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Ibovespa fecha em queda sem trégua em incerteza sobre políticas econômicas

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SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, em mais uma sessão negativa para ativos financeiros brasileiros, sem alívio nas preocupações com o cenário fiscal do país, enquanto Hypera chegou a disparar 7% após a rival EMS aumentar a participação acionária na farmacêutica.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,09%, a 120.766,57 pontos, perto da mínima do dia de 120.617,32 pontos, antes de fechar na terça-feira e na quarta-feira em razão do Natal. Na máxima, marcou 122.104,68 pontos. O volume financeiro somou 20,6 bilhões de reais.

De acordo com a equipe de macroeconomia do BTG Pactual, chefiada por Mansueto Almeida, o pacote de contenção de despesas foi insuficiente e não elimina riscos de mudanças no arcabouço fiscal até 2026, “pois as novas medidas não reduzem de forma significativa o ritmo de crescimento”.

Os analistas também afirmaram que a deterioração fiscal e a incerteza quanto às políticas econômicas nos próximos dois anos no Brasil pressionam o câmbio, elevam a inflação e exigem uma resposta de política monetária mais firme, conforme relatório enviado a clientes.

“O resultado é um crescimento mais modesto e maior volatilidade nos preços dos ativos”, afirmaram os economistas do maior banco de investimentos da América Latina.

A queda do Ibovespa acompanhou o tom mais negativo no mercado brasileiro como um todo, com alta nas taxas dos DIs e avanço dólar ante o real, refletindo a desconfiança dos agentes financeiros com a política fiscal do governo federal, mas também a alta nos rendimentos dos Treasuries.

“Em nossa avaliação, mantém-se a percepção de que o cenário macroeconômico e as baixas expectativas de alavancas locais devem impedir o Ibovespa de apresentar alta consistente nas próximas semanas”, afirmaram analistas do BB Investimentos em relatório de análise técnica enviado a clientes.

As bolsas nos Estados Unidos, por sua vez, fecharam no azul, com o S&P 500 e o Nasdaq avançando 0,73% e 0,98%, respectivamente, enquanto o Dow Jones subiu 0,16%. O mercado acionário norte-americano funciona normalmente na terça-feira, fechando apenas na quarta-feira.

DESTAQUES

– AZUL PN recuou 9,34%, conforme o dólar voltou a avançar sobre o real, assim como as taxas dos contratos de DI, o que pesou sobre ações de setores cíclicos. Ainda no segmento de viagens, CVC BRASIL ON cedeu 6,06%, tendo ainda no radar a aquisição da Decolar pela empresa holandesa de investimentos Prosus, controladora do iFood.

– ALPARGATAS PN caiu 6,51% e LOJAS RENNER ON perdeu 5,96%, também minadas pelo movimento na curva de juros, que fez o índice do setor de consumo terminar em queda de 1,95%. No mesmo conceito, MRV&CO ON recuou 5,05% em dia de queda generalizada de construtoras. O índice setor imobiliário fechou em baixa de 3,13%.

– AUTOMOB ON recuou 19,05%, em mais um dia de correção negativa após forte valorização desde a estreia das ações na semana passada, quando foi listada a 0,17 real e chegou a ser cotada a 0,91 real.

– HYPERA ON avançou 3,32%, após o fundo Dodgers, veículo de investimento ligado à rival EMS, elevar a participação na farmacêutica a aproximadamente 6,02%. A EMS tentou em outubro combinar os negócios com a Hypera, mas não obteve sucesso. O movimento trouxe especulações de que o interesse segue firme, mas o caminho pode ser outro.

– SUZANO ON valorizou-se 2,72%, endossada por notícia de que está comunicando clientes em todos os mercados sobre reajustes nos preços da celulose a partir de 1 de janeiro.

– IRB(RE) ON subiu 2,42%, após a resseguradora reportar lucro líquido total de 24,2 milhões de reais em outubro, quando os prêmios emitidos alcançaram 481,9 milhões de reais e o índice de sinistralidade ficou em 78,2%. O resultado de underwriting somou 700 mil reais e o financeiro e patrimonial atingiu 65,6 milhões de reais.

– ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,94%, em dia mais negativo para bancos, com BRADESCO PN cedendo 1,79%, SANTANDER BRASIL UNIT fechando em baixa de 3,09% e BANCO DO BRASIL ON terminando com variação negativa de 0,66%. Ainda no Ibovespa, BTG PACTUAL UNIT recuou 2,82%.

– PETROBRAS PN fechou com variação positiva de 0,03%, em dia de fraqueza do petróleo no exterior, onde o barril de Brent caiu 0,43%. A Petrobras disse que rescindiu contrato de desinvestimento dos campos de Uruguá e Tambaú, no pós-sal da Bacia de Santos. A venda havia sido acertada com a Enauta, hoje Brava Energia, após fusão com a 3R Petroleum.

– VALE ON subiu 0,42%, tendo como pano de fundo a alta dos contratos futuros do minério de ferro na China, com expectativa de reabastecimento de siderúrgicas chinesas. O contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 0,84%, a 780 iuans (106,87 dólares) a tonelada métrica.

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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