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Eleições no EUA: Eleitores independentes atingem recorde – 07/11/2024 – Mundo

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Júlia Barbon

A cada eleição americana, reacende-se o debate sobre a histórica polarização do país. Pois, desta vez, os eleitores que dizem não se identificar com nenhum dos dois tradicionais partidos atingiram seu recorde e superaram os democratas de forma inédita em 20 anos.

O cenário neste pleito é praticamente de terços: 35% dos que foram às urnas afirmam ser afinados com o partido de Donald Trump, 34% se caracterizam como independentes —número que cresceu oito pontos percentuais em relação a 2020— e 31% declaram apoio a legenda de Kamala Harris.

É o que mostra uma pesquisa de boca de urna feita pela Edison Research com 22 mil pessoas que votaram na terça-feira (5) ou antecipadamente, em parceria com os veículos ABC News, CBS News, CNN e NBC News. Os resultados são preliminares, e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Diante de um eleitorado cristalizado e de uma disputa que se prometia acirrada, o grupo volátil foi tratado como precioso pelas campanhas. Na reta final, gerou até uma corrida por participações dos dois candidatos em podcasts, que alcançam semanalmente quase metade dos jovens de 18 a 34 anos nos Estados Unidos.

Esse é um dos grupos que menos se sentem representados pelos partidos Republicano e Democrata: 55% dessa faixa etária não se identifica com nenhum deles e 38% se declara independente, segundo outro relatório da empresa de pesquisas.

Embora variem muito, esses votantes chamados independentes em geral se inclinaram aos democratas nas últimas duas décadas, e desta vez não foi diferente. A boca de urna indica que 49% deles votaram por Kamala e 46% optaram por Trump, que, apesar disso, melhorou seu desempenho em relação a 2020.

Nesse período, esse público só deu maioria aos republicanos duas vezes. Em 2012, preferiram Mitt Romney a Barack Obama. Em 2016, deram mais votos a Trump do que a Hillary Clinton, mas daquela vez também migraram de forma recorde a candidatos da terceira via, com 12%.

Mas outra pesquisa, a Gallup, realizada ano a ano, mostra outro lado da moeda. Primeiro, indica que os americanos em geral (não só aqueles que vão votar) já são a maior força faz tempo. Eles ultrapassaram o número de apoiadores dos dois principais partidos pela primeira vez em 1991 e continuaram a superá-los desde então, exceto em alguns anos entre 2004 e 2008.

E quem mais perdeu apoio nesse período foram os democratas, historicamente o maior grupo político. No ano passado, pela primeira vez, ligeiramente mais independentes tendiam ao vermelho republicano do que ao azul democrata, o que segundo os pesquisadores provavelmente está relacionado à impopularidade do presidente Joe Biden.

Outro destino dos eleitores que não se identificam com nenhum dos partidos é, possivelmente, a terceira via. Seus candidatos ficam muito longe de ganhar, mas costumam ser acusados de influenciar o resultado ao tirar votos cruciais de um ou de outro lado em colégios eleitorais específicos.

Neste ano, além de Trump e Kamala, outros 24 postulantes concorreram à Casa Branca. Entre eles estavam Jill Stein (Partido Verde), focada em mudanças climáticas e justiça social; Chase Oliver (Libertário), defensor das liberdades individuais e da redução do Estado; e o independente Robert Kennedy Jr., que cancelou sua campanha mas apareceu nas cédulas de alguns locais —e se tornou um vocal apoiador de Trump.

Todos os postulantes alternativos acabaram somando apenas 1,5% dos votos depositados nas urnas, pouco na comparação histórica. A campanha de Kamala se mostrou particularmente preocupada com Stein e outro candidato de esquerda na reta final.

Em 2016, a candidata do Partido Verde e o libertário Gary Johnson, que obtiveram respectivamente 1% e 3% dos votos, foram acusados de prejudicar a campanha de Hillary Clinton, reunindo dezenas de milhares de votos que acabaram dando vitória a Trump, por exemplo, em Wisconsin.

O azarão que chegou mais perto de se tornar presidente dos Estados Unidos foi o falecido bilionário Ross Perot, que conseguiu 18,9% dos votos populares e foi apontado como responsável pela vitória do democrata Bill Clinton contra o ex-presidente republicano George H. W. Bush.

É difícil medir seu real impacto. Esses candidatos costumam negar o “roubo de votos”, argumentando que oferecem aos eleitores uma opção ideológica alternativa aos dois grupos hegemônicos. Outra ponderação é que os americanos que não se sentem representados nem sempre migram a esses candidatos. Muitas vezes nem saem de casa para votar.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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