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Edinho Silva diz que classe média votou contra a esquerda
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Cotado para presidir o PT, o prefeito de Araraquara (SP) avalia que a esquerda perdeu eleitores para figuras antissistema em conjuntura muito adversa, mas não explica como o partido pode se renovar com propostas atualizadas
O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), avaliou que o campo da esquerda perdeu o apoio da classe média urbana, que consolidou uma migração para a direita nas eleições municipais de 2024 em todo o país. Nome de preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o PT a partir 2025, Edinho diz que há uma conjuntura “muito adversa para o campo progressista e democrático”.
Em entrevista à jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o petista não apresentou, porém, soluções para a falta de capacidade que o PT tem para se renovar e para apresentar propostas atualizadas para o que a população brasileira exige neste momento.
Petistas e aliados concordam que hoje o campo da esquerda não tem um nome à altura de Lula que possa se apresentar como seu sucessor natural. O status de líder supremo sobre seu próprio partido e a falta de renovação dos quadros históricos da legenda dificultam a ascensão de um herdeiro.
No momento em que alas do PT declaram tais dificuldades, Edinho afirmou que petistas históricos como os ex-ministros José Dirceu, Ricardo Berzoini, Paulo Bernardo, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari fazem falta e podem agregar na articulação política de Lula. “São figuras emblemáticas. […] Eu acho que as pessoas que têm acúmulo, que têm vivências, que viveram dificuldades, têm que estar por perto”, disse.
Todos foram de alguma forma condenados nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato, mas alguns tiveram parte dessas condenações anuladas pela Justiça.
Edinho disse que, por defender o Estado, a esquerda fica em desvantagem em relação à direita, que ataca as instituições públicas. “E sem os instrumentos que o Estado cria, a gente não combate a desigualdade. Enquanto isso a direita ataca Estado, Judiciário, as instituições. E como não tem responsabilidade com a transformação, fica em vantagem para dialogar com antissistema”, disse na entrevista.
Sem apontar uma estratégia clara, o petista disse que para sair do atual cenário é preciso uma “construção política” com a formação de alianças com o que chama de campo democrático. Defendeu ampliar a aliança com partidos de centro para 2026.
“Cabe ao PT entender essa conjuntura complicada para saber como se reverte o cenário. Se aprofundar mais para compreender essa movimentação da juventude que no passado teve o PT como referência e que agora não tem mais. Temos que unir o campo democrático para que se reforme o Estado brasileiro, trazer essa parcela da sociedade”, disse.
Defendeu também reformas do sistema eleitoral, especialmente da mudança para o voto em lista. Neste sistema, o eleitor vota no partido, que apresenta previamente os candidatos listados em uma ordem estabelecida. O número de eleitos é proporcional aos votos recebidos pela legenda. “A gente não pode permitir que esse ambiente antissistema crie figuras maiores que as instituições”, disse.
Edinho discordou da avaliação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de que o partido paga o preço por integrar um governo de coalizão. “Muitos aliados no plano nacional são os que disputam conosco no campo local”, disse a deputada na 2ª feira (28.out.2024), um dia depois do 2º turno das eleições.
“Olha, até agora eu estava me vigiando para não gerar polêmica. Mas é um erro absurdo avaliar isso. Se a gente não tivesse uma política de alianças ampla, em 2022, o presidente Lula não ganhava. Foi a eleição mais polarizada da história do Brasil”, disse Edinho na entrevista.
Perguntado sobre se a comunicação do governo está ruim, Edinho, que foi ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) no governo de Dilma Rousseff, disse que o problema não é a secretaria em si, mas a dificuldade em unificar o discurso dos integrantes do governo, especialmente dos ministros.
COMANDO DO PT
Até o resultado das eleições municipais, era dado como certo que Edinho seria ungido, com apoio de Lula, à presidência do PT a partir de 2025. O petista, porém, não conseguiu eleger a sua sucessora em Araraquara (SP). Eliana Honain (PT) ficou em 2º lugar, atrás de Dr. Lapena (PL). Com 99,66% das urnas apuradas, o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu no 1º turno com 49,16%. Honain ficou com 45,18%.
A derrota suscitou um levante interno no partido em prol de outros nomes. A ala ligada a Gleisi Hoffmann defende que seja escolhido um nome do Nordeste e indicou apoio ao deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara. A sucessão no partido está em aberto e será definida apenas em meados do próximo ano.
Na entrevista, Edinho atribuiu a derrota à presença de líderes bolsonaristas na cidade na reta final da campanha. “Nós conseguimos segurar a polarização aqui até a reta final da campanha, mantivemos o debate de propostas. Mas na última semana, tivemos aqui o Nikolas [Ferreira], a Michelle [Bolsonaro], o Eduardo [Bolsonaro], live do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, vídeo do Bolsonaro. Nenhuma outra cidade do interior de São Paulo viveu isso. Eles trouxeram a polarização para a cena, com ataques misóginos contra a nossa candidata. E o eleitor indeciso migrou para o bolsonarismo, assim como os candidatos de direita que não tinham força”, disse.
CORREÇÃO
3.nov.2024 (22h50) – Diferentemente do que foi publicado neste post, Edinho Silva é o nome de preferência de Lula para comandar o PT a partir de 2025 e não até 2025. O texto foi corrigido e atualizado.
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Kits da 2ª Corrida da Ufac serão entregues no Centro de Convivência — Universidade Federal do Acre
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20 de outubro de 2025Os kits da 2ª Corrida da Ufac serão entregues aos atletas inscritos nesta quinta-feira, 23, das 9h às 17h, no Centro de Convivência (estacionamento B), campus-sede, em Rio Branco. O kit é obrigatório para participação na corrida e inclui, entre outros itens, camiseta oficial e número de peito. A 2ª Corrida da Ufac é uma iniciativa que visa incentivar a prática esportiva e a qualidade de vida nas comunidades acadêmica e externa.
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Ufac homenageia professores com confraternização e show de talentos — Universidade Federal do Acre
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17 de outubro de 2025A reitora da Ufac, Guida Aquino, e a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, realizaram nessa quarta-feira, 15, no anfiteatro Garibaldi Brasil, uma atividade em alusão ao Dia dos Professores. O evento teve como objetivo homenagear os docentes da instituição, promovendo um momento de confraternização. A programação contou com o show de talentos “Quem Ensina Também Encanta”, que reuniu professores de diferentes centros acadêmicos em apresentações musicais e artísticas.
“Preparamos algo especial para este Dia dos Professores, parabenizo a todos, sou muito grata por todo o apoio e pela parceria de cada um”, disse Guida.
Ednaceli Damasceno parabenizou os professores dos campi da Ufac e suas unidades. “Este é um momento de reconhecimento e gratidão pelo trabalho e dedicação de cada um.”

O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara, reforçou o orgulho de pertencer à carreira docente. “Sinto muito orgulho de dizer que sou professor e que já passei por esta casa. Feliz Dia dos Professores.”
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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PZ e Semeia realizam evento sobre Dia do Educador Ambiental — Universidade Federal do Acre
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16 de outubro de 2025O Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizaram o evento Diálogos de Saberes Ambientais: Compartilhando Experiências, nessa quarta-feira, 15, no PZ, em alusão ao Dia do Educador Ambiental e para valorizar o papel desses profissionais na construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a sustentabilidade. A programação contou com participação de instituições convidadas.
Pela manhã houve abertura oficial e apresentação cultural do grupo musical Sementes Sonoras. Ocorreram exposições das ações desenvolvidas pelos organizadores, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sínteses da Biodiversidade Amazônica (INCT SinBiAm) e SOS Amazônia, encerrando com uma discussão sobre ações conjuntas a serem realizadas em 2026.
À tarde, a programação contou com momentos de integração e bem-estar, incluindo sessão de alongamento, apresentação musical e atividade na trilha com contemplação da natureza. Como resultado das discussões, foi formada uma comissão organizadora para a realização do 2º Encontro de Educadores Ambientais do Estado do Acre, previsto para 2026.
Compuseram o dispositivo de honra na abertura o coordenador do PZ, Harley Araújo da Silva; a secretária municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, Flaviane Agustini; a educadora ambiental Dilcélia Silva Araújo, representando a Sema; a pesquisadora Luane Fontenele, representando o INCT SinBiAm; o coordenador de Biodiversidade e Monitoramento Ambiental, Luiz Borges, representando a SOS Amazônia; e o analista ambiental Sebastião Santos da Silva, representando o Ibama.
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