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Dia Mundial de Combate à Tuberculose: Saúde orienta prevenção e reforça investimentos para otimizar diagnóstico e tratamento no Acre

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Halyce Santana

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado nesta segunda-feira, 24 de março, é uma data importante para reforçar as ações de conscientização e prevenção dessa doença que ainda é uma das infecções mais mortais no mundo. Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose, e no Acre o cenário não é diferente. A doença, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos. Sua transmissão ocorre, principalmente, por via aérea, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.

Diante dessa realidade, o Departamento de Vigilância e Promoção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) iniciou a Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose no dia 17 de março e segue com ações até o dia 27 de março de 2025.

O Departamento de Vigilância e Promoção à Saúde da Sesacre promoveu ação em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Foto: cedida

A programação é composta por diversas atividades, como a distribuição de folhetos informativos sobre modos de prevenção, sintomas e a importância da busca por diagnóstico e tratamento precoce.

“O Estado está trabalhando em parceria com todos os municípios, envolvendo toda a atenção primária e a vigilância em saúde, no sentido de realizar ações que visam à orientação sobre os sinais e sintomas da tuberculose. Isso ajuda as pessoas a identificarem quando estão com a doença ou quando alguém próximo a elas está com tuberculose”, destacou a enfermeira Suilany Souza, responsável interina pelo Núcleo da Vigilância de Infecções Transmissíveis da Sesacre.

Em 2023, o estado do Acre registrou 545 casos novos de tuberculose, 58 recidivas (reinfeccões) e 29 reingressos. O estado alcançou um índice de cura de 86%, com 419 pessoas curadas. No entanto, 43 pacientes abandonaram o tratamento e 11 óbitos foram registrados. Em 2024, houve uma redução nos casos, com 532 novos diagnósticos, 72 recidivas e 36 reingressos. A taxa de cura também melhorou, alcançando 82%, com 432 pessoas curadas, mas o número de casos de abandono (50) e óbitos (22) aumentou.

Atividades de pit-stop também foram realizadas nesta segunda-feira, 24. Foto: cedida

As ações de combate à tuberculose no Acre não se limitam ao diagnóstico e à conscientização. Nesse sentido, a Sesacre tem promovido atividades de pit-stop e panfletagens, além de campanhas de divulgação sobre a doença nos meios de comunicação. Cerca de 90% dos municípios do estado estão realizando ações de orientação sobre a identificação dos sinais e sintomas da tuberculose e sua prevenção.

Lacen no diagnóstico da tuberculose

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) desempenha um papel fundamental no diagnóstico e controle da tuberculose no estado. O processo de detecção, que antes poderia levar até 60 dias, agora foi reduzido para, no máximo, 42.

Brenda Machado, gerente técnica do Lacen. Foto: Aveliny Castro/Sesacre.

Brenda Machado, gerente técnica do Lacen, explicou como são feitos os exames que detectam a enfermidade. “Realizamos exames de baciloscopia, que são essenciais para a detecção inicial do bacilo causador da doença. Além disso, fazemos culturas para tuberculose em meios sólido e líquido, métodos indispensáveis para a confirmação do diagnóstico. Também oferecemos testes moleculares, que permitem a detecção precoce e precisa do Mycobacterium tuberculosis, especialmente em casos mais complexos ou resistentes”, reforçou.
“Esse exame de biologia molecular detecta o DNA da bactéria, com quase 100% de sensibilidade e especificidade. Ele foi fornecido pelo Ministério da Saúde, e os reagentes também são disponibilizados por meio da parceria com a Sesacre. Esse exame tem um impacto significativo na precisão do diagnóstico, permitindo a detecção precoce e a identificação de cepas resistentes da tuberculose” explicou a farmacêutica-bioquímica do Lacen, Janaina Mazaro.

O Lacen também tem contribuído para a qualificação dos profissionais de saúde com treinamentos contínuos para microscopistas. Esses treinamentos garantem a precisão dos diagnósticos, capacitando os profissionais da saúde a realizar a leitura correta das baciloscopias.

Serviço de tratamento da Fundhacre

O tratamento da tuberculose é um dos pilares para combater a doença e prevenir a resistência medicamentosa. A Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) oferece um serviço especializado no atendimento de casos mais complexos, como a tuberculose multirresistente.
A enfermeira Mariângela Guimarães, responsável pelo Programa de Tuberculose Multirresistente do Serviço de Atenção Especializada (SAE), destaca a importância desse serviço para os pacientes.

Mariângela Guimarães, responsável pelo Programa de Tuberculose Multirresistente do Serviço de Atenção Especializada. Foto: Aveliny Castro/Sesacre

“O SAE é para onde os pacientes que apresentam resistência a medicamentos ou formas mais graves de tuberculose são encaminhados para um tratamento contínuo e supervisionado por especialistas. Os pacientes que têm tuberculose multirresistente recebem tratamento com a infectologista responsável e são monitorados durante todo o processo”, concluiu a enfermeira.

O tratamento da tuberculose no Acre é realizado por meio da rede pública de saúde, com encaminhamento da unidade básica de saúde para a Fundhacre, quando necessário. O acesso ao serviço de tratamento especializado está disponível para todos os pacientes que necessitam, incluindo os que apresentam formas resistentes ou complicações adicionais. A profilaxia da tuberculose latente também é realizada, garantindo a prevenção da doença nos contatos dos pacientes ativos.

Prevenção e conscientização: o caminho para a erradicação

A tuberculose é uma doença curável, mas a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para controlar a disseminação do bacilo. No Acre, ações de conscientização, diagnóstico e tratamento têm sido intensificadas e a mobilização das comunidades, juntamente com a atuação de profissionais de saúde capacitados e a rede de serviços de saúde, é imprescindível no enfrentamento da tuberculose no estado.
Para quem busca o atendimento, a recomendação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Caso a pessoa apresente sintomas como tosse persistente, sudorese noturna, febre, cansaço excessivo e perda de peso, é fundamental procurar orientação médica. Após o diagnóstico, o tratamento pode ser iniciado de forma imediata e é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento da tuberculose dura, em média, seis meses, e é crucial que o paciente siga todas as orientações médicas para garantir a cura e evitar a resistência do bacilo.

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações (1).jpg

O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac e o programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, realizaram a abertura oficial do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações. O evento começou nesta terça-feira, 24, e termina nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.

Para a reitora Guida Aquino, o simpósio é estratégico para fortalecer a rede acadêmica voltada à segurança das fronteiras. Ela ressaltou ainda a importância da criação da Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras) e a necessidade de políticas específicas, como o adicional de fronteira, para a fixação de pesquisadores. “Essa é uma das pautas que estamos abraçando fortemente. Precisamos desburocratizar relações para garantir maior interação dos nossos pesquisadores com os países vizinhos, especialmente Bolívia e Peru.”

A coordenadora do MGeo, Maria de Jesus Morais, enfatizou a relevância acadêmica e científica do evento. “Estamos inseridos em um projeto que envolve toda a faixa de fronteira brasileira, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Para nós, do Acre, essa discussão é essencial, considerando nossa localização estratégica como corredor de imigração internacional.” Ela informou que mais de 300 pessoas estão inscritas, entre participação presencial e transmissão online, com debates que abrangem desde mudanças climáticas até segurança e migrações.

O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Washington Triani, reforçou a necessidade da integração entre instituições e governos locais para enfrentar desafios nas fronteiras. “Não se resolve questões de fronteira apenas com um ou dois entes. Precisamos ouvir as pessoas diretamente envolvidas nas regiões de fronteira e trabalhar integradamente. A educação leva conhecimento e prosperidade e é fundamental nesse processo.”

Também participaram da solenidade a vice-governadora do Acre, Mailza Assis; o procurador-geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro; o delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Lauro da Veiga Santos; além dos professores Gustavo da Frota Simões e Tássio Franchi, do PPGCM.

Projeto de pesquisa

O evento ocorre no âmbito do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”, cujo coordenador-geral é o professor Gustavo da Frota Simões, do PPGCM.

O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.

O objetivo principal do projeto é analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.

 



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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

A Ufac e o Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizaram o lançamento do curso de educação a distância (EaD) Cuidado Integral à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Atenção Primária à Saúde, que é gratuito, online e autoinstrucional, com carga horária de 60 horas. O evento ocorreu nessa terça-feira, 18, no anfiteatro Garibaldi Brasil.

A programação contou com apresentação cultural, palestra e mesa-redonda com o tema “O Que o Mundo Não Vê”, reunindo profissionais da saúde, estudantes, educadores e familiares. O objetivo foi ampliar o debate sobre o acolhimento e o cuidado humanizado a pessoas com TEA. 

“A proposta é capacitar, de forma acessível, com uma linguagem simples, quem está na ponta do atendimento. Quando conseguimos reconhecer os sinais do TEA cedo, garantimos um caminho mais ágil para o diagnóstico e as intervenções terapêuticas”, destacou a coordenadora do Núcleo de EaD do Telessaúde do Acre, Patrícia Satrapa.

(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)

 



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Vigilância Sanitária de Rio Branco realiza inspeção no RU da Ufac — Universidade Federal do Acre

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O Departamento de Vigilância Sanitária do município de Rio Branco realizou, no sábado, 14, inspeção no Restaurante Universitário (RU) da Ufac, campus-sede. Durante a vistoria, a equipe técnica verificou que o ambiente segue as boas práticas de manipulação de alimentos e os procedimentos adequados de higiene e proteção dos manipuladores.

Segundo o relatório da inspeção, assinado pelo fiscal da Vigilância Sanitária, Félix Araújo da Silva, e pelo responsável técnico do restaurante, Rafael Lima de Oliveira, “não foram observadas no momento da visita inconformidades quaisquer”.

 



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