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como a imprensa internacional traça a trajetória do cofundador da Frente Nacional

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Nas horas que se seguiram à morte de Jean-Marie Le Pen, na terça-feira, 7 de janeiro, os obituários, inicialmente sóbrios e factuais, apareceram nas primeiras páginas de vários sites de notícias em todo o mundo. “Jean-Marie Le Pen, o líder populista da extrema direita francesa, morreu aos 96 anos”anunciado na tarde de terça-feira, o diário americano O New York Timesbem como, com algumas palavras, a BBC, o Tempo, O Guardião no Reino Unido ou O país na Espanha.
A imprensa internacional tem procurado reconstituir, escândalo após condenação, a carreira política e a vida do Sr. Le Pen. “Figura polarizadora” para o Tempo, “um dos protagonistas absolutos da política além dos Alpes e da direita europeia” derramar A República (Itália)… Adivinhamos mais as críticas do que as lemos. « Mort (vai colocar) algumas pessoas envergonhadas. Jornalistas antes de mais nada, porque é desaprovado falar mal dos mortos. A direita de alguns títulos franceses talvez permita elogios que ainda eram impossíveis há alguns anos, mas outros terão de fazer malabarismos com as palavras para não serem demasiado duros.escreveu o diário suíço Tempoa partir das 13h06 – a morte do Sr. Le Pen foi anunciada pouco antes das 13h00.
Os meios de comunicação se destacaram desde cedo na cobertura da morte de um “força constante da vida política francesa”nas palavras de Tempotão bem quanto um “parlamentar de extrema direita, (…) agitador extremista com tapa-olho de pirata e fundador daquele que se tornou o partido ultranacionalista e xenófobo mais poderoso da Europa”de acordo com a edição europeia da Político. Stefano Montefiori, du Jornal italiano Corriere della Sera estimou que o “O único contacto de Jean-Marie Le Pen com o lado certo da história” voltou ao seu pedido, recusou-se, em 1944, a juntar-se às fileiras da resistência das Forças Francesas do Interior. Depois disso, o Sr. Le Pen “lutou toda a sua vida com o campo menos nobre da França: Pétain e seus apoiadores aliados aos nazistas, então (aquele) nostálgicos do império colonial, torturadores na Argélia, racistas, anti-semitas”.
“Sempre o mesmo ódio quando se trata da Argélia”
A imprensa internacional não esqueceu que Jean-Marie Le Pen criou a Frente Nacional (FN) em 1972, ao lado da antiga Waffen-SS. Nem que ele foi condenado várias vezes por comentários que relativizaram ou negaram a realidade dos horrores da Shoah. Outro episódio da história marcou particularmente a sua vida pública: a guerra da Argélia, na qual Le Pen participou nas fileiras francesas. Primeiro admitiu ter praticado tortura a membros da Frente de Libertação Nacional, antes de voltar aos seus comentários – nas suas Memórias, publicadas em 2018, ele defende o uso da torturamas nega ter usado.
“Ao longo da sua “carreira” política, JMLP (Jean-Marie Le Pen) sempre demonstrou o mesmo ódio quando se trata da Argélia”escreve Tahar Kaidi, terça-feira à noite, em o jornal público argelino El Moudjahidtornando-o culpado de “numerosos delitos contra a Argélia e os argelinos”. “Do irracional ao patológico, o passo é por vezes dado rapidamente, e a JMLP manteve-se fiel, desde a sua adesão à Assembleia Nacional em 1956, a uma visão colonial de França”ele ainda acredita.
Referindo-se ao atual nome do partido co-criado por Jean-Marie Le Pen, o jornal argelino afirma que “nem “reunião” plural nem “nacionalismo” inclusivo, o ódio ao outro – o norte-africano, o árabe, o muçulmano, o árabe, o imigrante – é transformado em autoproteção, mas também num credo e numa marca registrada de um Classe política francesa que agora converge cavalheirescamente para uma ideologia extrema”.
Está no fato de ter “retirou a extrema direita francesa da marginalidade” (TempoSuíça) e ter feito “assuntos tabus socialmente aceitáveis” (O mundoAlemanha) que a imprensa internacional o reconheceu como sua maior conquista. “Aproveitando as crises sociais e económicas da década de 1980, ele fez (da extrema direita) uma força política duradoura e estruturada, atraindo eleitores que nem todos vêm deste horizonte”analisa o jornal suíço, enquanto o diário conservador alemão discute a sua “talento político natural” e enfatiza que, “em quase todos os retratos de Le Pen, encontramos admiração por (…) alguém que soube explorar as fraquezas dos seus adversários”.
“Nostalgia de um passado colonial”
Ao tentar polir a imagem da extrema direita em França, Marine Le Pen excluiu o pai em 2015 do partido que ele co-fundou e do qual ela assumiu as rédeas em 2011. Mas, para a imprensa internacional, o agora Nacional Rali (RN) “nunca se pode livrar de uma certa herança” do Sr. Le Pen, como Paul Ackermann escreve para Tempoque lembra que elevou seu partido de 0,7% nas eleições presidenciais de 1974 para 16,9% nas de 2002, quando chegou ao segundo turno contra Jacques Chirac. Para John Lichfield, em Políticofilho “O legado político ainda pode estar em desenvolvimento” em França e na Europa, onde os nacionalistas estão amplamente representados nos parlamentos e governos.
Jean-Marie Le Pen, que “fede à política que levou o continente à guerra, destruição e ocupação de metade do território pela União Soviética”, “participou nesta longa marcha da extrema direita”diz também Sean O’Grady, nas colunas do diário britânico pró-europeu O Independente. “Ele pode estar morto agora, mas (eu) assombrará a Europa por muito tempo”antecipa o jornal, fazendo eco às palavras de Tahar Kaidi, em El Moudjahidsegundo o qual “o inchaço do estilo Lepéniste é hoje o slogan da política francesa, que reproduz e legitima ideias que garantem a manutenção da ordem, da hegemonia e da nostalgia de um passado colonial”.
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Embora Marine Le Pen – que entregou a presidência do RN a Jordan Bardella em 2021 – possa não ser autorizada a concorrer nas eleições presidenciais de 2027 devido a uma potencial condenação no julgamento de assistentes parlamentares de eurodeputados da FN, a jornalista torna esta reunião uma preocupação. , quando “o chão cederá” e que vamos perceber “a deterioração da esfera política na França (quem terá) chaminé como a toupeira escava as suas galerias ». E para finalizar: Jean-Marie Le Pen “conseguiu treinar gendarmes para estarem atentos a qualquer violação da doxa extremista”.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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