPI, publicado anualmente, avaliou os 63 países mais a União Europeia que são responsáveis ​​por 90% das emissões globais de gases com efeito de estufa.

Dos países analisados, 61 conseguiram aumentar a proporção de fontes de energia verdecomo a eólica e a solar, nos seus mixes energéticos nos últimos cinco anos.

“As energias renováveis ​​estão na via rápida, especialmente no sector da electricidade”, disse o principal autor Jan Burck, da ONG ambiental Germanwatch, sobre o lançamento do CCPI durante o Cimeira climática da ONU no Azerbaijão. “Além disso, há uma electrificação crescente dos sectores de mobilidade, residencial e industrial. A tendência para a electrificação continua.”

Ainda assim, as actuais emissões per capita de 42 países não estão alinhadas com o Meta de Paris de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus Celsius (2,7 Fahrenheit).

A CCPI, disse Höhne, mostra “quão grande é a resistência do lobby dos combustíveis fósseis é.”

No Eleição presidencial dos EUAeste foi “um factor decisivo para trazer (Donald) Trump de volta à Casa Branca”, disse Höhne. Os EUA registaram um boom no gás de xisto nos últimos anos e Trump prometeu expandir ainda mais a produção doméstica de combustíveis fósseis e gastar menos em energia limpa.

Os países com pior classificação no CCPI – Irão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Rússia – também estão entre os maiores produtores de petróleo e gás do mundo. A percentagem de energias renováveis ​​nos respetivos cabazes energéticos é inferior a 3%, concluiu a análise, e os países não mostram “nenhum sinal de abandonar os combustíveis fósseis como modelo de negócio”.

Marrocos, Índia e Filipinas têm uma classificação elevada em proteção climática

O CCPI, elaborado por especialistas da Germanwatch, do NewClimate Institute e do grupo ambiental internacional Climate Action Network, classifica o progresso dos países na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e na utilização de energia, bem como na expansão das energias renováveis ​​e na melhoria da política climática.

Os três primeiros lugares da classificação não foram conquistados — como é normalmente o caso — porque nenhum dos países inquiridos está a fazer o suficiente para “evitar alterações climáticas perigosas” e alcançar uma classificação “muito elevada”.

Dinamarca mais uma vez conquistou o 4º lugar, seguido pela Holanda e pelo Reino Unido, um dos países com maior melhoria na classificação este ano.

O Reino Unido subiu 14 posições em relação a 2023 devido ao recente encerramento da última central eléctrica a carvão do país. O novo governo trabalhista também se comprometeu a não emitir quaisquer novas licenças para projectos de combustíveis fósseis, tornando o país um pioneiro entre as nações industrializadas do G7.

A CCPI também deu à Noruega, Suécia, Luxemburgo, Estónia e Portugal têm uma classificação “alta”, ao lado das Filipinas, Marrocos, Chile e do país mais populoso do mundo, a Índia.

Resultados medianos para a UE, Alemanha, Egito e Brasil

A União Europeia caiu uma posição na classificação, para o 17º lugar, e obteve uma classificação “média” no seu desempenho climático geral.

Embora os autores tenham descrito a proteção climática do bloco — com base na Acordo Verde da UE— como um grande progresso, afirmaram que as medidas tomadas até agora não representaram uma parte justa dos cortes globais nas emissões de gases com efeito de estufa. Os autores apelaram ao bloco vai parar de financiar combustíveis fósseis e cumprir as promessas de eliminar gradualmente os subsídios ao petróleo e ao gás até 2025.

A Alemanha, a maior economia da UE, também caiu duas posições, para o 16º lugar, e recebeu uma classificação “média”. “Embora tenham sido feitos progressos consideráveis ​​nas energias renováveis, a inacção política nos sectores dos transportes e da construção ainda conduz a emissões elevadas”, disse a co-autora Thea Uhlich da Germanwatch.

Uma vista de drone da central elétrica Ratcliffe-on-Soar em Ratcliffe-on-Soar, Nottinghamshire, Grã-Bretanha
O Reino Unido fechou a sua última central eléctrica a carvão em Outubro, eliminando finalmente o combustível fóssil após 142 anos de utilização e tornando o país um pioneiro entre as nações industrializadas.Imagem: Molly Darlington/REUTERS

Ambos os setores têm falharam consistentemente nas suas reduções de emissões metas, e a ONG ambiental alemã BUND disse que está a tomar medidas legais sobre a principal legislação climática do país, considerando-a insuficiente.

Os autores atribuíram a nove outros países da UE, bem como ao Egipto, Nigéria, Brasil, Colômbia, Vietname, Tailândia e Paquistão, uma classificação “média”.

A China e os EUA atingiram o pico de emissões de CO2?

A China e os EUA são os maiores poluidores mundiais de gases com efeito de estufa CO2 e foram classificados como “muito baixos” em termos de desempenho climático.

Nos EUA, o marco Lei de Redução da Inflação, uma lei climática assinada pelo cessante Presidente Joe Bidentem sido positivo para a expansão das energias renováveis, disseram os autores. Mas “as emissões per capita ainda são muito elevadas, com 15,8 toneladas de equivalente CO2 por ano”, acrescentou Höhne.

Alguns temem um A presidência de Trump atrasará a ação climática, e embora a eleição de Trump “certamente não seja uma boa notícia” para o clima, disse Höhne, “resta saber” quanta legislação a nova administração pode reverter.

“Mesmo Trump não consegue parar o boom das energias renováveis”, disse ele.

O aumento das temperaturas globais prejudica além dos desastres climáticos

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Quanto à China, o país está a viver um boom de energias renováveis ​​“sem precedentes”, destacou Burck, da Germanwatch.

“As emissões parecem ter quase atingido o pico. Isso seria um verdadeiro marco e um importante impulsionador em todo o mundo”, disse ele. No primeiro trimestre de 2024, as emissões de CO2 caíram na China sem uma recessão económica concomitante. Isto é significativo, uma vez que as emissões normalmente diminuem quando um país está em recessão.

“Mas para reduzir as imensas emissões do país de forma rápida e sustentável, precisamos agora de um afastamento claro dos combustíveis fósseis”, disse Burck.

Actualmente não há indicação de que o país esteja a avançar nessa direcção; A China ainda está construindo muitas usinas a carvão. Mas as coisas podem mudar com o novo plano quinquenal pendente.

“Esta é uma enorme oportunidade para a China obter reconhecimento internacional – especialmente em contraste com o futuro governo dos EUA”, disse ele.

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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