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Como as vítimas de abuso infantil lidam com a paternidade – DW – 05/03/2025

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5 meses atrásem

“Muitos sobreviventes realmente se preocupam em ter ou não filhos porque têm tanto medo: e se isso acontecer com meus filhos também? E se eu não puder proteger meus filhos o suficiente?”, Diz Ava Anna Johannson, um dos sobreviventes envolvidos no estudo encomendado pelo Inquérito independente sobre abuso sexual infantil na Alemanha.
Johannson é uma sobrevivente de abuso infantil. Ela cresceu perto de Bremen no norte da Alemanha e foi abusada sexualmente por seu avô e outros membros da família a partir dos três anos de idade. Depois de um jovem difícil com feitiços em clínicas psiquiátricas, Johannson terminou a escola, foi para a universidade, casou -se e teve filhos.
No entanto, a experiência de dar à luz seu primeiro filho causou o trauma do abuso passado para voltar a inundar. “Isso me chocou totalmente”, explica ela. “Eu tinha uma sensação muito forte de ser tratado como um objeto, que absolutamente não era sobre mim e minhas próprias necessidades, sobre as quais eu estava sendo discutido e não”.
Abuso sexual infantil online: rastreando os autores
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Falta de consciência sobre o trauma entre a equipe médica
Johannson atrai uma conexão entre seu tratamento pela equipe médica enquanto dá à luz os abusos que ela experimentou quando criança, incluindo o mesmo sentimento de impotência. Um procedimento médico para aumentar o canal de nascimento, chamado episiotomia, foi particularmente traumático.
“Fui aberto para forçar o bebê sem sequer ser avisado”, disse ela à DW. “Acho que há um forte paralelo lá com o abuso … você deve ficar feliz por o bebê estar saudável e jorrar sobre ele”.
Os autores do estudo pesquisaram mais de 600 sobreviventes de abuso sexual na infância entre 20 e 70 anos, 84% eram mulheres. Eles escrevem que a violência e o desrespeito durante o parto é uma grande questão de política social, de saúde e da mulher. São necessários treinamento sensível ao trauma direcionado e o estabelecimento de serviços abrangentes de suporte profissional para resolver o problema.
Mais redes de suporte necessárias para sobreviventes
O estudo faz várias recomendações para os formuladores de políticas e profissionais de assistência, como parteiras, na esperança de que os sobreviventes possam ser melhor apoiados com o planejamento familiar e sua vida cotidiana como pai. Isso inclui apoio especializado a crianças em jardins de infância e nas escolas.
“Experiências traumáticas podem ser transmitidas para a próxima geração, mas não é inevitável. O perigo não é que os pais experimentaram violência, o perigo é que eles não recebam apoio suficiente e que sejam deixados sozinhos”, disse à Sociólogo Barbara Kavemann, um dos autores do estudo.
Outra questão levantada pelos participantes do estudo, especialmente os homens, foi o medo de que eles pudessem se tornar autores – e isso não apenas os impede de ter filhos, mas também de procurar apoio necessário. “Eles têm medo de pedir apoio do aconselhamento, bem -estar da juventude e de outras agências que serão estigmatizadas como vítimas de violência e que serão informadas de que não podem cuidar de seus filhos”, explica Kavemann.
A maioria dos abusos sexuais contra crianças ocorre dentro da família e quase um quarto dos pais pesquisados relatou a dificuldade de evitar que seus filhos tenham contato com o agressor. Um dos Recomendações é que melhores redes de suporte sejam implementadas Para aqueles que perderam a rede de apoio da família porque foram ostracizados ou se distanciaram ativamente porque sua família não deseja se distanciar do agressor.
“Os grupos de auto-ajuda também desempenham um papel muito importante”, explica KaveMann, acrescentando que os funcionários dos centros de planejamento familiar e aconselhamento não sabem “praticamente nada” sobre o tópico.
Também é importante que os pais expliquem às crianças quando atingem a idade apropriada sobre o que aconteceu no passado e poder responder a perguntas, o que ajuda a elevar o ônus de pais e filhos, segundo KaveMann. “As crianças podem lidar com essas coisas, desde que saibam e podem ver que elas e seus pais têm o direito de apoiar e, acima de tudo, que sabem que não é culpa deles. Isso é realmente importante”, diz ela.
Johansson concorda que muita coisa mudou para ela quando finalmente conseguiu conversar com seus filhos sobre o que havia acontecido com ela quando criança. “Tudo começou quando eu disse a eles que estava me sentindo bem, que havia uma razão para isso e que eu estava procurando apoio. Isso sempre foi o mais importante para mim, que meus filhos não precisam se preocupar comigo, que não se sentem culpados e que eu recebo ajuda”, diz ela.
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Memorial proposto em reconhecimento a sobreviventes de abuso
Fundada em 2016 pela Câmara do Parlamento, a investigação independente sobre abuso sexual infantil está investigando a extensão, a natureza e as consequências da violência sexual contra crianças e jovens na República Federal da Alemanha e na RDA. A Comissão realiza entrevistas e publica relatórios com recomendações para prevenção futura e como dar aos sobreviventes o reconhecimento apropriado.
Preciso Informações sobre como abuso sexual infantil generalizado Na Alemanha, não está disponível por causa de dados insuficientes – uma questão que a Organização Mundial da Saúde pediu ao país que corrigisse para trazer a questão mais aberta. As últimas estatísticas da Agência Federal do Crime estimam que 54 crianças e adolescentes por dia se tornaram vítimas de abuso sexual na Alemanha.
KaveMann diz que um grande problema é a falta de atenção aos abuso sexual infantil que ocorre dentro das famílias em comparação com Casos que ocorrem em instituições como a Igreja Católica.
Uma das idéias discutidas no relatório é criar um local memorial em reconhecimento para aqueles afetados pelo abuso sexual infantil que decidem não ter filhos como resultado de suas experiências ou que não conseguem por causa dos danos físicos causados por seus agressores.
É uma idéia que Johannson, que ainda está lidando com as consequências do abuso perpetrado contra ela, também recebe. “Tive um começo difícil na vida, mas tirei o melhor proveito disso e acho que fiz um bom trabalho criando meus filhos”, diz ela. “Simplesmente não há onde eu ter algum tipo de reconhecimento oficial pelo que aconteceu comigo ou obter qualquer tipo de compensação. Essa é uma pílula amarga para engolir”.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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