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Como um drone interceptado aumentou as tensões da Malgélia-DW-04/11/2025

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Como um drone interceptado aumentou as tensões da Malgélia-DW-04/11/2025

Mais uma história de conflito se desenrola de Tin Zaouatine, uma região do deserto em Mal’s Far Nordeste. A mesma região que testemunhou um Derrota sem precedentes dos mercenários russos que foram emboscados pelos rebeldes de Tuaregues em agosto de 2024 está novamente no epicentro de uma crise que se desenrola.

Na noite entre 31 de março e 1º de abril, um drone de vigilância de Akinci, fabricado pela turco, operado pelos militares da Mali literalmente do céu. Imagens em vídeo circulando nas mídias sociais retratavam detritos ardentes caindo e colidindo com uma área desabitada.

Horas depois, o argelino O Exército afirmou que uma unidade de defesa aérea na região da fronteira abriu um drone de reconhecimento armado que havia entrado no espaço aéreo da Argélia. Bamako discordou, argumentando que os destroços foram encontrados quase 10 quilômetros (6 milhas) no território da Mali.

Desde então, o incidente sem precedentes criou uma grande brecha diplomática entre os vizinhos. Embora pareça que nenhum dos lados tem interesse em escalar a questão, a crise tem sido intensificada.

Protestos, retaliação e solidariedade

Logo depois que a Argélia assumiu a responsabilidade, centenas de manifestantes se reuniram em frente à embaixada do país na capital do Mali, Bamako, de acordo com um repórter da DW. “Eles destruíram o drone em nosso território. Basta! Estamos aqui para mostrar ao mundo que estamos com nossas autoridades”, disse um dos manifestantes à DW.

A junta militar do Mali retaliou por meios diplomáticos: em um passo coordenado com seus aliados próximos Níger e Burkina Faso – Ambos também governados por juntas – todos os três estados da Aliança Sahel (AES) retiraram seus embaixadores da Argélia. Argel rapidamente retribuiu. Um dia depois, o Mali e a Argélia fecharam seu espaço aéreo para a aeronave um do outro.

Bustos dos três líderes da junta estão em frente em uma parede pintada com os contornos e bandeiras dos três países do Mali, Níger e Burkina Faso
As três juntas formaram um forte vínculo entre seus países – mesmo com gestos simbólicos como a Praça AES em BamakoImagem: Makan Fofana/DW

Embora possa ter sido uma escolha fácil para Burkina Faso ficar em solidariedade com seu aliado, a decisão pode ter sido mais difícil para o Níger.

“Do ponto de vista nigeriano, esse não é um bom desenvolvimento, porque eles acabaram de melhorar seus laços com a Argélia”, disse Ulf Laessing, chefe do programa Sahel da Fundação Alemã Konrad Adenauer (KAS), afiliada ao Partido Conservador Alemão CDU.

“A Argélia fez um esforço para o Níger, especialmente porque as relações com o Mali são tão ruins. A empresa estatal de petróleo da Argélia, Sonatrach, assinou um contrato no Níger, do qual o Níger lucra economicamente”, disse Laessing à DW.

O ministro das Relações Exteriores do Mali, Abdoulaye Diop, acusou Argel de apoiar o terrorismo.

“O Conselho dos Líderes da EA considera a destruição do drone operado pelas forças armadas malsas como uma ação hostil contra todos os membros da AES e um passo perfumado que, de certa forma, promove o terrorismo e desestabilização da região”. Diop disse à DW.

A Argélia negou qualquer irregularidade no incidente do drone e acusou o Mali de tentar redirecionar a culpa por seus problemas internos.

“A junta dos Putschists que governa no Mali está em vão, tentando tornar nosso país um bode expiatório para os contratempos e problemas dos quais o povo maliano está pagando o preço mais pesado”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Argélia em comunicado.

As relações da Maléia se deterioraram desde 2023

Mali e Argélia compartilham uma história comum da opressão colonial francesa. Desde que eles se tornaram independentes Em 1960 e 1962, respectivamente, as relações entre os dois países passaram por manchas aproximadas. A segurança na fronteira de 1.300 quilômetros de comprimento (808 milhas) sempre foi um problema controverso. Em 2015, após três anos de combate entre o exército do Mali e os rebeldes do norte, a Argélia mediou com sucesso um contrato de paz – o Acordos de Argel.

No entanto, tanto a segurança no norte do Mali quanto as relações com a Argélia permaneceram frágeis – especialmente após os golpes militares do Mali em 2020 e 2021. Em meio a novos confrontos entre os contratos de Argel Accords, relatórios de atrocidades cometidas por soldados malianos e seus novos irmãos em armas, Mercenários russos de Wagnersurgiu.

De acordo com Laessing, as relações se deterioraram ainda mais no final de 2023, quando o presidente da Argélia Abdelmadjid Tebboune hospedou Mahmoud Dickoum poderoso imã da região de Tomboctou do Mali, a quem a junta militar percebe como uma ameaça devido à sua popularidade.

Representantes sentam -se atrás de uma mesa em um palco, várias bandeiras em segundo plano. O pódio de um orador lê "O hotel Aurassi, Argel"
Em maio de 2015, o governo da Mali e representantes rebeldes assinaram um acordo de paz intermediado pela ArgéliaImagem: EPA/STR/Picture Alliance/DPA

“Isso foi visto como uma provocação em Bamako. Mali subsequentemente rescindiram os Acordos de Argel. A Argélia retaliou verbalmente. Dessa forma, a crise agravou – e, por causa disso, já estivemos em um nível de crise “, disse Laessing.

O analista da Malian, Paul Ooula, disse à DW que as relações diplomáticas entre Mali e Argélia não têm confiança.

“Hoje, as autoridades malianas desaprovam completamente a interferência das autoridades argelinas na administração da crise de segurança no Mali”, disse Ooula.

Ao mesmo tempo, Ooula acredita que a briga é de maior benefício para Marrocos. Rabat aumentou sua pegada no Região Sahel Nos últimos anos, oferecendo aos países da AES uma conexão com o comércio marítimo sem ter que confiar nos países da CEDEA.

Maneiras de resolver as tensões

Os atores externos estão preocupados que novas hostilidades entre Mali e Argélia possam ser prejudiciais para a segurança já frágil da região. O bloco econômico da África Ocidental CECOWASonde os três estados da AES haviam sido membros antes de sua onda de golpes, apelaram em comunicado a ambos os lados para “desscalar a tensão, promover o diálogo e usar mecanismos regionais e continentais para resolver diferenças”.

Mohamed Si Bachir, analista político e professor da Escola Nacional de Ciência Política (école Nationale suprourieure de sciences politiques) em Argel, diz que existem maneiras de neutralizar a crise.

“Poderíamos usar as alavancas sociais e diplomáticas”, disse Si Bachir à DW. “Na diplomacia, a Argélia mantém boas capacidades e tem longa experiência em conflitos regionais. Podemos assumir que esta máquina está iniciando e indo em busca de uma solução”. Mas também as relações pessoais entre as comunidades de ambos os lados da fronteira argelina-maliana podem ajudar a preencher as lacunas.

Embora nenhum dos lados pareça se beneficiar das consequências, resta saber se o Mali e a Argélia poderão convocar vontade política suficiente para resolver sua disputa.

Mahamadou Kane, Makan Fofana e Tarek Draoui contribuíram para este relatório.

Editado por: Keith Walker



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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