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EUA: investidores apostam que eleição fará mercado volátil – 01/11/2024 – Mercado

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Will Schmitt, Nicholas Megaw

Os investidores têm aumentado suas apostas de que a eleição presidencial dos Estados Unidos na próxima semana provocará oscilações acentuadas nos preços dos mercados de títulos e câmbio.

O índice Ice BofA Move, indicador amplamente monitorado para movimentos futuros no mercado de Treasuries, subiu quase 40% em outubro e atingiu seu nível mais alto em mais de um ano no início desta semana.

“O risco mais realista a curto prazo é o resultado da eleição”, diz Steven Oh, chefe global de crédito e renda fixa da PineBridge Investments.

Os índices que medem a volatilidade potencial nos próximos 30 dias nos mercados de câmbio e ações também aumentaram antes da votação da próxima terça-feira (5), já que as pesquisas indicam uma disputa muito acirrada entre o candidato republicano Donald Trump e a candidata democrata Kamala Harris.

Os investidores dizem que a proximidade da disputa está pesando ainda mais nos mercados do que a possibilidade de uma escalada do conflito no Oriente Médio ou preocupações com o ritmo de cortes nas taxas de juros pelo Fed (Federal Reserve).

“Para nós, esta eleição realmente importa, e importa… mais do que o que o Fed ou os dados econômicos estão dizendo agora”, disse Andrzej Skiba, chefe de renda fixa dos EUA na Bluebay, da RBC GAM.

Os Treasuries já foram vendidos de forma acentuada nas últimas semanas, à medida que os investidores julgaram que uma vitória republicana, que poderia levar a políticas inflacionárias, estava se tornando mais provável. O índice Move elevado, que reflete as expectativas do mercado de volatilidade nos Treasuries, sugere que os investidores esperam mais oscilações por vir.

“Você poderia ver uma grande reavaliação nos títulos do outro lado” da eleição, comenta Emily Roland, co-estrategista-chefe de investimentos na John Hancock Investment Management.

“Uma vez que o ruído esteja fora do caminho, os investidores em títulos poderão se concentrar mais na desinflação”, o que deve empurrar os rendimentos de volta para baixo, afirma ela. Os rendimentos se movem inversamente aos preços.

No entanto, um resultado como uma vitória republicana na Casa Branca e em ambas as partes do Congresso poderia elevar ainda mais os rendimentos, acrescentou.

O índice de volatilidade mais conhecido —o índice Vix— permaneceu, em um nível geral, relativamente calmo, embora tenha subido acima de 23 nesta quinta-feira (31), quando as ações de tecnologia dos EUA lideraram uma venda de ações.

O Vix reflete a volatilidade implícita no índice S&P 500 nos próximos 30 dias e esteve abaixo de sua média de longo prazo de 20 na maior parte dos últimos três meses.

No entanto, analistas disseram que o índice estava excepcionalmente alto em relação à volatilidade realizada —as oscilações reais que ocorrem nos mercados de ações— nos últimos meses, mesmo antes do salto de quinta.

O Vix “não parece elevado, mas se você compará-lo com a volatilidade realizada, está muito elevado… A volatilidade implícita está dizendo que o mercado percebe que há muito risco”, observa Binky Chadha, estrategista-chefe global do Deutsche Bank.

Tipicamente, o Vix negocia alguns pontos acima do índice retrospectivo de volatilidade realizada, mas a diferença entre os dois recentemente se ampliou significativamente.

Até o fechamento de quarta-feira (30), o Vix estava quase 12 pontos acima da volatilidade realizada, em torno de sua maior diferença desde um breve aumento em torno da venda do mercado de ações em agosto.

A volatilidade esperada no mercado de câmbio também saltou à medida que os traders debatem o impacto potencial de propostas de políticas, como tarifas abrangentes sobre importações dos EUA. Um índice CME de volatilidade implícita em uma cesta de moedas de mercados desenvolvidos atingiu seu nível mais alto desde o início de 2023, enquanto seu índice de volatilidade para o peso mexicano disparou para seu nível mais alto desde a primeira presidência de Trump.

Steve Englander, chefe de Pesquisa FX do G10 no Standard Chartered, disse aos clientes na quarta que os movimentos na volatilidade cambial foram mais acentuados do que durante os ciclos eleitorais recentes. Eles refletiram “tanto a incerteza sobre o resultado da eleição quanto sobre qual seria a agenda política em caso de vitória de Trump, bem como a incerteza sobre se o resultado será uma vitória total ou um Congresso dividido”.

Historicamente, a volatilidade implícita tende a aumentar antes das eleições presidenciais e a se dissipar rapidamente após a votação, e muitos analistas e investidores esperam uma repetição.

Englander aponta que a volatilidade cambial poderia começar a reverter “muito rapidamente à medida que os resultados das eleições forem inferidos”.

John McClain, gerente de portfólio na Brandywine Global, diz que “o mercado odeia incerteza [mas] assim que você tem certeza, o mercado segue em frente”.

No entanto, com as pesquisas sugerindo que a eleição está em uma situação crítica, alguns alertaram que a volatilidade poderia durar mais do que o habitual, por exemplo, se o resultado for contestado.

Há uma chance de “uma eleição muito, muito disputada que seja contestada por um período prolongado de tempo”, opina Oh, da Pinebridge. “Não é uma conclusão precipitada que não teremos algum potencial para violência —e esperamos que não tenhamos esse tipo de ação.”



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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