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Equador: Noboa dá perdão antecipado a policiais – 07/03/2025 – Mundo

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Equador: Noboa dá perdão antecipado a policiais - 07/03/2025 - Mundo

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta sexta-feira (7) um perdão preventivo para policiais e militares que atuam em uma região conturbada de Guayaquil, onde confrontos armados entre facções criminosas resultaram em pelo menos 22 mortos e três feridos na véspera.

“Todos os policiais e militares que atuaram e que serão enviados a Nueva Prosperina [em Guayaquil] já contam com o indulto presidencial”, afirmou Noboa em sua conta na rede social X. A medida foi tomada após a escalada da violência na região, onde um rigoroso estado de exceção está em vigor há dois meses e que abriga portos estratégicos utilizados no tráfico de cocaína para Estados Unidos e Europa.

A guerra de Noboa contra o crime organizado tem sido amplamente questionada por organizações de direitos humanos, que denunciam abusos, assassinatos e desaparecimentos forçados. No poder desde 2023 e buscando a reeleição, Noboa acrescentou que o governo precisa que as forças de segurança “ajam com determinação e sem temor a represálias”.

“Defendam o país, eu defendo vocês”, enfatizou.

Na quinta-feira (6), 22 pessoas morreram em três bairros da área de Nueva Prosperina, um dos pontos mais violentos da cidade. Os confrontos também deixaram pelo menos três feridos. Durante a operação policial, o Bloco de Segurança, criado pelo governo, realizou uma série de incursões que resultaram na prisão de 14 pessoas.

As facções criminosas Igualitos e Fénix, ambas originárias do grupo Los Tiguerones, se enfrentaram na disputa por territórios e poder, o que gerou o aumento no número de mortes. O chefe da polícia de Guayaquil, Pablo Dávila, afirmou que os criminosos conhecem uns aos outros e têm informações precisas sobre os alvos. As forças de segurança apreenderam uma dúzia de armas e mais de 2.000 munições.

O anúncio do indulto presidencial ocorre em um momento de alta tensão política. Noboa —que é herdeiro de uma das famílias mais ricas do país— está cumprindo um mandato-tampão para o qual foi eleito em 2023 em uma disputa com Luisa González.

A disputa daquele ano se repete agora. No primeiro turno das eleições, no mês passado, Noboa obteve 44,1% dos votos, enquanto sua oponente de esquerda teve 43,9%. Após a divulgação dos resultados acirrados, Noboa insinuou que houve irregularidades nas apurações, afirmando que a diferença de votos deveria ter sido maior.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) e os observadores da União Europeia disseram não ter identificado nenhum indício de fraude.

Em 13 de abril, Noboa enfrentará novamente González em segundo turno polarizado.

A vice-presidente Verónica Abad, que ocupa o cargo desde a eleição de Noboa, também tem mantido embates públicos com o presidente desde 2023. Em fevereiro de 2025, ela declarou à Folha que o atual governo não é democrático. No final de fevereiro, a Justiça equatoriana suspendeu seus direitos políticos por dois anos, uma decisão que, caso confirmada, pode impedir Abad de se manter no cargo.

Desde que assumiu a Presidência, Noboa tem conduzido uma intensa batalha contra o crime organizado no país, com foco no combate ao narcotráfico. A violência relacionada a esses grupos levou o país a registrar uma taxa de homicídios de 38 por 100 mil habitantes em 2024, um aumento significativo em relação aos 6/100 mil registrados em 2018.

O Equador, com uma população de cerca de 18 milhões de habitantes, é responsável por 73% da cocaína produzida no mundo, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

No combate ao narcotráfico, há duas semanas Noboa solicitou apoio internacional, buscando a ajuda de forças especiais de países aliados para reforçar a luta contra as máfias internacionais. Além disso, ele propôs uma reforma constitucional que permitiria a instalação de bases militares estrangeiras no território equatoriano. “As máfias e o narcotráfico operam em redes internacionais, de modo que é preciso atuar juntos para combatê-los de forma mais efetiva”, disse em comunicado.



Leia Mais: Folha

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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