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Eleições 2026: Lula abre o jogo da campanha com re…

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Eleições 2026: Lula abre o jogo da campanha com re...

José Casado

A reforma do Imposto de Renda, aparentemente, fez Lula e o PT encontrarem um rumo na campanha para as eleições do ano que vem.

Reduzir a tributação para quem ganha até cinco salários-mínimos, mais de dois terços do eleitorado, reanimou o governo, o partido e o eventual candidato à reeleição.

Palavras de Lula, durante visita a uma fábrica de automóveis no interior de São Paulo, “estamos tirando de alguém que tem muito para as pessoas que trabalham muito e não têm nada, e essa é a política que eu acredito, de distribuição de renda, de distribuição de recurso, para que todos tenham um pouco para fazer a economia girar”.

As mudanças, se e quando aprovadas pelo Congresso, só teriam validade para o ano seguinte. Supondo-se aprovação dessa reforma nos próximos dez meses, as novas regras entrariam em vigor em janeiro de 2026, quando no governo se espera que Lula já tenha definido a candidatura à reeleição ou escolhido um substituto para a disputa presidencial.

O problema é a travessia política. À princípio, será difícil encontrar no Congresso oposição cerrada à ideia de redução de tributos sobre a renda — salvo a já declarada pelo núcleo de radicais aliados de Jair Bolsonaro, por coincidência, cada vez mais isolado no mapa político-partidário.

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É ingenuidade, no entanto, achar que a reforma do Imposto de Renda acontecerá sem oposição. Primeiro, porque os partidos têm para 2026 a agenda prioritária da sobrevivência parlamentar. Estarão na disputa pela eleição das maiores bancadas possíveis para a Câmara e o Senado. Segundo, porque é essa prioridade que vai condicionar o alinhamento político com o governo, com reflexos na montagem de candidaturas, inclusive à presidência.

Hugo Motta, presidente da Câmara, indicou com objetividade a interferência do Congresso que, sem a urgência desejada pelo governo, deve modificar quase todo o projeto, provavelmente, com menos margem de negociação para os interesses do Planalto do que se viu na reforma tributária.

Lula se limitou a pedir “mudanças para melhor”. Nem precisa muito mais, porque já conseguiu o que pretendia: uma bússola eleitoral. Se o resultado das mudanças decididas pelo Congresso for decepcionante para os eleitores, poderá dizer que tentou, fez a parte dele, cumpriu a promessa que levou ao palanque em 2022. Já tem um fato e uma fotografia para a campanha, tudo que a seção de marketing político do governo queria. O jogo começou.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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