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COP30: Indígenas exigem copresidência da cúpula em Belém – 31/01/2025 – Ambiente
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Jorge Abreu
Com a amazônia no centro dos debates da COP30, a conferência sobre mudanças climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas) que será realizada em novembro em Belém, entidades indígenas exigem a copresidência do evento.
Tradicionalmente, as cúpulas do clima têm apenas uma pessoa à frente da presidência. No último dia 21, o embaixador André Corrêa do Lago foi anunciado para o cargo, por escolha do governo Lula (PT).
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A proposta inédita de uma copresidência indígena, porém, surgiu como uma das pautas do G9 —grupo de coalizão formado por povos originários dos nove países da amazônia, criado durante a COP16, a conferência da ONU sobre biodiversidade que ocorreu em Cali, na Colômbia, em outubro do ano passado. Lá foi lançada uma campanha chamada A Resposta Somos Nós.
A ideia, defende o movimento, tem objetivo de assegurar direitos ambientais e o poder de decisão das comunidades que vivem na floresta e dependem dos recursos naturais. No Brasil, a reivindicação é feita por Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).
A Coiab, que é representante do Brasil no G9, defende a demarcação de mais terras indígenas como medida para frear o avanço da extração de combustíveis fósseis e do desmatamento, o que colaboraria para preservação da biodiversidade, além da diminuição da emissão de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.
“Essa ideia se fortaleceu na COP16, entre os povos indígenas dos países da bacia amazônica. Nós definimos em conjunto que a demarcação dos territórios indígenas poderia ser incluída como política de clima e de biodiversidade”, diz Toya Manchineri, coordenador-geral da Coiab.
Manchineri afirma que buscará diálogo com André Corrêa do Lago e junto ao Ministério dos Povos Indígenas para dar protagonismo às vozes das comunidades tradicionais na COP30. Por enquanto, não houve resposta do governo federal quanto à proposta.
“A gente espera que a organização da COP30 considere essa nossa solicitação [da copresidência do evento]”, acrescenta. “Tendo um evento na amazônia brasileira e com a diversidade de povos, espero que considerem nossas contribuições sobre desmatamento, mitigação do impacto sobre as mudanças climáticas no nosso território e nossos conhecimentos ancestrais.”
Em nota, a Apib celebrou a nomeação de Lago para a condução da cúpula —por seu histórico na diplomacia climática, o anúncio também foi bem recebido por ambientalistas e setor empresarial—, contudo, lamentou que o governo brasileiro não tenha atendido ao pedido de copresidência indígena.
A entidade, formada por organizações de base dos seis biomas brasileiros, manifestou também insatisfação pela saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris em meio às discussões globais para diminuir as taxas de emissão de CO2.
“Lamentamos profundamente que o governo brasileiro ainda não tenha atendido a nossa demanda por uma copresidência indígena. A Apib reafirma sua reivindicação, destacando o protagonismo dos povos indígenas na proteção dos biomas, biodiversidade e do equilíbrio climático”, diz trecho da nota.
Se acatada a proposta, a Apib e suas organizações de base definirão internamente o nome que trabalhará com Lago, no âmbito da governança da campanha A Resposta Somos Nós. Segundo a ideia das organizações, o Ministério dos Povos Indígenas teria apenas o papel de articulação junto ao governo federal, sem influência na decisão do nome a ser selecionado.
Procurado, o Ministério de Relações Exteriores defendeu, em nota, que a realização da COP30 na amazônia “reafirma o papel central dos povos indígenas e das comunidades locais na preservação ambiental e no enfrentamento dos efeitos das mudanças globais do clima”.
Questionado sobre o pedido das entidades indígenas, a pasta não se manifestou.
“A escolha da região como sede da conferência não é apenas simbólica, mas estratégica, pois proporciona um espaço onde lideranças indígenas podem dialogar diretamente com governos, organizações internacionais e a sociedade civil, contribuindo para decisões mais inclusivas e representativas”, disse também o Itamaraty.
Questionado sobre as possíveis manifestações de indígenas durante a programação do evento em Belém, o ministério afirmou que governo brasileiro deve garantir o direito à livre manifestação, com segurança, promovendo diálogo aberto e transparente com os setores da sociedade.
Em Cali, durante a COP16 da biodiversidade, a ativista indígena e colunista da Folha, Txai Suruí, foi impedida por seguranças da ONU de realizar um protesto contra o marco temporal. Ela afirmou que teve suas credenciais arrancadas e que foi lesionada no braço durante a abordagem.
Pelas regras da ONU, é necessária autorização para realizar protestos durante os seus eventos e eles não podem ter como tema questões nacionais.
O projeto Excluídos do Clima é uma parceria com a Fundação Ford.
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Ufac recepciona estudantes de licenciaturas que farão o Enade — Universidade Federal do Acre
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24 de outubro de 2025A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta sexta-feira, 24, no Teatro Universitário, a recepção aos alunos concluintes dos cursos de licenciatura que participarão do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), neste domingo, 26.
O evento teve como objetivo acolher e motivar os estudantes para a realização da prova, que tem grande importância para a formação docente e para a avaliação dos cursos de graduação. Ao todo, 530 alunos participarão do Enade Licenciaturas este ano, sendo 397 em Rio Branco e 133 em Cruzeiro do Sul.
Participam do Enade Licenciaturas os concluintes dos cursos de Física, Física EaD, Letras/Português, Letras/Inglês, História, Geografia, Ciências Biológicas, Química, Matemática, Matemática EaD, Pedagogia, Ciências Sociais, Filosofia e Educação Física.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, que representou a reitora Guida Aquino, destacou o papel da universidade pública na formação docente e o compromisso social que acompanha o exercício do magistério. “A missão de quem se forma nesta instituição vai além do diploma. É defender a educação pública, a democracia e os direitos humanos. Vocês representam o que há de melhor na educação acreana e brasileira. Cada um de vocês é parte da história e da luta da Ufac.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou o caráter formativo do exame e o compromisso da universidade com a qualidade da educação. “O Enade é mais do que uma prova. Ele representa uma etapa importante da trajetória de cada estudante que trilhou sua formação nesta universidade. É um momento de reflexão sobre o aprendizado, o esforço e o legado que cada um deixa para os próximos alunos.”
Ela reforçou que o desempenho dos estudantes é determinante para o conceito de cada curso e destacou a importância da participação responsável. “É fundamental que todos façam a prova com dedicação, levando o nome da Ufac com orgulho. Nós preparamos esse encontro para motivar, orientar, e entregar um kit com lanche, água, fruta e caneta, ajudando os alunos a se organizarem para o domingo.”
A pró-reitora lembrou ainda que a mesma ação está sendo realizada no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul, com o apoio da equipe da Prograd e dos coordenadores locais. “Lá, os alunos estão distribuídos em três escolas, e nossa equipe vai acompanhá-los no dia da prova, garantindo o mesmo acolhimento e suporte.”
O evento contou com apresentação cultural da cantora Luzienne Lucena e do Grupo Vibe, do projeto Pró-Cultura Estudantil, formado pelos acadêmicos Gabriel Daniel (Sistemas de Informação), Geovanna Maria (Teatro) e Lucas Santos (Música).
Também participaram da solenidade a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; e os coordenadores de cursos de licenciatura: Francisca do Nascimento Pereira Filha (Pedagogia), Lucilene Almeida (Geografia) e Alcides Loureiro Santos (Química).
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Ufac promove ação de autocuidado para servidoras e terceirizadas — Universidade Federal do Acre
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23 de outubro de 2025A Coordenadoria de Vigilância à Saúde do Servidor (CVSS) da Ufac realizou, nesta quinta-feira, 23, o evento “Cuidar de Si É um Ato de Amor”, em alusão à Campanha Outubro Rosa. A atividade ocorreu no Setor Médico Pericial e teve como público-alvo servidoras técnico-administrativas, docentes e trabalhadoras terceirizadas.
A ação buscou reforçar a importância do autocuidado e da atenção integral à saúde da mulher, indo além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. O objetivo foi promover um momento de acolhimento e bem-estar, integrando ações de valorização e promoção da saúde no ambiente de trabalho.
“O mês de outubro não deve ser apenas um momento de lembrar dos exames preventivos, mas também de refletir sobre o cuidado com a saúde como um todo”, disse a coordenadora da CVSS, Priscila Oliveira de Miranda. Ela ressaltou que muitas mulheres acabam se sobrecarregando com as demandas da casa, da família e do trabalho e acabam deixando o autocuidado em segundo plano.
Priscila também explicou que a iniciativa buscou proporcionar um espaço de pausa e acolhimento no ambiente de trabalho. “Nem sempre é fácil parar para se cuidar ou ter acesso a ações de relaxamento e promoção da saúde. Por isso, organizamos esse momento para que as servidoras possam respirar e se dedicar a si mesmas.”
O setor mantém atividades contínuas, como consultas com clínico-geral, nutricionista e fonoaudióloga, além de grupos de caminhada e ações voltadas à saúde mental. “Essas iniciativas estão sempre disponíveis. É importante que as mulheres participem e mantenham o compromisso com o próprio bem-estar”, completou.
A programação contou com acolhimento, roda de conversa mediada pela assistente social Kayla Monique, lanche compartilhado e o momento “Cuidando de Si”, com acupuntura, auriculoterapia, reflexologia podal, ventosaterapia e orientações de cuidados com a pele. A ação teve parceria da Liga Acadêmica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da especialista em bem-estar Marciane Villeme.
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Ufac realiza abertura do Fórum Permanente da Graduação — Universidade Federal do Acre
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22 de outubro de 2025A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufac realizou, nesta terça-feira, 21, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, a abertura do Fórum Permanente da Graduação. O evento visa promover a reflexão e o diálogo sobre políticas e diretrizes que fortalecem o ensino de graduação na instituição.
Com o tema “O Compromisso Social da Universidade Pública: Desafios, Práticas e Perspectivas Transformadoras”, a programação reúne conferências, mesas temáticas e fóruns de discussão. A abertura contou com apresentação cultural do Trio Caribe, formado pelos músicos James, Nilton e Eullis, em parceria com a Fundação de Cultura Elias Mansour.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino. Ele destacou o papel da universidade pública diante dos desafios orçamentários e institucionais. “Em 2025, conseguimos destinar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para custeio, algo inédito em 61 anos de história.”
Para ele, a curricularização da extensão representa uma oportunidade de aproximar a formação acadêmica das demandas sociais. “A universidade pública tem potencial para ser uma plataforma de políticas públicas”, disse. “Precisamos formar jovens críticos, conscientes do território e dos problemas que enfrentamos.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou que o fórum reúne coordenadores e docentes dos cursos de bacharelado e licenciatura, incluindo representantes do campus de Cruzeiro do Sul. “O encontro trata de temáticas comuns aos cursos, como estágio supervisionado e curricularização da extensão. Queremos sair daqui com propostas de reformulação dos projetos de curso, alinhando a formação às expectativas e realidades dos nossos alunos.”
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor Diêgo Madureira de Oliveira, da Universidade de Brasília, que abordou os desafios e as transformações da formação universitária diante das novas demandas sociais. Ao final do fórum, será elaborada uma carta de encaminhamentos à Prograd, que servirá de base para o planejamento acadêmico de 2026.
Também participaram da solenidade de abertura a diretora de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Grace Gotelip; o diretor do CCSD, Carlos Frank Viga Ramos; e o vice-diretor do CMulti, do campus Floresta, Tiago Jorge.
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