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Criança vitima de explosão de barco necessita de aspirador para traqueostomia

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Quase dois meses após a explosão do barco no Rio Juruá, que vitimou 18 pessoas, o pequeno Paulo Vitor Ferreira, de 04 anos, que realiza tratamento no Hospital de Belo Horizonte deverá receber alta nos próximos dias. Atualmente, o menino está realizando sua respiração, através do procedimento de traqueostomia. O aparelho que fica na traqueia necessita ser limpo constantemente com um aspirador apropriado.

Os médicos orientaram a família a necessidade de ter um aspirador cirúrgico de secreção portátil  junto da criança. O aparelho custa aproximadamente R$500.



Os profissionais de BH estão em contato com a saúde do Acre para saber se existe um aparelho deste tipo para disponibilizar para o menino, mas caso não exista será necessário que a família faça a aquisição. De acordo com o primo de Paulo Vitor, Hideilson de Araújo, de 26 anos, que acompanha todo o tratamento, a criança necessita deste aparelho para receber alta, e poder manter os cuidados necessários.

“A saúde dele está bem melhor, em relação ao que já passou. Ele estava muito abalado psicologicamente, mas a irmã dele foi mandada para cá, ele reconheceu ela e o tratamento evoluiu. Como ele passou muito tempo isolado, estava tendo alucinações, batia a cabeça. Depois foi tirado do isolamento, levado para UTI, onde tinha mais pacientes. Será muito bom para ele ter essa alta médica”, contou o primo.

De acordo com o Hideilson, nos últimos exames realizados com Paulo Vitor foi constatado que a via respiratória estava 100% fechada, não tendo possibilidade de retirar o aparelho que possibilita a respiração pela traqueia no momento. A criança já teve a sonda retirada, já está comendo normalmente e as queimaduras apresentam melhoras significativas, após passar por pelo menos seis cirurgias.

Das vítimas da explosão com o barco, quatro delas seguem internadas, sendo o menino de quatro anos, o dono do barco que encontra-se na UTI, e outros dois na enfermaria.

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Educação divulga calendário de matrículas para a rede estadual

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Érica Torres

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), anuncia o calendário das matrículas e rematrículas para o ano letivo de 2025 nas escolas da rede estadual. A Instrução Normativa n.º 07/2024 contém todas as orientações, bem como o cronograma completo com as etapas para a Educação Básica (ensino Fundamental e Médio) – Zona Urbana, Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena e Educação do Campo.

Instrução normativa contém todas as orientações e cronograma completo. Foto: Neto Lucena/Arquivo Secom

Na primeira etapa serão disponibilizadas as vagas para Ensino Fundamental e Médio (Zona Urbana) para novos alunos, ou seja, para estudantes que não possuem matrícula ativa em uma escola estadual. Esse processo será realizado de forma online no site da SEE (www.see.ac.gov.br), a partir do próximo dia 9, para os municípios de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Nos demais municípios, as matrículas serão presenciais, em cada escola.

O chefe do Departamento de Gestão de Redes, professor José Rêgo, explica que esse será o momento também para as solicitações de transferência interna. “Aqueles alunos que já estudam em uma de nossas escolas em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, mas desejam mudar para uma outra unidade de ensino, também irão fazer essa solicitação online. Isso facilita o acesso e a gestão das vagas nesses locais, onde temos um maior número de escolas”.

As rematrículas para aqueles que já são estudantes da rede estadual, assim como para alunos que concluíram os anos iniciais do Ensino Fundamental na rede municipal e agora passarão para uma escola do Estado para dar continuidade aos estudos, o processo será conduzido internamente, em conjunto com as próprias escolas, a partir de janeiro de 2025. Também em janeiro, acontecerão as matrículas e rematrículas da Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena e Educação do Campo.

“Este é um momento crucial para organizarmos nossas escolas e garantirmos que nenhum estudante fique fora da sala de aula. Estamos preparados para atender as famílias e assegurar o direito à educação para todos,” afirmou o secretário de Educação, Aberson Carvalho.

Confira abaixo o cronograma completo:

 

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Pioneiro na Região Norte, Acre vai ofertar DIU Mirena e implante subdérmico para adolescentes entre 14 e 18 anos

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Cássia Veras

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), deu um passo histórico nesta quarta-feira, 4, ao lançar o projeto “Adolescência Primeiro, Gravidez Depois”, marcando uma nova era para a saúde pública. Com isso, o Acre se tornou o primeiro estado da Região Norte a oferecer, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), os métodos contraceptivos de longa duração DIU Mirena e implante subdérmico para adolescentes.

Projeto visa a diminuição do índice de gravidez na adolescência. Foto: Odair Leal/Sesacre

Com um investimento de R$ 2 milhões, a iniciativa visa reduzir os índices de gravidez na adolescência, promovendo o direito à saúde sexual e reprodutiva de jovens entre 14 e 18 anos, nos municípios de Jordão, Tarauacá, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Manoel Urbano.

A secretária adjunta de assistência da Sesacre, Ana Cristina Moraes, destacou o impacto positivo do projeto: “É um marco transformador para a saúde pública do Acre e para as adolescentes de nossa região. Investir em métodos contraceptivos de longa duração significa não apenas prevenir a gravidez precoce, mas também oferecer às jovens a oportunidade de estudar, crescer e se desenvolver com autonomia e dignidade. Estamos comprometidos em garantir que essa política alcance todas as adolescentes acreanas que mais precisam”, declarou.

Inovação no combate à gravidez precoce

A distribuição desses métodos, recomendados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), representa um marco no atendimento às adolescentes. Por serem reversíveis e de longa duração, o DIU Mirena e o implante subdérmico oferecem às jovens maior autonomia para planejar sua vida reprodutiva.

Coordenadora do Núcleo de Saúde do Adolescente e Jovens da Sesacre, Luciana Freire. Foto: Odair Leal/Sesacre

A coordenadora do Núcleo de Saúde do Adolescente e Jovens da Sesacre, Luciana Freire, ressaltou a importância da ação: “Nosso objetivo é ampliar o acesso aos métodos contraceptivos e reorganizar os fluxos assistenciais para facilitar que os adolescentes cheguem às unidades de saúde. Com essas medidas, conseguimos prevenir a mortalidade materno-infantil e otimizar os gastos públicos, além de garantir os direitos sexuais e reprodutivos dos jovens”, disse.

Perspectivas nacionais e regionais

Presente no evento, a delegada da Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia da Infância e Adolescência, Ida Peréa, destacou a relevância da iniciativa não apenas para o Acre, mas para toda a Amazônia Ocidental:

Delegada da Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia da Infância e Adolescência, Ida Peréa, parabenizou o Estado pela iniciativa. Foto: Odair Leal/Sesacre

“Ampliar o acesso a métodos contraceptivos de longa duração é a maneira mais custo-efetiva de reduzir a mortalidade materna e prevenir ciclos de baixa escolaridade. O Acre está mostrando que é possível mudar a história com ações concretas”, enfatizou.

O projeto “Adolescência Primeiro, Gravidez Depois” integra a estratégia do governo do Acre para o quadriênio 2024-2027, reforçando a atenção primária e promovendo ações intersetoriais voltadas à juventude.

Curso teórico-prático para capacitação médica

Como parte do lançamento do projeto, médicos dos cinco municípios beneficiados participaram de um curso teórico-prático sobre inserção, retirada e substituição do implante subdérmico. A capacitação abordou aspectos como:

  • Características do implante e seu mecanismo de ação;
  • Indicações e contraindicações;
  • Técnicas de inserção e remoção do dispositivo;
  • Cuidados pós-procedimento.

O treinamento visa assegurar que os profissionais estejam preparados para oferecer atendimento seguro e eficaz, consolidando o Acre como referência em saúde reprodutiva adolescente no país.

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De forma participativa, ribeirinhos, extrativistas, agricultores familiares e povos indígenas definem metodologia para realização das consultas públicas no Acre

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Ângela Rodrigues

De forma participativa, ribeirinhos, extrativistas, agricultores familiares e povos indígenas das cinco regionais do Acre dialogaram e defenderam a melhor metodologia para a realização das consultas públicas, que irão definir a pactuação da atualização da repartição de benefícios do Programa Isa Carbono, do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa).

O evento, sob a coordenação técnica do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), encerrou na noite desta terça-feira, 3, no auditório do Centro Universitário Uninorte, com a criação de Grupos de Trabalho (GTs) onde foram debatidas as particularidades de cada território e comunidades tradicionais e agricultores familiares.

Ribeirinhos, extrativistas, agricultores familiares e povos indígenas definem metodologia para realização das consultas públicas no Acre. Foto: Pedro Henrique Alves/Sepi

“Foram dois dias de muito diálogo e construção participativa, onde os representantes das comunidades tradicionais, agricultores familiares e povos indígenas puderam defender suas particularidades e contribuir no processo de realização das consultas públicas. É um marco importante para o governo Gladson Cameli, que nos delegou essa honrosa missão de fortalecer e ampliar as políticas públicas ambientais do Acre respeitando as salvaguardas socioambientais e os direitos das populações tradicionais e povos indígenas”, destacou a presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Jaksilande Araújo.

Encaminhamentos do Fórum Participativo

Após o mapeamento, os participantes definiram que serão realizadas seis consultas públicas nas cinco regionais acreanas. Antes da realização das consultas, ficou acordado que serão realizadas reuniões  preparatórias, a fim de capacitar os participantes sobre a temática da repartição de benefícios do Sisa, REDD+, Salvaguardas Socioambientais, mercado de crédito de carbono, financiamentos climáticos e outros relacionados.

Outro importante encaminhamento foi voltado para a comunicação e capacitação com a produção de material didático com linguagem simplificada para melhor compreensão das temáticas que serão tratadas ao longo das consultas públicas. 

Grupo de Trabalho das comunidades tradicionais e agricultura familiar realizaram contribuições. Foto: Pedro Henrique Alves/Sepi

Foi acordado, ainda, que após a conclusão das seis consultas públicas será realizado um fórum deliberativo, na capital acreana, onde serão dados os encaminhamentos finais para a definição da pactuação da nova repartição de benefícios do Sisa. 

Todo o processo foi acompanhado pelos membros que integram a Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento (Ceva), câmaras temáticas Indígena e de Mulheres (CTI e CTM), ambas instâncias de governança do Sisa, de onde partiu a deliberação para realização do fórum participativo.

Grupo de Trabalho com povos indígenas apresentou suas contribuições para a realização das consultas públicas. Foto: Pedro Henrique Alves/Sepi

Para dar transparência, o fórum foi transmitido ao vivo pelo YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=0YV-YX11QCM), e pode ser acessado por meio do canal oficial do governo do Acre: https://www.youtube.com/@noticiasdoacre

Uma equipe especializada foi designada para realizar a relatoria completa dos dois dias do evento, com detalhamento de toda a programação, bem como as contribuições e encaminhamentos finais. O documento final será disponibilizado na página eletrônica do IMC (https://imc.ac.gov.br/), em até 30 dias. 

Esforços e parcerias

A realização do evento mobilizou esforços das secretarias de Estado de Povos Indígenas (Sepi); de Meio Ambiente (Sema), de Fazenda (Sefaz); Planejamento (Seplan) e Coordenação do Programa REM e da Companhia de Desenvolvimento em Serviços Ambientais (CDSA).

Evento contou com esforços de várias secretarias estaduais e com a parceria de organismos internacionais. Foto: Diego Gurgel/Secom

O governo do Acre contou com a importante parceria dos organismos internacionais, representados pela conselheira sênior da Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad), Borghild Tønnessen-Krokan; o conselheiro do Clima e Floresta da Embaixada da Noruega, Ole Bergum; a conselheira do Clima e Floresta da Embaixada da Noruega, Inês Marques; o oficial de Programas de Clima e Meio Ambiente do PNUD, Gustavo Matsubara; diretor sênior de políticas para florestas tropicais do Environmental Defense Fund – EDF (Fundo de Defesa Ambiental), Steve Schwartzman; presidente do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad; a diretora de políticas públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

O que eles disseram

“Estamos prontos para debater, preparados para fazer uma grande mudança, sair de uma agricultura tradicional para trazer algo novo. Então, precisamos do REDD+ e do governo do Estado junto conosco. Temos uma causa em comum, que é defender o meio ambiente. Nosso maior exemplo de humanidade foi o Raimundão [Raimundo Mendes, primo de Chico Mendes], que veio de uma luta de muito tempo e criou todos os movimentos e trata todos com muito respeito. Então, precisamos estar juntos, debatendo e pensando em uma causa só”, representante do GT de Povos e Comunidades Tradicionais e da Agricultura Familiar no fórum, representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Acre (Fetacre), em Cruzeiro do Sul, Lisiane de Araújo Pedrosa.

Líder indígena, Tashka Peshaho Yawanawa, ao lado da presidente do IMC, no encerramento do Fórum Participativo. Foto: Ângela Rodrigues/Sema

“Esse é o momento histórico entre povos indígenas, seringueiros e comunidades tradicionais, juntos num só objetivo. Nós, povos indígenas, estamos num momento de construção e diálogo com o governo e com as populações tradicionais. Temos esse entendimento de união entre povos indígenas na luta pelos nossos direitos. Sempre estaremos unidos na defesa de nossos interesses, como estamos aqui neste fórum. Esse tema é muito importante e vamos seguir na defesa e interesse de nosso povo”, destacou o líder indígena, Tashka Peshaho Yawanawa.

Francisca Arara destaca união e respeito em fala de encerramento do Fórum Participativo. Foto: Pedro Henrique Alves/Sepi

“Saímos deste fórum muito felizes de ver o tamanho do respeito do governador às populações tradicionais e povos indígenas. Ele tem priorizado o diálogo, a transparência e construído um planejamento, de forma participativa, para continuidade das políticas públicas de curto, médio e longo prazo, que irão gerar benefícios a milhares de pessoas que vivem da agricultura familiar, extrativista e territorial, que tanto contribuem para a conservação do meio ambiente”, destacou a gestora da Sepi, Francisca Arara.

Leonardo Carvalho, titular da Sema, destaca empenho do governador Gladson Cameli na realização do fórum. Foto: Felipe Freire/Secom

“O governador reconhece a importância que é envolver as comunidades para que a gente tenha aí um processo muito bem feito, robusto, de alta integridade para que a gente possa responder essas demandas e acessar recursos gerados a partir desses ativos ambientais, os quais vão possibilitar a continuidade das políticas públicas no enfrentamento ao desmatamento ilegal e execução de projetos que gerem benefícios  àqueles que conservam nossas florestas”, disse o gestor da Sema, Leonardo Carvalho.

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