OPINIÃO
Conheça Bakunin Acriano, o Eremita

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7 anos atrásem

Coluna ‘Cartas Comunistas e Capitalistas’
Comunista de 90 anos, ex-exilado, crítico literário e saudoso da tradicional máquina de escrever.
Depois de defender por décadas a ditadura do proletariado, aprendeu que o Brasil pode ser o meio para a insanidade.
Ignorado pela militância armada e golpista, rejeitado pela classe política de direita, de centro direita, dos corruptos e desprezado pelos companheiros, sendo abandonado em plena selva, durante uma fuga, sendo perseguido por fascistas que adoravam cometer bulling, ele se refugiou em meio aos indígenas, onde vislumbrou uma sociedade perfeita até o não-índio chegar e corromper os autóctones.
Depois da devastação da aldeia pela influência brasileira, ele foi se refugiando, chegando a morar com macacos, onças e até a cobra grande.
Ainda no século passado, sob a influência do conhecimento da floresta, tomou uma superdose de Daime e teve a miração de um Brasil melhor, tomou coragem e saiu andando, se despedindo das pacas, tatus, cotias e até do mapinguari e chegou na área urbana de Marechal Thaumaturgo, quando o efeito psicotrópico da ayahuasca já havia passado, então foi e se viu nu, em plena rua de terra, então veio a ressaca moral de voltar a civilização, mas já era tarde, pois outros humanos correram para prendê-lo por atentado ao pudor.
Alegou ele ao delegado que na selva não havia lojas e mesmo se existisse, um comunista é contra o capital, então buscaria, por meio de revolução a distribuição dos bens de forma igualitária. O argumento do Eremita não sensibilizou o policial que mandou o meliante para o presídio da capital, onde se sentiu como um preso político, em que os ideais libertários confrontam as regras opressoras do Estado.
Por ser atentado ao pudor um crime de menor potencial, ele acabou solto em meio a um mutirão de defensores públicos, então ele pensou que aquela alucinação poderia estar correta e o Brasil em via de uma mudança revolucionária, mas logo se decepcionou, porque os defensores públicos sofrem mais que ele em plena selva.
Na época em que Bakunin Acriano ganha a liberdade também era o dia em que um companheiro de luta chega ao poder, sim, ele foi liberto no dia da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da Ré-publica, então foi o reinício do seu sofrimento entre os brasileiros urbanizados.
Por décadas ele tentou retomar a luta da esquerda, a Ditadura do Proletariado, mas os antigos camaradas já estavam envolvidos na política e desprezaram mais uma vez aquele Eremita que mais parecia Dom Quixote.
Mesmo sem acreditar não ter direito, passou a receber uma pensão pelo Estado em decorrência dos anos de luta armada e pela idade. Assim, ele passou anos buscando os antigos parentes, mas descobriu que todos haviam morrido, então, se isolou em um quartinho do Segundo Distrito, onde recebe muitas reclamações de vizinhos por fazer muito barulho ao retomar a antiga prática: a literatura, mas usando a velha máquina de escrever, uma Olivete recuperada e que muitas vezes sofre para garantir a tinta das fitas pressionadas pelos tipos contra o papel para que as letras possam ser impressas no papel.
Essa é a história de um homem abandonado pelos seus companheiros da esquerda.
Bakunin Acriano, o Eremita
(Personagem fictício que faz uma crítica à sociedade)
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PUBLICADO
2 meses atrásem
3 de setembro de 2025
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O novo slogan do governo é malicioso, pois dá a impressão aos incautos cidadãos de que os super-ricos não pagam impostos no país, quando isso não é verdade.
Os super-ricos sempre pagaram impostos – banqueiros, grandes empresários, donos de conglomerados, etc. Essas pessoas estão no topo de estruturas que empregam milhares ou até milhões de pessoas. Mas o ponto mais debatido é quanto pagam e como pagam.
Muitos têm acesso a estratégias legais de planejamento tributário, como:
– Offshores e paraísos fiscais para reduzir o imposto sobre lucros e patrimônios.
– Investimentos em incentivos fiscais, como imóveis ou ações que têm tratamento especial.
– Uso de fundos exclusivos e trusts que diferem ou minimizam a incidência de tributos.
A honestidade política recomenda jogar limpo e não mostrar à sociedade uma mentira travestida de verdade.
Quando o governo não faz o dever de casa, ajustando as suas despesas para sobrar dinheiro para cumprir os seus compromissos, não é justo convocar a sociedade para pagar essa conta por meio da cobrança de IOF.
A engenharia do governo é muito hábil para criar impostos e incompetente para encontrar soluções factíveis sem onerar o cidadão.
Os esquerdistas/socialistas/comunistas pregam que os ricaços pagam menos impostos, o que é uma falácia, e que o país precisa fazer justiça tributária. Essa é uma narrativa de quem só quer receber de quem tem mais.
Ora, se a riqueza dos que têm mais foi construída honestamente, não faz sentido o governo pretender onerar mais essa faixa social.
O que o governo brasileiro tem de fazer, e não faz, é corrigir os seus gastos públicos perdulários, por exemplo, com a ilha da fantasia Brasília, em que o Executivo, Legislativo e Judiciário estão montados em privilégios e benesses públicas.
Por outro lado, pelo que dispõe o princípio constitucional da igualdade de tratamento, todos, pobres e ricos, deveriam pagar a mesma taxa de imposto, pois é o que diz a CF.
Vale aqui, para reflexão, dois pensamentos:1.”A pior forma de igualdade é tentar tornar iguais duas coisas diferentes” (Aristóteles, momentos de filosofia). 2.”Sociologia é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja, e o seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria” (Winston Churchill)”.
Outra mentira divulgada pelos esquerdistas, que adoram viver no mundo capitalista, é que no Brasil quem ganha mais paga menos impostos. Pelo art. 5º da CF, todos devem ser tratados da mesma forma, ou seja, as alíquotas de impostos deveriam ser iguais para todos. Assim, quem ganha menos paga menos (2% sobre 100 reais é igual a 2 reais) e quem ganha mais paga mais (2% sobre 1000 reais é igual a 20 reais).
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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PUBLICADO
3 meses atrásem
13 de julho de 2025
Independentemente de ideologia político-partidária, somos brasileiros e devemos reagir contra qualquer nação que queira se intrometer em nosso país, desrespeitando a nossa Justiça e o nosso governo, eleito democraticamente.
A recíproca será verdadeira sem nenhum medo. A taxação às mercadorias brasileiras será respondida na mesma proporção.
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