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EAPS 2024: Novas estratégias para prevenção de infecções pelo VSR

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8 meses atrásem
As discussões sobre as infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) estão sempre em alta, devido à grande incidência de casos de bronquiolite viral aguda (BVA), na qual este é o principal agente etiológico. Durante o 10º congresso da European Academy of Paediatric Societies (EAPS 2024) foram abordados aspectos relacionados à gravidade da doença, grupos de risco, prevenção e as novas opções de tratamento e imunização disponíveis para combater essa infecção respiratória, apresentados pela Dra. Angelika Berger.
Vírus sincicial respiratório
Sabemos que a VSR causa uma infecção comum que atinge a maioria das crianças até os dois anos, com espectros clínicos diferentes de apresentação. Cerca de 10% dessas crianças desenvolvem infecção respiratória baixa, e 1% necessitará de hospitalização. Em média, até 200.000 mortes por ano ocorrem, majoritariamente em bebês menores de seis meses, sendo os países de baixa e média renda os mais afetados, tornando as discussões sobre prevenção fundamentais e de grande impacto para a saúde pública.
A Dra. Angelika apresentou dados europeus, evidenciando que as últimas duas temporadas na Europa mostraram um aumento nas hospitalizações, chegando a 2% em algumas regiões. Estudos revelam que entre os hospitalizados, 70% a 80% são bebês previamente saudáveis. Apesar disso, fatores de risco que incluem falta de aleitamento materno, cardiopatias congênitas, imunossupressão e exposição ao fumo materno, devem ser lembrados.
Atenção às medidas de prevenção básica
A prevenção não é apenas médica. Medidas como a lavagem das mãos, o incentivo à amamentação e a conscientização das mães sobre os riscos do fumo são fundamentais. Essas medidas simples podem reduzir significativamente o risco de infecções graves nos primeiros 3-6 meses de vida e devem ser fomentados por todos profissionais de saúde, em especial pelos pediatras.
Atualização: novas opções de tratamento e imunização
Nos últimos anos, a vacina abruzfo e o anticorpo monoclonal nirsevimab (ou bifoactus) foram lançados, proporcionando uma proteção eficaz contra infecções respiratórias graves, com reduções de até 80% nas hospitalizações. A vacina abruzfo, destinada a grávidas, demonstrou uma redução de 80% nas infecções graves e 70% nas hospitalizações até os três meses de vida do bebê. Por sua vez, o birsevimab apresentou resultados semelhantes, sendo eficaz até seis meses após o nascimento.
Estudos apresentados sobre o nirsevimab evidenciaram alta eficácia em estudos na Galícia e na Catalunha, com uma redução de 82% nas hospitalizações por VSR após uma cobertura de imunização de 90%. Na Galícia, lactentes vacinados apresentaram uma incidência cumulativa de hospitalizações significativamente menor em comparação com temporadas anteriores, enquanto na Catalunha, mais de 20.000 lactentes vacinados mostraram diminuições consideráveis em internações em UTI e hospitalizações.
Além disso, o estudo MATIS revelou que a vacinação de mulheres grávidas entre 24 e 36 semanas de gestação reduziu em mais de 80% as infecções graves por VSR em lactentes até três meses e quase 70% até seis meses. Estes dados sugeriram que as vacinas administradas mais próximas do parto resultam em melhores resultados, embora tenha sido identificado um potencial aumento do risco de prematuridade, especialmente em países de baixa e média renda, apesar disso, esta relação não foi observada consistentemente em países de alta renda, sugerindo a necessidade de nvestigações adicionais para melhor correlacionar estes achados.
Atenção às recomendações locais
As recomendações sobre vacinação materna variam globalmente, com diretrizes europeias alinhadas ao intervalo de gestação do estudo MATIS, enquanto nos Estados Unidos (EUA) e outros países a vacinação é recomendada apenas após 32 semanas para reduzir o risco de prematuridade. Diferentes países adotam estratégias variadas: a Argentina prioriza a vacinação materna, a Espanha concentra-se na utilização de anticorpos monoclonais, e os EUA apoiam ambas as abordagens. A educação e a disseminação de informações às famílias são consideradas essenciais para otimizar as estratégias de prevenção do VSR.
Veja quais são as orientações brasileiras.
Mensagem para casa
- Intervenções eficazes: Existem dois produtos altamente eficazes contra o VSR: o nirsevimab e a vacina para gestantes;
- Benefícios esperados: Além de reduzir hospitalizações e infecções graves, essas intervenções podem proporcionar benefícios secundários significativos;
- Cada país deve escolher a intervenção mais adequada às suas necessidades específicas;
- Ainda existe uma lacuna importante na disponibilidade desses produtos em países de baixa renda, que enfrentam a maior carga de doenças relacionadas ao VSR.]
Acompanhe o congresso da EAPS 2024 com a gente!
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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