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Como a Nigéria perdeu seu mercado têxtil para as importações chinesas – DW – 21/03/2025

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Nos anos 90, Nigéria’A indústria têxtil era um fator importante da economia, fornecendo emprego para centenas de milhares no país mais populoso da África.
“Estava cheio de atividades, de Kaduna, Kano, Lagos e Onitsha, as fábricas têxteis estavam localizadas em todos os mil lugares”, diz Ali Kwajaffa, chefe da Associação de Fabricantes de Têxteis da Nigéria (NTMA).
As usinas têxteis em todo o país produziram tecidos de alta qualidade para compradores nigerianos e mercados internacionais. As cadeias de produção em expansão também apoiaram os agricultores de algodão local.
Hoje, no entanto, apenas algumas fábricas permanecem, e mesmo essas estão lutando em meio ao influxo de têxteis baratos do exterior – particularmente de China.
Por que os tecidos chineses são tanto mais baratos?
A Nigéria ainda possui fazendas domésticas de algodão. No entanto, seus fabricantes têxteis precisam adquirir corantes, produtos químicos, amido e fibras sintéticas de outros países.
Reciclagem da empresa africana Resíduos têxteis no Quênia e Nigéria
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Por outro lado, a indústria têxtil da China se beneficia de uma cadeia de suprimentos integrada, onde todos os bens necessários e até máquinas estão disponíveis no mercado interno.
“A China já produz todas as matérias -primas”, diz Anibe Achimugu, presidente da Associação Nacional de Cotton da Nigéria (Nacotan). “Isso significa que eles podem produzir a um preço mais barato”.
Outro obstáculo para a indústria têxtil da Nigéria é a depreciação da moeda do país, Naira. Em 2023, o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, encerrou as medidas que mantiveram a naira por um valor fixo e, em vez disso, deixam o valor ser determinado pela oferta e demanda por câmbio. Desde então, a moeda caiu, aumentando o custo da importação de matérias -primas e peças de reposição.
Os rivais chineses estão copiando designs nigerianos?
Hamma Ali Kwajaffa, da NTMA, aponta que os tecidos importados são frequentemente feitos de poliéster e não de algodão. O poliéster é mais barato, mas também é considerado menor em qualidade.
Segundo Kwajaffa, os tecidos importados geralmente desaparecem rapidamente e não duram tanto quanto os tecidos de algodão. No entanto, como alguns dos tecidos estrangeiros imitam projetos de fabricação nigeriana, os consumidores podem atribuí-los erroneamente aos fabricantes locais. Além disso, as roupas contrabandeadas da China às vezes são marcadas ilegalmente como “feitas na Nigéria” e vendidas a preços mais baixos, disse ele.
Moda nigeriana – onde o estilo encontra a sustentabilidade
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“Por causa do preço barato, a população local prefere obtê-lo, independentemente dos danos à pele e da maneira como a cor vai lavar dentro de 2-3 dias”, disse Kwajaffa à DW. “Aqueles falsificados, eles entram, eles lavam com facilidade e culpam-os por nigerianos porque estão comprando o mesmo design”.
Apenas um punhado de fábricas têxteis restantes na Nigéria
Em 1997, o governo nigeriano introduziu a política de cobrança de fundos de desenvolvimento têxtil, um imposto de 10% sobre tecidos importados destinados a apoiar a produção local.
Mais de duas décadas depois, Kwajaffa diz que esse dinheiro “não chegou aos fabricantes”.
Sem apoio financeiro, os produtores locais continuaram perdendo terreno contra importações mais baratas. O declínio resultou em milhões de pessoas – trabalhadores têxteis, bem como agricultores e comerciantes de algodão – perdendo seus empregos. Os números da indústria mostram que a Nigéria já teve mais de 150 usinas de têxteis. Hoje, menos de quatro permanecem em operação, de acordo com Achimugu.
A demanda por algodão cultivado localmente continua caindo, e o declínio da agricultura de algodão “é muito visível na Nigéria”.
“A estação agrícola de algodão 2024-25 foi a pior que eu conheço”, disse Achimugu.
A Nigéria cai do ICAC devido a dívidas não pagas
A Nigéria era anteriormente membro do Comitê Consultivo Internacional de Cotton (ICAC), uma organização que fornece pesquisas, dados de mercado e recomendações de políticas para apoiar a indústria global de algodão. No entanto, a Nigéria não paga suas quotas por vários anos e não faz mais parte da organização.
Kwajaffa acredita que o estado em declínio da produção de algodão, têxtil e roupas (CTG) dificultou a sustentação dos custos dos membros do ICAC.
“Não obtemos lucro suficiente para pagar a quantia enorme. O governo nigeriano também pode usar a taxa de desenvolvimento têxtil para custear o custo em nosso nome”, disse ele à DW.
Os problemas de eletricidade da Nigéria
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A falta de suprimento confiável de eletricidade também impactou a produção têxtil na Nigéria. Muitos fabricantes dependem de geradores a diesel, o que aumenta ainda mais os custos de produção. Isso tornou ainda mais difícil para os fabricantes locais competirem com países como a China, onde a fonte de alimentação é mais estável.
Bilhões em empréstimos ajudarão os produtores têxteis?
No verão passado, o governo nigeriano assinou um acordo para assumir um empréstimo de cerca de US $ 3,5 bilhões (3,2 bilhões de euros) com o Pan-African Afrexx Bank para reviver a indústria têxtil. No entanto, Kwajaffa permanece cético. Ele diz que esperar a chegada dos fundos é “como esperar por Godot”, pois esses movimentos geralmente param antes de serem implementados.
Kwajaffa disse que os representantes do setor do CTG não viram o empréstimo e não têm conhecimento dos planos do governo de usá -lo.
O governo “sempre traz à tona a questão do orçamento e que o orçamento não é financiado adequadamente. Portanto, estamos sempre perdidos”, disse ele.
Editado por: Darko Lamel
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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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25 de abril de 2025
Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!
Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.
Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!
Ato de resistência
A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.
Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.
Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.
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Histórico de discriminação
Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.
Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.
A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.
Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”
Internet apoia
Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.
“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.
Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.
“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.
O racismo tem que acabar!
Veja como foi a manifestação dos estudantes:
O recado foi certeiro: não passarão!
Uma verdadeira festa da democracia:
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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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25 de abril de 2025
Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.
Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.
Carros com maiores descontos
Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:
- Renault Kwid: queda de 12,5%
- Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
- Honda HR-V: queda de 8,29%
- Fiat Argo: queda de 7,73%
- Fiat Mobi: queda de 6,06%
- Hyundai Creta: queda de 5,88%
- Volkswagen Polo: queda de 1,27%
- Chevrolet Onix: queda de 0,43%
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Impacto para motoristas
Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.
Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.
Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.
Impacto nos preços
De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.
O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.
A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.
Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.
Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.
O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação
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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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25 de abril de 2025
A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.
Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.
Como vai funcionar
A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.
Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.
Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.
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O que os resultados vão mudar
Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.
A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.
O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Como fazer as inscrições
Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.
A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.
Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).
Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.
O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil
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