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Familiares de presos em greve de fome fecham ruas de acesso ao Centro de Rio Branco em protesto

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Avenida Ceará, Marechal Deodoro, Rui Barbosa, entre outras, estão interditas desde a manhã desta terça (15). Iapen-AC disse que está em diálogo com os familiares e deve receber uma comissão para conversar.
Foto: Ruas que dão acesso ao Centro da capital acreana estão fechadas devido ato (Foto: Aline Vieira/Rede Amazônica Acre).
Familiares dos detentos que estão em greve de fome fecharam as ruas que dão acesso ao Centro de Rio Branco em protesto, na manhã desta terça-feira (15). Equipe da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) estão no local para tentar desviar os veículos para outras vias.
Os parentes exigem a presença de representantes do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) e da Vara de Execuções Penais. Avenida Ceará, Marechal Deodoro, Rua Rui Barbosa estão interditadas.
O Iapen-AC disse que em diálogo com os manifestantes e deve receber uma comissão de representantes. Porém, não vai recuar por pressão nas medidas que visam a segurança das unidades.
A greve de fome dos detentos de seis presídios do Acre já dura 48h. O Iapen-AC informou que o movimento busca regalias e que o sistema penitenciário avalia as reivindicações, mas deve ceder apenas nos casos em que o pedido esteja previso em lei.
O movimento dos presos foi deflagrado nas unidades Francisco d’Oliveira Conde, presídio de segurança máxima Antônio Amaro e Unidade Feminina, em Rio Branco. No interior, os detentos também aderiram ao protesto no Presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, Moacir Prado, em Tarauacá e Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul.
“Não estamos aqui em busca de sexo, como estão postando nas redes sociais, estamos atrás dos direitos que são da gente como visitantes deles. Quando falamos que vamos para o presídio já saímos de casa ciente que vai para o inferno. Tem agente que trata a gente direito, mas muitos oprimem as visitas. Agora inventaram também, além do raio-x, de cutucar a comida. O raio-x não está lá para isso? Não precisa disso”, reclamou Shirlei Lopes.
Entre as reivindicações está ainda a instalação de um bebedouro para as visitantes. Segundo Shirley, os familiares chegam a ficar de três horas na fila sem tomar água. “Penal virou uma verdadeira bagunça. Precisam entender que o preso é do Estado não é de agente e de diretor. Os agentes estão lá fazendo o trabalho deles, não estão fazendo nenhum favor para nós e não é assim”, reclamou.
Marcilene Souza também está no ato com as demais parentes. Ela alega que o presídio não oferece estrutura para receber as visitas, e afirmou que a comida entregue para os detentos chegam estragada no presídio.
“Ficamos em um pátio escolar, na chuva, no sol, as comidas ficam jogadas e só têm duas mesas. Queremos pegar visita na cela. As comidas estão indo estragadas para eles, a água que fornecem lá está adoecendo os presos. Todos os presos, a maioria, está doente com tuberculose, não tem saúde, a família que tem que levar o medicamento para eles. Não tem dentista. Não temos reivindicando visita íntima, só queremos os direitos dos esposos que estão lá. Já está passando por limite”, acrescentou.
Frota de ônibus está parada devido protesto de familiares (Foto: Aline Vieira/Rede Amazônica Acre)
O superitendente da RBTrans, Gabriel Forneck, contou que toda frota de ônibus está parada devido o ato. Os manifestantes fecharam as principais ruas que dão acesso ao Centro do município. As equipes tentam buscar soluções para que a frota volte a funcionar parcialmente.
“A orientação é não vim para o Centro nesse momento. A gente está tentanto redimensionar como vamos fazer a distribuição das linhas de ônibus. Todas as linhas estão prejudicadas no momento porque não conseguimos fazer os desvios corretos. Está chegando mais reforços para a gente fazer o desvio pelo Bosque, Aviário e Segundo Distrito fazer o retorno dos ônibus”, argumentou. G1Ac.
Presos do Acre continuam em greve de fome e alimentos são doados a casas de recuperação
Greve de fome foi iniciada na segunda-feira (13) em seis presídios do estado. Eles reivindicam melhores condições nos presídios e mudanças nas regras de visitas.
Com a greve de fome dos presos de seis unidades prisionais do estado desde segunda-feira (13), os alimentos estão sendo doados para centros de recuperação e comunidades carentes. Os detentos reivindicam melhores condições nos presídios e mudanças nas regras de visitas.
Conforme o diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Aberson Carvalho, os detentos continuam com a greve de fome nesta quarta-feira (15).
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen) informou que os presos estão se negando a comer as três refeições que são oferecidas diariamente pelas direções dos presídios, que são o café, almoço e janta.
Somente na capital acreana, Rio Branco, estão sendo doados cerca de 3,5 mil itens de cada refeição, que incluem pães, café e leite pela manhã e marmitas durante o almoço e jantar.
Conforme o sindicato, os alimentos foram doados à “Casa de Recuperação Reconstruindo Vidas para o Reino de Deus” e à “Associação Beneficente Caminhos de Luz”, que oferecem tratamento a dependentes químicos. Além de serem entregues em comunidades carentes próximas aos centros de recuperação.
Carvalho afirmou que o movimento busca regalias e que o sistema penitenciário avalia as reivindicações, mas deve ceder apenas nos casos em que o pedido esteja previso em lei.
A greve de fome foi deflagrada nas unidades Francisco d’Oliveira Conde, presídio de segurança máxima Antônio Amaro e Unidade Feminina, em Rio Branco.
No interior, os detentos também aderiram ao protesto no Presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, Moacir Prado, em Tarauacá e Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul. G1Ac.
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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13 horas atrásem
25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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5 dias atrásem
20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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7 dias atrásem
19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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