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Donald Trump vem em socorro do TikTok ao pedir ao Supremo Tribunal que suspenda a lei que ameaça proibir o aplicativo

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Escritório da empresa TikTok em Culver City, Califórnia, em 16 de março de 2023.

Antes mesmo de assumir o cargo na Casa Branca, Donald Trump quer assumir o controle da questão candente do TikTok nos Estados Unidos. O presidente eleito pediu na sexta-feira, 27 de dezembro, ao Supremo Tribunal americano que suspendesse a lei que ameaça proibir a popular rede social se a sua empresa-mãe chinesa não a vender.

Numa carta escrita pelos advogados de Donald Trump e dirigida ao mais alto tribunal americano, o futuro presidente norte-americano diz que se opõe a esta medida “nesta fase” e quero resolver a situação “por meios políticos” uma vez de volta à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025, um dia após a potencial entrada em vigor desta proibição.

“O presidente Trump não se posiciona sobre o mérito da disputa”eles argumentam. “Em vez disso, ele insta o Tribunal a suspender a data efetiva de entrada em vigor da medida, a fim de permitir que a nova administração busque um resultado negociado que evitaria o encerramento nacional do TikTok”acrescenta a carta.

Riscos de espionagem e manipulação por parte de Pequim

O caso começou em abril, quando o Congresso dos Estados Unidos votou esmagadoramente a favor de uma lei que exigia que a empresa-mãe da TikTok, ByteDance, vendesse as suas atividades americanas antes de 19 de janeiro de 2025, caso contrário a aplicação seria proibida. O objetivo é prevenir os riscos de espionagem e manipulação por parte das autoridades chinesas dos usuários do TikTok, que reivindica 170 milhões nos Estados Unidos.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes TikTok prestes a ser banido nos Estados Unidos. Sua última esperança: Donald Trump

O TikTok negou repetidamente ter transmitido informações ao governo chinês e garantiu que recusaria qualquer possível pedido de Pequim nesse sentido. A rede social viu improcedente, no dia 6 de dezembro, o seu recurso contra esta legislação pelo tribunal federal de recurso de Washington, que também rejeitou, no dia 13 de dezembro, um pedido de suspensão da lei. TikTok então recorreu à Suprema Corte americana – onde tem assento a maioria dos juízes conservadores – que concordou em analisar o assunto. Este último não suspendeu a entrada em vigor da legislação, conforme solicitado por TikTok e ByteDancemas ela marcou seus debates para 10 de janeiro. Eles se concentrarão na questão de saber se esta lei viola a Primeira Emenda da Constituição Americana, que garante a liberdade de expressão.

Num documento enviado ao Supremo Tribunal na sexta-feira, os advogados do TikTok e da ByteDance argumentam que o tribunal federal de recurso de Washington errou na sua decisão, na qual se baseou. “os chamados “riscos” de que a China possa exercer controle” na versão americana do aplicativo. O governo americano “admite que não tem provas de que a China alguma vez tenha tentado” usar a plataforma para distribuir ou excluir informações, O processo legal da TikTok afirma, acrescentando que os temores de Washington se baseiam em riscos futuros.

Por sua vez, em seu pedido apresentado na sexta-feira, a administração Biden afirma que o TikTok “sendo integrado ao ByteDance e contando com seu motor desenvolvido e mantido na China”, sua estrutura de negócios acarreta riscos.

“Calendário infeliz”

Em seu recurso, TikTok e ByteDance também afirmam que “O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma restrição massiva e sem precedentes à liberdade de expressão”. Tal como os advogados do presidente eleito na sua carta, também observam que a lei deverá entrar em vigor na véspera da tomada de posse de Donald Trump. “Este infeliz cronograma prejudica a capacidade do presidente Trump de administrar a política externa dos EUA e buscar um resultado que proteja a segurança nacional e salvaguarde uma plataforma de mídia social que fornece um serviço popular a 170 milhões de americanos para exercerem seus direitos fundamentais sob a Primeira Emenda” da Constituição, relativa à liberdade de expressão, argumentam TikTok e ByteDance.

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Donald Trump encontrou-se recentemente com o chefe do TikTok, Shou Zi Chew, em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, e expressou repetidamente seu apoio à rede social. Embora inicialmente tenha se oposto à aplicação – ele tentou proibi-la durante seu primeiro mandato – o futuro presidente americano acredita agora que ela lhe permitiu atingir um público jovem durante sua última campanha vitoriosa, e recentemente declarou ter um ” fraco “ para ela. O republicano vê agora o TikTok como uma alternativa ao Facebook e ao Instagram, as duas plataformas Meta, que o haviam excluído temporariamente após o ataque ao Capitólio por parte dos seus apoiantes, em 6 de janeiro de 2021.

Leia também o retrato: Artigo reservado para nossos assinantes Quem realmente é Shou Zi Chew, o pressionado chefe do TikTok

“O presidente Trump é o único com experiência para fazer acordos, o mandato nas urnas e a vontade política para negociar uma solução para salvar a plataforma e, ao mesmo tempo, abordar as preocupações de segurança nacional expressas pelo estado”explica a carta de seus advogados, incluída no processo examinado pelo Supremo.

Numa carta separada, também enviada ao mais alto tribunal americano, uma coligação de associações – incluindo a poderosa organização de direitos civis ACLU – afirma que se opõe à lei, que, segundo eles, viola a liberdade de expressão dos utilizadores da aplicação. “Tal proibição não tem precedentes no nosso país e, se entrar em vigor, causará uma perturbação de grande alcance na capacidade dos americanos de interagirem com o conteúdo e os públicos da sua escolha online.”eles escrevem.

Uma das soluções previstas caso a legislação fosse mantida seria a ByteDance revender as suas ações a investidores não chineses, possibilidade que a empresa tem rejeitado constantemente. Principalmente porque a compra das atividades americanas, com seus 170 milhões de usuários, seria muito cara.

Le Monde com AP e AFP

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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