POLÍTICA
Ciro Gomes vê Lula e Bolsonaro em dificuldade, mas…

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4 meses atrásem

Marcela Mattos
Nas eleições de 2022, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) amargou o seu pior resultado numa disputa ao Palácio do Planalto, acabando em quarto lugar, com apenas 3% dos votos. Depois disso, o pedetista afirmou que foi vítima de um ataque “fascista” por parte de Lula e de Jair Bolsonaro e que, após quatro tentativas, dava por encerrada a intenção de chegar à Presidência.
Os últimos movimentos de Ciro Gomes, porém, animaram seus aliados, que avaliam que ele poderia entrar no páreo mais uma vez. “Ele já afirmou que é um homem de missão. Se ele tiver viabilidade, pode ser um nome”, afirma um de seus correligionários mais próximos.
Mas o político cearense, pondera esse aliado, saiu muito “dolorido” das eleições de 2022 tanto no campo pessoal quanto no político, o que poderia afastá-lo de vez das urnas.
No fim de março, Ciro Gomes participou de um jantar com a bancada de seu partido. No encontro, fez um diagnóstico do governo Lula, que considera uma “decepção”. Para Ciro Gomes, embora afirme que será candidato à reeleição, o petista pode acabar sem disputar em 2026 caso sinta que pode encerrar sua carreira política com uma derrota.
Já sobre Jair Bolsonaro, que está inelegível e às voltas com um processo que pode levá-lo à prisão, o ex-governador diz ter certeza de que o ex-presidente é uma carta fora do baralho.
É nesse cenário de dificuldades dos dois principais líderes que os aliados de Ciro avaliam que ele poderia voltar a se animar, fazendo um paralelo com a disputa de 1989, quando houve uma pulverização de 22 candidatos.
Pesquisa Datafolha divulgada no início do mês colocou Ciro Gomes como o nome mais forte no primeiro turno num cenário em que o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro não estejam na disputa. O pedetista pontuou com 19% das intenções de voto, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teve 16%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 15%, e o ex-coach Pablo Marçal, 12%.
Já num cenário em que Lula e Bolsonaro disputam, Ciro Gomes fica na terceira colocação, com 12% das intenções.
Outros possíveis destinos são traçados para Ciro Gomes. Entre as alternativas aventadas está uma disputa ao governo do Ceará em 2026 ou, num desfecho mais duro, a desfiliação do PDT caso a legenda decida apoiar a reeleição de Lula no próximo pleito, o que minaria de vez a possibilidade de concorrer ao Planalto.
Enquanto seus próximos passos são uma incógnita, Ciro Gomes é um usuário assíduo das redes sociais, onde tem milhões de seguidores, e mantém uma newsletter na qual faz uma análise da conjuntura política nacional – para acompanhá-la, os usuários têm de pagar 20 reais por mês.
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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3 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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