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Fernanda Torres tem chance de ir ao Oscar 2025?

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Lá se vão 25 anos desde que o Oscar nos fez passar raiva naquela noite de domingo, em 21 de março de 1999. Central do Brasil perdeu o prêmio de Melhor Filme Internacional (na época chamado de Filme Estrangeiro) para A Vida é Bela, de Roberto Benigni, e Fernanda Montenegro ficou sem o de Melhor Atriz, que foi para Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado. O lobby do – na época – poderoso Harvey Weinstein, fez várias vítimas naquela noite: O Resgate do Soldado Ryan e Além da Linha Vermelha ficaram sem o prêmio de Melhor Filme, O Show de Truman perdeu Melhor Roteiro Original para a história de amor entre Paltrow e Joseph Fiennes e é melhor nem começar a listar aqui as categorias técnicas que o filme venceu.

Parece quase um roteiro pensado que, agora, em 2024, um novo filme de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Torres, filha da estrela de Central do Brasil, seja a produção do país com mais chance – em muitos anos – de concorrer novamente ao maior prêmio do cinema americano e o mais famoso no mundo todo.

Destaque no Festival de Veneza, onde venceu o prêmio de Melhor Roteiro, Ainda Estou Aqui tem grandes chances de representar o Brasil no Oscar 2025. E mais, assim como aconteceu com Cidade de Deus (que não foi indicado pelo Brasil, mas conseguiu indicações após estreia nos EUA), há uma expectativa de que a produção possa furar a bolha do Melhor Filme Internacional e consiga outras indicações. Entre elas, a de Fernanda Torres.

Fernanda Torres tem chance de ser indicada ao Oscar?

A atuação de Fernanda Torres como Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, engenheiro e ex-deputado, que foi sequestrado durante a Ditadura Militar e nunca mais foi visto, é uma das mais elogiadas do ano. Desde a estreia no Festival de Veneza, a atriz vem recebendo diversos elogios. O The Guardian chamou a atuação de Torres de “incrível”, a Variety de “gloriosa” e o Screen Daily de “magnífica”. Logo na estreia o Deadline apontou Fernanda Torres como uma possível candidata ao Oscar e outros prêmios na temporada.

Com a passagem do filme pelos grandes festivais do segundo semestre – além de Veneza, também foi ou ainda será exibido em Toronto, Londres, Nova Iorque, além de outros nos EUA, como o AFI, do American Film Institute – Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres devem continuar chamando atenção da crítica e de possíveis votantes da Academia.

Em qual categoria Fernanda Torres pode ser indicada pro Oscar?

Assim como aconteceu com Fernanda Montenegro em Central do Brasil, Fernanda Torres tem chances de ser indicada ao Oscar na categoria de Melhor Atriz. O jornalista Scott Feinberg, do The Hollywood Reporter, um dos maiores especialistas na premiação, divulgou sua lista de previsões e na última atualização (de 10 de outubro) ele coloca Torres dentro das cinco indicadas ao prêmio de atuação.

Clayton Davis, da Variety, na última parcial de sua lista de previsões (também publicada em 10 de outubro), colocou Fernanda Torres em sexto lugar, uma posição fora das cinco que seriam indicadas.

No Gold Derby, que junta previsões do público em geral e de nomes do jornalismo e indústria, a atriz aparece apenas na 11ª posição.

Quem são as principais concorrentes de Fernanda Torres no Oscar?

Assim como nos últimos anos, a categoria de Melhor Atriz no Oscar 2025 deve ser uma das mais concorridas. Nomes grandes da indústria americana como Angelina Jolie e Nicole Kidman são alguns dos nomes que figuram nas listas de previsões. Jolie vai para a temporada com Maria Callas, cinebiografia da soprano que dá nome ao filme dirigido por Pablo Larraín. O diretor emplacou indicações para todas as suas atrizes principais nos últimos filmes em língua inglesa: Natalie Portman, por Jackie, e Kristen Stewart, por Spencer.

Nicole Kidman venceu o prêmio de Melhor Atriz em Veneza por Babygirl, de Halina Reijn, concorrendo diretamente com Fernanda Torres pela preferência no festival. Quem também chega com o peso de uma premiação internacional à temporada é Karla Sofía Gáscon, por seu trabalho em Emilia Pérez, filme que deve ser o grande foco de investimento da Netflix para prêmios, e venceu Melhor Atriz (junto com o resto do elenco que inclui Selena Gomez e Zoe Saldaña) no Festival de Cannes.

Outras concorrentes são Mikey Madison pelo incrível trabalho em Anora, que deve aparecer em todas as listas do anos, além de Saoirse Ronan, por The Outrun e Demi Moore, por A Substância. Tilda Swinton e Julianne Moore também são nomes fortes na categoria por O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar, mas há uma dependência se a Sony Classics vai escolher uma delas para focar na campanha ou se ambas vão dividir votação na categoria principal.

Por qual filme Fernanda Torres pode ser indicada ao Oscar?

Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles, conta a história de Eunice Paiva, a mulher do ex-deputado e engenheiro de renome Rubens Paiva. Durante a Ditadura Militar, ele foi sequestrado pelos militares e nunca mais foi encontrado. A história do filme foca em mostrar o dia a dia dessa família, destacando o relacionamento entre os pais e os filhos, até que Rubens é retirado da vida de todos de uma hora para outra e nenhuma explicação é apontada para isso.

O grande destaque em Fernanda Torres se dá pelo foco da história. Eunice é o fio condutor da narrativa, passando de um papel de dona de casa de uma família de classe média alta, para uma mulher que tem que lutar para sustentar a família, procurar respostas pelo sumiço do marido e nunca perder o laço com os filhos.

A história é adaptada do livro homônimo, escrito por Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice.

Fernanda Torres tem chance de ganhar o Oscar?

Ainda é cedo para afirmar se a atriz realmente tem chances de vencer o prêmio. Se levarmos em conta a empolgação dos veículos internacionais pela sua atuação, podemos acreditar que sim, ela está no páreo junto com as outras favoritas. Fernanda Torres vai receber o prêmio de Melhor Atriz em filme internacional da edição especial para cinema e TV voltada para latinos, do Critics Choice Awards, e isso coloca mais um olhar sobre a sua atuação.

Entretanto, a barreira de ser um filme internacional e uma atriz não americana, pode pesar na escolha da premiação, que ao longo dos últimos anos teve trabalhos fantásticos como o de Sandra Huller, por Anatomia de uma Queda, Penélope Cruz, por Mães Paralelas e Yalitza Aparicio, por Roma, deixados de lados, preferindo outras atrizes em filmes de língua inglesa.

Ainda Estou Aqui estreia nos cinemas em 7 de novembro.



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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