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Ideb 2023: Políticas educacionais devem se guiar por dados – 11/12/2024 – Papo de Responsa
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1 ano atrásem
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), principal indicador da qualidade da educação básica brasileira, foi criado para estabelecer um ciclo de metas que igualasse o nível nacional à média de países desenvolvidos.
O cálculo leva em consideração a taxa de aprovação escolar e a média de desempenho nas provas de matemática e língua portuguesa do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica). Dessa forma, quanto maiores forem a taxa de aprovação e a proficiência nas avaliações, maior o Ideb.
Após a divulgação dos resultados de 2023, é hora de transformar os números em realidade. Como minha expertise é letramento, vou me limitar aos resultados da prova de língua portuguesa.
Em uma primeira análise, o que se vê é que desigualdades entre alunos das redes pública e privada não são imensas, mas vão se aprofundando com o passar dos anos. Ao final do primeiro ciclo, a diferença é de 33,3 pontos, colocando todos os alunos que encerraram o quinto ano no nível cinco de nove da escala Saeb.
No próximo ciclo, a diferença aumenta pouco mais de quatro pontos, para 37,4, o suficiente para que alunos das redes municipais fiquem em nível três de oito, e os da rede privada cheguem ao nível quatro. No ensino médio, a diferença aumenta para 44,07 pontos, descendo os alunos das redes estaduais para o nível dois de oito, enquanto os da rede privada permanecem no nível quatro.
Na prática, esses desempenhos mostram que, na média, uma criança de 11 anos consegue, por exemplo, identificar o tema de um texto e inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
Com mais quatro anos de ciclo escolar, adolescentes de 15 anos que encerram os anos finais da educação básica apresentam habilidades textuais que incluem reconhecer expressões características de linguagens diferentes, como a científica e a jornalística, e comparar textos de gêneros variados sobre o mesmo tema.
Mas, com um nível a mais de proficiência, aqueles que se formaram em escolas privadas conseguem, também, reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.
Ao fim do ensino médio, alunos provenientes de escolas estaduais sabem reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos e a ideia comum entre textos de gêneros diferentes. Já aqueles que saíram de escolas privadas conseguem reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos.
Para além das habilidades, precisamos jogar luz sobre o que os brasileiros não conseguem fazer diante de um texto, independentemente da rede escolar. Novamente retomando a média, nossas crianças de 11 anos são incapazes de interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos ou de reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.
Nossos adolescentes de 15 anos não identificam a relação de causa e consequência em contos nem diferenciam fatos de opiniões ou mesmo opiniões diferentes em artigos e notícias.
E jovens de 18 anos não sabem localizar informação explícita em resumos nem reconhecer o tema de contos e fragmentos de romances.
Em linguagens, não há segredo: a prática leva à proficiência. Vale recuperar dado do Pisa 2018, ano em que a avaliação internacional com alunos de 15 anos deu ênfase à leitura.
A taxa de alunos brasileiros que não leram nenhum tipo textual em sala de aula ao longo de um mês ficou acima dos 20%. Além disso, praticamente quatro em cada dez alunos nunca haviam lido texto de ficção, como um conto.
Dados oferecidos por provas e indicadores são ótimos ao apontar o problema. Precisamos usá-los para encontrar, também, soluções, e usar evidências para orientar políticas públicas para a educação.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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