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‘Crime contra o jornalismo’: Jornalistas de Gaza criticam a proibição da Al Jazeera pela AP | Notícias do conflito Israel-Palestina

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Deir el-Balah, Gaza – Jornalistas reunidos no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Gaza, expressaram indignação e confusão sobre a decisão da Autoridade Palestiniana (AP) de encerrar o escritório da Al Jazeera na Cisjordânia ocupada.

“Fechar um grande meio de comunicação como a Al Jazeera é um crime contra o jornalismo”, disse o jornalista freelancer Ikhlas al-Qarnawi.

“A cobertura da Al Jazeera documentou os crimes israelitas contra os palestinianos, especialmente durante o genocídio em curso”, disse o jornalista de 28 anos à Al Jazeera no hospital, a ligação à Internet mais fiável na Faixa para arquivar histórias.

Na quarta-feira, a AP suspendeu temporariamente a Al Jazeera na Cisjordânia ocupada pelo que descreveu como a transmissão de “material incitante e reportagens que enganavam e provocavam conflitos” no país.

A decisão veio depois que o Fatah, a facção palestina que domina a AP, proibiu a Al Jazeera de fazer reportagens nas províncias de Jenin, Tubas e Qalqilya, na Cisjordânia ocupada, citando a sua cobertura dos confrontos entre as forças de segurança palestinas e grupos armados palestinos no área.

Al Jazeera criticou a proibição da APdizendo que a medida está “em linha com as ações da ocupação (israelense) contra o seu pessoal”.

‘Ofuscando a verdade’

Desde o início da guerra, cerca de 150 jornalistas têm trabalhado nas tendas dos jornalistas no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, para 20 meios de comunicação locais, internacionais e árabes.

Jornalistas, incluindo os da Al Jazeera, foram forçados a trabalhar em hospitais depois da destruição das suas sedes e escritórios de comunicação social.

Wafa Hajjaj acredita que a ação da AP contra a Al Jazeera ‘piora a situação’ (Abdelhakim Abu Riash/Al Jazeera)

O correspondente da TV Al-Aqsa, Mohammed Issa, disse no hospital que a proibição da AP contradiz as leis internacionais que garantem a liberdade jornalística e pode colocar ainda mais os jornalistas em perigo.

“A decisão da AP obscurece a verdade e mina a narrativa palestiniana, especialmente uma rede líder como a Al Jazeera”, disse Issa, acrescentando que a proibição reforça a narrativa de Israel que “justifica a perseguição de jornalistas palestinianos”.

“Todos os trabalhadores da mídia em Gaza rejeitam esta decisão que silencia o maior meio de comunicação árabe e global durante tempos críticos dos últimos anos.”

Wafaa Hajjaj, jornalista independente que trabalha com TRT e Sahat, disse que a proibição a deixou “triste” e “decepcionada”.

“Numa altura em que Israel está deliberadamente a atacar e a matar… jornalistas em Gaza, com os nossos colegas da Jazeera na linha da frente, sem qualquer protecção internacional ou institucional, a acção da AP na Cisjordânia vem piorar a situação”, disse Hajjaj enquanto ela e sua equipe entrou no hospital para entrevistar os feridos.

Israel tem matou pelo menos 217 jornalistas e trabalhadores da mídia em Gaza desde o início da guerra em Gaza em 7 de outubro de 2023.

Quatro deles eram jornalistas da Al Jazeera: Samer Abudaqa, Hamza al-Dahdouh, Ismail al-Ghoul e Ahmed al-Louh.

‘Confie que a Al Jazeera persistirá’

Embora frustrada, Hajjaj disse à Al Jazeera que está esperançosa de que a AP retire a proibição “o mais rápido possível”.

“Confio que a Al Jazeera persistirá apesar de todas as sanções, como tem feito há anos.”

Yousef Hassouna, fotojornalista com 22 anos de experiência, também criticou o encerramento da Al Jazeera, juntamente com “qualquer outro meio de comunicação” alvo de tais proibições.

“Isto é uma violação contra todos nós, jornalistas palestinos”, disse ele, acrescentando que a Al Jazeera é “uma plataforma essencial” que cobre a guerra de Israel em Gaza.

“Agora, mais do que nunca, nós, jornalistas palestinos, precisamos de apoio e proteção internacionais, e não de limitações ou restrições”, disse Hassouna.

Ikhlas Qirnawi
O jornalista freelance disse que o fechamento da Al Jazeera é um ‘crime contra o jornalismo’ Ikhlas al-Qirnawi (Abdelhakim Abu Riash/Al Jazeera)

‘Erros críticos’

Ismail al-Thawabtah, porta-voz do gabinete de comunicação social do governo em Gaza, disse que a Autoridade Palestiniana cometeu dois erros graves nas últimas semanas.

“O primeiro: o ataque a Jenin e o resultante confronto militar com o nosso honrado povo palestiniano e as forças de resistência, e o segundo: o encerramento do escritório da Al Jazeera”, disse ele, acrescentando que a medida representa “graves violações da liberdade de imprensa”.

Al-Thawabtah disse que ambos os incidentes exigiram que a AP conduzisse uma revisão abrangente das políticas e posições em linha com os interesses nacionais supremos e o respeito pelos direitos do nosso povo palestino e pelas suas liberdades básicas.

Quanto aos jornalistas reunidos no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, estavam unidos no seu apelo para acabar com a proibição.

“Nós, como jornalistas, somos completamente contra. Espero que sejam tomadas medidas para impedir esta decisão imediatamente.” disse o jornalista freelancer al-Qarnawi, acrescentando que a proibição prejudica mais do que apenas os jornalistas.

“Nosso povo palestino é o maior perdedor.”



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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