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Europa lança o Iris², concorrente da Starlink, de Musk – 16/12/2024 – Mercado

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Peggy Hollinger

A Europa lançou seu programa espacial mais ambicioso em uma década após assinar um contrato para construir uma rede de satélites de 10,6 bilhões de euros (R$ 67,4 bilhões). O projeto vai rivalizar com a Starlink, de Elon Musk, fornecendo conectividade de alta velocidade para governos e cidadãos europeus.

A constelação de satélites multiorbitais Iris² é o terceiro grande projeto de infraestrutura da Europa no espaço, após o sistema de navegação Galileo e o Copernicus, a maior rede de observação da Terra do mundo. Ele foi anunciado há dois anos com o duplo objetivo de fornecer serviços de comunicação soberanos e seguros aos Estados-membros da União Europeia, ao mesmo tempo em que revitaliza o setor espacial do bloco com um projeto de ponta.

As negociações foram difíceis, com disputas sobre o custo e o risco crescentes e como o trabalho será compartilhado. Nesta segunda-feira (16), a Comissão Europeia fixou um preço de 10,6 bilhões de euros para o programa, com 61% financiado publicamente e o restante vindo do consórcio industrial SpaceRise, liderado pela Eutelsat, Hispasat e SES. O projeto foi inicialmente estimado para custar cerca de 6 bilhões de euros (R$ 38,2 bilhões).

Timo Pesonen, diretor-geral da Comissão para Defesa, Indústria e Espaço, destacou a importância estratégica para a Europa de ter sua própria rede de comunicação baseada no espaço. A conectividade autônoma e segura era “imperativa” para a UE, disse ele.

“Iris² sustenta nossa autonomia estratégica e capacidade de defesa, promove nossa competitividade e energiza a cooperação entre setores público e privado”, acrescentou.

O SpaceRise, que inclui empresas europeias de espaço e comunicações como Airbus, Deutsche Telekom, Telespazio e Thales, entre outras, terá uma concessão de 12 anos para projetar, construir e operar o Iris².

O projeto colocará 290 satélites em órbitas terrestres baixas e médias, com o objetivo de iniciar as operações até o início de 2030. A maioria de sua capacidade será dedicada a um serviço de banda larga comercial oferecido pelos operadores de satélite a empresas e residências. Mas uma parcela substancial será dedicada a serviços seguros que apoiam aplicações governamentais, como vigilância e gestão de crises.

A Eutelsat, operadora de satélites francesa, está investindo 2 bilhões de euros (R$ 12,72 bilhões) no projeto e será o maior investidor do setor privado.

O programa deve oferecer uma série de contratos para a indústria espacial europeia, que tem lutado para se adaptar a uma mudança de grandes satélites de comunicação em órbita geoestacionária a cerca de 36.000 km acima da Terra para megaconstelações de espaçonaves menores em órbita terrestre baixa —a região do espaço até uma altitude de 2.000 km.

Thales e Airbus, os dois maiores fabricantes de satélites da Europa, anunciaram nos últimos meses milhares de cortes de empregos para lidar com o declínio de seus negócios tradicionais geoestacionários.

Em seu relatório sobre a competitividade europeia, publicado em setembro passado, o ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi constatou que o serviço de banda larga via satélite Starlink, de Musk, com mais de 6.000 espaçonaves fornecendo serviços de comunicações para mais de 100 países, estava “perturbando operadores e fabricantes de telecomunicações europeus”.

As vendas comerciais e de exportação no setor haviam caído para níveis próximos aos de 2009, e a UE agora estava ficando “atrás dos Estados Unidos em propulsão de foguetes e megaconstelações para telecomunicações e receptores e aplicações de satélite, um mercado muito maior do que os outros segmentos espaciais”, constatou Draghi.

Josef Aschbacher, diretor-geral da Agência Espacial Europeia, disse que o programa “fomentará a inovação na indústria espacial europeia, impulsionará a competitividade europeia e criará empregos”.

Há também esperanças de que o Iris² possa ajudar a solucionar algumas das divisões que ameaçam a colaboração franco-alemã, à medida que a UE tenta introduzir a concorrência na aquisição de serviços de lançamento e carga espacial. No início deste ano, a Alemanha expressou preocupações sobre o custo e a provável distribuição de trabalho no Iris², confirmaram duas pessoas próximas ao assunto ao Financial Times.

Philippe Baptiste, presidente da agência espacial francesa CNES, insistiu que não havia garantia de que as empresas francesas dominariam o trabalho no Iris², pois o programa não concederia contratos com base no investimento de qualquer nação.

Em vez disso, os operadores de satélite líderes do consórcio teriam permissão para escolher os fornecedores mais competitivos. “Eu ficaria feliz em ter uma carga de trabalho pesada na França, mas não há garantia disso. Se a Thales ou a Airbus quiserem uma participação pesada, elas têm que ser muito boas e muito competitivas”, disse ele ao FT.

Baptiste disse que o Iris² impulsionaria a competitividade europeia. “Costumávamos ser líderes claros na Europa em telecomunicações baseadas no espaço. Mas agora o mercado está claramente se deslocando para a órbita terrestre baixa”.

“É importante não apenas para a agenda estratégica da Europa, mas também para as empresas ganharem liderança em tecnologia. Tem que ser competitivo”, acrescentou.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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