NOSSAS REDES

MUNDO

Fred Trajano revela as três apostas do Magazine Luiza após se blindar da alta de juros; ações MGLU3 sobem com balanço forte no 3T24

PUBLICADO

em

Mesmo depois de entregar o quarto balanço consecutivo do Magazine Luiza (MGLU3) no azul, o CEO Frederico Trajano revelou que ainda não está satisfeito com o estágio de “blindagem” da varejista aos ciclos de aumento da Selic.

Para o executivo, ainda é preciso dar novos passos em direção à monetização do GMV (volume de vendas em canais digitais) para garantir a lucratividade em meio aos juros altos no Brasil.

“Ainda não acho que chegamos ao patamar ideal de margens operacionais. Nós ainda precisamos evoluir para tornar o resultado ainda mais blindado e à prova de Selic. Nós precisamos evoluir todas as agendas, como penetração de produtos financeiros online e Ads”, disse Fred Trajano, em teleconferência com analistas na manhã desta sexta-feira (8).

Vale lembrar que o Magalu anunciou na noite passada o balanço do terceiro trimestre de 2024, com lucros acima do esperado pelo consenso de mercado, receitas em expansão e margens robustas. Você confere aqui o resultado na íntegra.

As ações do Magazine Luiza reagiram positivamente ao resultado. Por volta das 15h45, os papéis subiam 4,80%, a R$ 9,83. As ações fecharam em alta de 2,35%, a R$ 9,60.

No acumulado do ano, porém, a varejista perdeu mais da metade de seu valor de mercado, com queda de 54% na B3 desde janeiro, hoje avaliada em pouco mais de R$ 7 bilhões.

As atuais apostas do Magazine Luiza (MGLU3) 

Na avaliação de Fred Trajano, o principal pilar para a futura expansão de rentabilidade é o aumento das margens dentro do ecossistema Magalu. 

Hoje, as principais apostas do Magalu estão em quatro novas verticais de negócios: a fintech MagaluBank, o serviço de armazenagem em nuvem Magalu Cloud, a divisão de anúncios Magalu Ads e a unidade de logística Magalog.

Um dos destaques do 3T24 foi justamente a evolução da operação financeira e a melhoria da unidade de cartões de crédito Luizacred. “Ela chegou a patamares de ROE dignos de Itaú, com tendência de crescer mais ainda no quarto trimestre independente do cenário econômico.”

De acordo com o executivo, no curto prazo, o aumento da penetração do CDC digital — o “carnezinho gostoso” virtual — também possui um potencial significativo de aumento de margens e contribuição para o Ebitda consolidado.

O Magalu a partir de 2026

O CEO da varejista também já traçou as novas metas a serem atingidas após a conquista da meta de um “Magazine Luiza à prova de Selic” — e deu um spoiler do que vem pela frente na nova estratégia de cinco anos que está sendo desenhada para o Magalu.

Uma das expectativas para o próximo plano, que deve tomar forma a partir de 2026, é incrementar o volume de vendas digitais  de forma relevante por meio da aposta em publicidade, com o Magalu — especialmente considerando o desempenho positivo do retail media em gigantes do e-commerce como a Amazon.

“Praticamente todas as empresas que entram em jornada de retail media têm contribuição pro resultado. É comum ver operações de anúncios de varejistas que começaram há mais tempo chegarem a representar mais de 5 pontos percentuais no GMV das empresas. No caso de uma agenda só razoavelmente bem sucedida para o Magazine Luiza, que consiga cerca de 2 p.ps no GMV e com margem de contribuição de 70%, o Magalu Ads sozinho poderia incrementar o Ebitda do grupo em 1%”, projetou o CEO.

Vem aí o Magalu Cloud

Do lado de tecnologia, uma das principais apostas de longo prazo do executivo é o Magalu Cloud. Nas contas de Trajano, existe um mercado de armazenagem em nuvem no Brasil de R$ 90 bilhões, mas com poucos players brasileiros competindo com as gigantes estrangeiras, que possuem altos custos insustentáveis para pequenas e médias empresas.

“A nossa ideia para construir o Magalu Cloud era investir para conseguir conter o nosso próprio crescimento de custos em cloud. Mas hoje vemos oportunidade grande no futuro para melhorar e ter uma participação de mercado no negócio que tende a ter margens positivas. Eu digo que o mercado brasileiro tem espaço para as Ferraris que são as clouds gringas, mas também para uma Toyota da vida como o Magalu Cloud.”

A inteligência artificial também é vista como uma “oportunidade gigantesca”, especialmente diante do potencial disruptivo da Lu para se tornar, além de uma digital influencer, um novo canal de vendas relevante para o Magazine Luiza, afirmou Fred Trajano.

Por fim, Trajano enfatizou os planos do Magalu para explorar a multicanalidade do marketplace (3P) durante o novo ciclo estratégico, com a entrada de produtos de sellers do 3P nas lojas físicas.

O que dizem os analistas sobre o 3T24 do Magazine Luiza

Na visão do BTG Pactual, a lucratividade do Magazine Luiza (MGLU3) foi outra vez o destaque do balanço, impulsionada por maiores receitas de serviços e uma abordagem mais racional na operação.

Segundo os analistas, o foco na lucratividade deve persistir nos próximos trimestres, com tendências de melhoria de receita.

No entanto, a varejista ainda deve ser pressionada pelo crescimento mais lento do volume de vendas online, dada a exposição a categorias altamente cíclicas, como eletrônicos e eletrodomésticos, além do impacto de altas taxas de juros nos resultados da Luizacred e do elevado custo de financiamento para descontar recebíveis — o que pode afetar os resultados financeiros e o lucro líquido. 

“Reconhecemos que taxas de juros mais altas nos próximos trimestres devem pressionar o lucro líquido da empresa, mas os últimos trimestres mostraram sinais encorajadores com melhores tendências de lucratividade, uma abordagem mais racional para tomar taxas e seu modelo de negócios multicanal alavancando a operação de mercado, sustentando nossa tese de compra”, afirmou o banco, em relatório.

Em meio à tese otimista, o BTG fixou um preço-alvo de R$ 25 para as ações do Magalu (MGLU3) nos próximos 12 meses, uma valorização potencial de 166% em relação ao último fechamento.

Já o Goldman Sachs avaliou os números do terceiro trimestre como positivos e em linha com as expectativas do mercado — mas manteve recomendação neutra para MGLU3, com preço-alvo de R$ 15 para os próximos 12 meses, alta potencial de 59%.

O banco norte-americano destacou a “melhora notável” dos resultados da Luizacred, com maior qualidade do crédito e estabilização da carteira de empréstimos após os sequenciais declínios anuais nos últimos trimestres.

Para o Itaú BBA, ainda que o Magalu tenha sustentado as tendências de melhoria, o crescimento online ainda não se materializou apesar dos esforços da varejista para fortalecer a proposta de valor, como os investimentos em centros de distribuição, a parceria com a Aliexpress e o lançamento do CDC Digital.

“Com a empresa sendo negociada a um múltiplo de 12 vezes a relação entre preço e lucro (P/L) para 2025, em linha com a média do setor, optamos por ficar de fora das ações por enquanto”, disse o banco.

Enquanto isso, na avaliação do JP Morgan, o Magazine Luiza reportou mais um conjunto de bons resultados no terceiro trimestre — e agora que o nível de lucratividade foi reconstruído, a expectativa é que as discussões gradualmente mudem para as tendências de crescimento da varejista.

Os analistas também continuaram com recomendação neutra para a varejista.

Leia Mais

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

PUBLICADO

em

São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

Leia mais notícia boa

A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

PUBLICADO

em

São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

Leia mais notícia boa

Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MUNDO

China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

PUBLICADO

em

São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.

Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.

A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.

Trabalho em parceria

A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.

Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.

Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.

Leia mais notícia boa

Expectativas de aplicações sociais

A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.

De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.

Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik



Leia Mais: Só Notícias Boas

Continue lendo

MAIS LIDAS