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DeepSeek: Startup de IA chinesa compete com OpenAI – 24/01/2025 – Tec

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No dia seguinte ao Natal, uma pequena startup chinesa chamada DeepSeek revelou um novo sistema de inteligência artificial que poderia se igualar às capacidades dos chatbots de ponta de empresas como OpenAI e Google.

Isso por si só já seria um marco. Mas a equipe por trás do sistema, chamado DeepSeek-V3, descreveu um passo ainda maior.

Em um artigo de pesquisa explicando como construíram a tecnologia, os engenheiros da DeepSeek disseram que usaram apenas uma fração dos chips de computador altamente especializados que as principais empresas de IA dependem para treinar seus sistemas.

Esses chips estão no centro de uma competição tecnológica tensa entre os Estados Unidos e a China. Enquanto o governo dos EUA trabalha para manter a liderança do país na corrida global de IA, está tentando limitar o número de chips poderosos, como os fabricados pela empresa do Vale do Silício Nvidia, que podem ser vendidos para a China e outros rivais.

Mas o desempenho do modelo DeepSeek levanta questões sobre as consequências não intencionais das restrições comerciais do governo dos EUA. Os controles forçaram pesquisadores na China a serem criativos com uma ampla gama de ferramentas que estão livremente disponíveis na internet.

O chatbot da DeepSeek respondeu a perguntas, resolveu problemas de lógica e escreveu seus próprios programas de computador tão bem quanto qualquer programa já no mercado, de acordo com os testes de referência que as empresas de IA dos EUA têm usado.

E foi criado de forma econômica, desafiando a ideia predominante de que apenas as maiores empresas de tecnologia —todas elas com sede nos Estados Unidos— poderiam se dar ao luxo de criar os sistemas de IA mais avançados.

Os engenheiros chineses disseram que precisaram de apenas cerca de US$ 6 milhões em poder computacional bruto para construir seu novo sistema. Isso é cerca de 10% do que o gigante da tecnologia Meta gastou para construir sua mais recente tecnologia de IA.

“O número de empresas que têm US$ 6 milhões para gastar é muito maior do que o número de empresas que têm US$ 100 milhões ou US$ 1 bilhão para gastar”, disse Chris V. Nicholson, um investidor da firma de capital de risco Page One Ventures, que se concentra em tecnologias de IA.

Desde que a OpenAI desencadeou o boom da IA em 2022 com o lançamento do ChatGPT, muitos especialistas e investidores concluíram que nenhuma empresa poderia competir com os líderes de mercado sem gastar centenas de milhões de dólares em chips especializados.

As principais empresas de IA do mundo treinam seus chatbots usando supercomputadores que utilizam até 16 mil chips, se não mais. Os engenheiros da DeepSeek, por outro lado, disseram que precisaram de apenas cerca de 2.000 chips de computador especializados da Nvidia.

As restrições aos chips na China forçaram os engenheiros da DeepSeek a “treiná-lo de forma mais eficiente para que ainda pudesse ser competitivo”, disse Jeffrey Ding, professor assistente na Universidade George Washington, especializado em tecnologia emergente e relações internacionais.

No início deste mês, o governo Biden emitiu novas regras que visam impedir que a China obtenha chips avançados de IA por meio de outros países.

As regras se baseiam em várias rodadas de restrições anteriores que impedem que empresas chinesas possam comprar ou fabricar chips de computador de ponta. O presidente Donald Trump ainda não indicou se manterá as regras ou as revogará.

O governo dos EUA tentou manter chips avançados fora das mãos de empresas chinesas por preocupações de que pudessem ser usados para fins militares. Em resposta, algumas empresas na China estocaram milhares de chips, enquanto outras os adquiriram de um mercado clandestino florescente de contrabandistas.

A DeepSeek é administrada por uma empresa de trading quantitativo chamada High Flyer. Em 2021, canalizou seus lucros para adquirir milhares de chips Nvidia, que usou para treinar seus modelos anteriores.

A empresa, que não respondeu a pedidos de comentário, tornou-se conhecida na China por atrair talentos recém-saídos das melhores universidades com a promessa de altos salários e a capacidade de seguir as questões de pesquisa que mais despertam seu interesse.

Zihan Wang, um engenheiro de computação que trabalhou em um modelo anterior da DeepSeek, disse que a empresa também contrata pessoas sem qualquer formação em ciência da computação para ajudar a tecnologia a entender e ser capaz de gerar poesia e acertar questões no notoriamente difícil exame de admissão para faculdades chinesas.

A DeepSeek não fabrica nenhum produto voltado para consumidores, deixando seus engenheiros focados inteiramente em pesquisa. Isso significa que sua tecnologia não está limitada pelo aspecto mais rigoroso das regulamentações da China sobre IA, que exigem que a tecnologia voltada para o consumidor cumpra os controles do governo sobre informações.

As principais empresas dos EUA continuam a avançar no estado da arte em IA. Em dezembro, a OpenAI revelou um novo sistema de “raciocínio” chamado o3 que supera o desempenho das tecnologias existentes, embora ainda não esteja amplamente disponível fora da empresa.

Mas a DeepSeek continua a mostrar que não está muito atrás. Neste mês, lançou um impressionante modelo de raciocínio próprio.

O New York Times processou a OpenAI e seu parceiro, Microsoft, acusando-os de violação de direitos autorais de conteúdo de notícias relacionado a sistemas de IA. A OpenAI e a Microsoft negaram essas alegações.

Reuven Cohen, um consultor de tecnologia em Toronto, tem usado o DeepSeek-V3 desde o final de dezembro. Ele diz que é comparável aos sistemas mais recentes da OpenAI, Google e Anthropic —e muito mais barato de usar.

“O DeepSeek é uma maneira de eu economizar dinheiro”, disse. “Esse é o tipo de tecnologia que alguém como eu quer usar.”

Uma parte crucial deste mercado global em rápida mudança é uma ideia antiga: software de código aberto.

Como muitas outras empresas, a DeepSeek disponibilizou seu mais recente sistema de IA como código aberto, o que significa que compartilhou a programação por trás de seu produto com outras empresas e pesquisadores. Isso permite que outros construam e distribuam seus próprios produtos usando as mesmas tecnologias.

Muitos executivos e especialistas argumentaram que as grandes empresas dos EUA não deveriam abrir suas tecnologias porque poderiam ser usadas para espalhar desinformação ou causar outros danos graves. Alguns legisladores dos EUA exploraram a possibilidade de impedir ou restringir essa prática.

Mas outros argumentam que, se os reguladores sufocarem o progresso da tecnologia de código aberto nos Estados Unidos, a China ganhará uma vantagem significativa.

Se as melhores tecnologias de código aberto vierem da China, argumentam, os desenvolvedores dos EUA construirão seus sistemas com base nessas tecnologias. A longo prazo, isso poderia colocar a China no centro da pesquisa e desenvolvimento de IA.

“O centro de gravidade da comunidade de código aberto tem se movido para a China”, disse Ion Stoica, professor de ciência da computação na Universidade da Califórnia, Berkeley. “Isso pode ser um grande perigo para os EUA”, porque permite que a China acelere o desenvolvimento de novas tecnologias.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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