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Ditador da Síria preso entre Irã e Israel – DW – 29/10/2024

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No fim de semana passado, mais de 100 caças israelenses alvos bombardeados no Irã. Mas a primeira vaga de pilotos israelitas teve um destino diferente: o seu objectivo era desativar os sistemas de defesa aérea e de radar em Síria que poderia ser usado para alertar o Irão sobre ataques aéreos.

O resto dos jatos israelenses realizaram então o ataque a alvos iranianos em mais duas ondas, passando pela Síria e pelo Iraque. Este último queixou-se às Nações Unidas de que Israel violou o espaço aéreo iraquiano para realizar bombardeios.

Outras nações próximas, incluindo Jordânia e a Arábia Saudita, foram rápidos em dizer ao mundo que os aviões israelenses definitivamente não havia passado por seu território. As nações árabes têm estado sob pressão não deve ser visto como uma ajuda a Israel. Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita medo de ser arrastado para o conflito e anteriormente tentaram tranquilizar o Irão de que não teriam nada a ver com qualquer acção militar de Israel.

Na verdade, depois dos acontecimentos deste fim-de-semana, poderia muito bem ser o governo da Síria, liderado por ditador Bashar Assadque está sob maior pressão.

Os próximos dias “podem ser os mais complicados para o regime de Assad”, disse Eva Koulouriotis, especialista independente em Médio Oriente baseada em Londres. “(A Síria) está entre… um aliado iraniano que se vê forçado a usar todas as suas cartas estratégicas para proteger a sua segurança nacional e os seus interesses regionais, e um governo israelita que quer redesenhar as linhas de influência no Médio Oriente, especialmente no Irão. influência.”

Aliança histórica com o Irã

Síria, sob o regime autoritário Família Assadtem sido o aliado árabe mais próximo do Irão desde a década de 1980, quando o já falecido pai de Bashar Assad, Hafez, ficou do lado do Irão durante a guerra de oito anos entre o Irão e o Iraque. Outras nações árabes ficaram do lado do Iraque.

Síria também ajudou os militares do Irã a apoiar o Hezbollah quando este foi formado, depois que Israel invadiu Líbano na década de 1980. E ao longo dos anos, a Síria tornou-se um canal para transferências de armas e outras instalações para o Irão e grupos aliados como o Hezbollah.

Mais recentemente, o Hezbollah foi parcialmente responsável por ajudar a manter o actual regime de Assad no poder, ao combater revolucionários no a longa guerra civil do país.

Apesar dessas alianças, o regime da Síria tem estado relativamente calmo, uma vez que Israel assassinou a liderança do Hezbollah, lançou ataques aéreos contra o que diz serem alvos do Hezbollah no Líbano e, mais recentemente, invadiu o sul do Líbano para combater o Hezbollah no terreno.

Quando Israel invadiu o Líbano em 2006, Assad foi muito mais franco. Como resultado, os especialistas descreveram Assad como “surpreendentemente” e “misteriosamente” quieto.

Israel também bombardeia regularmente o que afirma serem alvos relacionados com o Hezbollah dentro da Síria. Mais recentemente, Israel tem como alvo Passagens de fronteira Síria-Libanesa e infra-estruturas sírias como pontes e auto-estradas porque, argumenta Israel, estas estão a ser usadas para reabastecer o Hezbollah no Líbano.

Pessoas carregam seus pertences através de uma cratera causada por um ataque aéreo israelense enquanto fogem do Líbano para a Síria, na área de Masnaa, no lado libanês da fronteira, em 24 de outubro de 2024.
AP relata apenas três travessias funcionais na fronteira Síria-Líbano de 375 quilômetrosImagem: AFP via Getty Images

‘É uma questão de autopreservação’

A Síria tem cultivado historicamente uma espécie de equilíbrio com Israel, com quem partilha fronteira. Mesmo quando a família Assad se aliou ao Irão, os governos da Síria tentaram ficar longe de problemas com Israel, mantendo a frente do Golã – Território sírio ocupado por Israel – quieto.

Assad também sabe que envolver-se agora fortemente no conflito “iria levar a uma acção israelita que poderia enfraquecer decisivamente a capacidade militar de proteger o controlo de Damasco sobre o poder”, escreveu o Grupo Soufan, uma consultora de segurança dos EUA, no início deste ano.

A guerra civil de 13 anos na Síria está estagnada, com diferentes partes do país controladas por diferentes grupos armados e seus aliados. E se o regime de Assad for enfraquecido, isso dará às forças antigovernamentais uma oportunidade de lutar novamente.

“Então eu acho que, antes de mais nada, se trata autopreservação“, disse à DW Haid Haid, consultor do programa para o Médio Oriente e Norte de África no think tank britânico Chatham House.

Os ataques aéreos russos na província de Idlib, no noroeste da Síria, uma área sob controle da oposição, resultaram na morte de 10 civis e no ferimento de outros 32.
Os ataques aéreos continuam em partes da Síria controladas pelas forças da oposição: Assad controla pouco mais de dois terços do país Imagem: Rami Alsayed/NurPhoto/aliança de imagens

Assad também foi indiretamente informado por Israel para não se envolver, disse Haid. “É difícil dizer com certeza o que está acontecendo a portas fechadas, mas Israel, desde o início, deixou claro, através de mensagens públicas e privadas, que qualquer envolvimento terá um preço alto”, observou Haid.

O Irã deixou claro a Assad que o caminho para reabastecer o Hezbollah deve permanecer aberto, acrescentou Haid. “É seguro dizer que os iranianos têm tentado tirar mais proveito de Assad”, disse Haid. “Mas ele tem sido bastante consistente em reagir e há relatos divergentes sobre o tipo de tensão que isso está causando.”

Koulouriotis acredita que, para satisfazer Israel, Assad impediu manifestações pró-Hezbollah e retirou as tropas sírias de perto do Golã, pedindo à Rússia que as substituísse por tropas russas. Para satisfazer os iranianos, ele enviou soldados sírios para Aleppo e Idlib para que os combatentes do Hezbollah anteriormente estacionados lá pudessem seguir para o Líbano e também lhes ofereceu armas, observou ela.

Os próximos passos da Síria

Até agora, o Irão não pediu a Assad que lhe permitisse combater Israel através do Golã. “Teerã não tomará essa decisão perigosa a menos que enfrente uma ameaça à sua segurança nacional, como atacar o seu programa nuclear”, disse Koulouriotis. Mas, se chegar a esse ponto, Assad não terá outra escolha senão fazer o que o Irão lhe diz, acrescentou ela.

O Irão não escondeu o facto de que um dos seus objectivos na Síria é criar forças que possam ser usadas contra Israel, se necessário, disse Haid. “Então, dessa perspectiva, acho que é seguro dizer que, se Assad não conseguir manter as linhas de abastecimento abertas, este poderá ser um dos pedidos do Irão”, disse ele. “Eles podem dizer: ‘Olha, se você não quer se envolver diretamente, então permita-nos realizar ataques a partir da Síria.’ Afinal, Assad poderia ficar fora disso, mas alegar ignorância mais tarde.”

Embora a Síria tenha tentado aproximar-se das nações árabes que anteriormente a evitavam durante a guerra civil, nem Haid nem Koulouriotis acreditam que a Síria desistirá da sua aliança com o Irão em favor de melhores relações com os estados do Golfo. É mais provável que Assad tente manter um equilíbrio entre Israel e o Irão da mesma forma que o seu pai fez antes dele.

“Não vejo que (Assad) sacrificaria estas relações a menos que ele pessoalmente e o seu regime estivessem em perigo existencial”, concluiu Koulouriotis.

Os sírios comuns continuam a pagar o preço mais alto pelo comportamento de Assad, disse Haid. “Como as linhas de abastecimento e o movimento de mercadorias do Líbano foram suspensos, e uma onda de pessoas deslocadas está a pressionar os recursos, os preços na Síria estão a subir para todos”, acrescentou Haid. “Mesmo sem o envolvimento direto do regime na escalada militar na região, os sírios comuns estão a pagar por isso.”

ACNUR: Mais de 40 mil fogem do Líbano para a Síria

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Editado por: M. Gagnon



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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