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Chefe do Malba diz que ‘Abaporu’ une Brasil e Argentina – 19/11/2024 – Ilustrada
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1 ano atrásem
Alessandra Monterastelli, Matheus Rocha
Rodrigo Moura, curador que assume o comando do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o Malba, diz que o “Abaporu”, tela de Tarsila do Amaral considerada a “Mona Lisa” do museu, é um importante elo para o circuito artístico formado entre o Brasil e a Argentina.
O Malba é lar do quadro brasileiro desde 2001, quando foi fundado pelo colecionador argentino Eduardo Costantini. Ele comprou o “Abaporu” num leilão em Nova York, na época por apenas US$ 1,3 milhão. Hoje, a tela, que é um marco para o modernismo no Brasil, é estimada em mais de US$ 45 milhões, cerca de R$ 259 milhões. Segundo Moura, a obra é “um talismã”.
“É uma representação da cultura visual brasileira, da antropofagia e um símbolo da alta determinação e irreverência do artista latino-americano em relação ao cânone europeu”, afirma.
Por esse motivo, o “Abaporu” contribuirá para o projeto que o curador tem para o Malba, que envolve sua expansão enquanto difusor da arte latino-americana pelo mundo.
“O museu merece ter mais protagonismo global, promovendo a arte argentina e latino-americana”, afirma o curador. Moura, que poderá opinar sobre as novas aquisições do museu junto a um comitê artístico que inclui o próprio Costantini, pretende fortalecer a coleção do Malba com obras de vertentes experimentais da arte contemporânea produzidas nas décadas de 1960 e 1970.
“Acho que tem muitas possibilidades de ampliação na coleção, mas o comitê de aquisições tem feito um trabalho extraordinário no museu. A instituição está muito atualizada em relação a aquisições de arte contemporânea.”
O brasileiro assume o Malba depois de dirigir o Museo del Barrio, em Nova York, onde destacou artistas que fazem parte do que ele chama de correntes diaspóricas, incluindo indígenas e de ascendência africana. Ele pretende continuar dando ênfase à diversidade na condução do museu argentino.
“O Malba, ao longo dos anos, já tem respondido a uma série de mudanças no cenário global em relação à diversidade e à representação de artistas indígenas e de ascendência africana”, afirma o curador.
Neste ano, por exemplo, a instituição argentina organizou a exposição “Amefricana”, da brasileira Rosana Paulino, a primeira pessoa negra a ganhar uma mostra no museu.
“Eu espero continuar contribuindo para tornar a atuação do museu mais próxima do que nós somos como experiência de sociedade na América Latina”, afirma Moura. “Mas acho que também podemos fazer uma ligação maior dos modernismos na América Latina com essas questões atuais”, acrescenta.
O Malba, aliás, é fundamental para o fortalecimento da arte latina. Isso porque a instituição congrega artistas de diferentes lugares dessa região e ajuda a jogar luz sobre suas manifestações artísticas. “É um museu que tem um papel muito importante de liderança e de promoção da arte regional em âmbito internacional”, afirma Moura.
Ele acrescenta ainda que a ideia de uma arte latino-americana começou a se consolidar há poucos anos graças ao fortalecimento dos museus da região. “Sobretudo essa espécie de renascimento do Masp. A Pinacoteca já vinha de um ciclo mais longo de prosperidade e de estabilidade. Mas, no caso do Masp, isso é recente.”
O museu, que já teve Moura entre seus curadores, chegou a acumular no passado dívidas que ultrapassavam R$ 40 milhões, mas vive hoje um momento de pujança, com um orçamento de R$ 63 milhões e exposições aclamadas.
No começo deste mês, inclusive, a instituição organizou um jantar de gala em que arrecadou R$ 3,4 milhões, um valor recorde em uma década de festa. “Isso tudo contribui para uma plataforma mais multinacional entre os diferentes circuitos da região”, diz Moura, para quem o Brasil é um vetor importante para a dinamização da arte latino-americana. “O país tem um peso diferente por ser muito grande e muito diverso”, afirma.
Moura diz ainda que quer conhecer melhor o Malba antes de implementar seus projetos na instituição.
“Meu primeiro plano é aprender melhor a realidade do museu. Eu faço isso em qualquer lugar aonde chego, porque a gente sempre tem uma ideia muito formada. Isso é um pouco arriscado no sentido de a gente não entender realmente o contexto do espaço”, afirma ele, sem esconder o entusiasmo em assumir o museu argentino.
“Estou feliz de me somar a essa trajetória que já tem anos de sucesso e para a qual espero levar a minha visão.”
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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