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Imagem não mostra tortura na Síria – DW – 06/12/2024

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Os combatentes rebeldes capturaram Aleppo, Idlib e Hama na Síria na maior ofensiva contra Bashar Assad governo em anos. sírio e também têm ocorrido ataques aéreos russos contra posições rebeldes. Após estes eventos, as redes sociais registaram uma onda de publicações, muitas delas divulgando conteúdos enganosos e falsos.

Uma foto que mostra um homem pendurado no teto e sendo torturado por outro homem se tornou viral no X. O homem torturado tem hematomas e cortes visíveis por todo o corpo. A foto supostamente mostra a tortura de civis sírios pelo regime de Assad.

Na verdade, várias organizações de direitos humanos acusaram o governo sírio de tortura e outros abusos no passado. DW relatou sobre eles em detalhes. Mas e essa imagem específica? Verificação de fatos DW analisou.

Alegar: “Uma foto encontrada nos telefones de um dos capangas seculares de Assad depois de capturá-lo, mostrando a tortura de um civil sírio”, diz este documento. postagem viral no X. Só esta postagem foi compartilhada mais de quatro milhões de vezes. Muitos outros usuários o compartilharam em outras plataformas de mídia social, comoFacebook e Redditalegando que mostra a tortura de sírios nas mãos do regime de Bashar Assad.

Verificação de fatos DW: Falso

Uma combinação de duas imagens mostrando a cena de tortura da figura de cera, uma do post X e outra tirada no museu
A foto no X-post (esquerda) versus uma foto tirada na exposição em Teerã (direita)Imagem: Rouzbeh Fouladi/ZUMA/aliança de imagens

Uma pesquisa reversa de imagens mostra que a foto aparece online em um artigo em idioma farsi que pode ser encontrado aqui e umsite local reportagem sobre uma exposição no Museu Ebrat em Teerã, Irã. Encontramos fotos com a mesma configuração no museu próprio site também.

Confirmamos os resultados consultando outras fontes e informações sobre o Museu Ebrat, na capital iraniana. O museu exibe figuras de cera em cenas que mostram como os presos políticos foram mantidos em condições horríveis e submetidos a tortura e tratamento desumano pela polícia secreta de Mohammed Reza Shah Pahlavi (SAVAK) durante a década de 1970.

Revista Tempo descreveu a agência como tendo “poderes virtualmente ilimitados para prender e interrogar, SAVAK torturou e assassinou milhares de oponentes do Xá” em fevereiro de 1979. Mohammed Reza Shah tornou-se monarca em 1941, mas declarou a lei marcial em 1949 após uma tentativa de assassinato. Depois disso, prendeu adversários políticos e restringiu as críticas à família real na imprensa.

O site oficial do museu está ativo e mostra muitas figuras de cera semelhantes. A exposição mostra vários métodos comuns de tortura usado pela SAVAK na época.

Mais imagens da exposição de cera do Museu Ebrat sobre tortura feita pela agência de inteligência SAVAK
O Museu Ebrat, no centro de Teerã, tenta familiarizar seus visitantes com as dores e sofrimentos dos presos políticos iranianos antes da Revolução Islâmica de 1979.Imagem: Rouzbeh Fouladi/ZUMA/PA

Encontramos várias fotos diferentes da mesma exposição, de perspectivas ligeiramente diferentes e com pequenas alterações ao longo dos anos.

Esta foto é de 2019 e remonta à agência fotográfica Picture Alliance. Aqui você vê uma mulher iraniana, provavelmente uma turista, em primeiro plano. Você pode ver que a mesinha que estava encostada na parede na foto do post X parece ter sido movida. O quadro com o texto em persa pendurado na parede ainda não estava lá. A foto foi tirada por Ebrahim Noroozi para a AP no dia 7 de janeiro de 2019, segundo os metadados.

Um iraniano observa uma exposição numa antiga prisão dirigida pelo serviço de inteligência pré-revolução, Savak, agora um museu (Museu Ebrat).
Uma imagem da Picture Alliance de 2019 mostra a mesma cena da postagem viral XImagem: Aliança de foto/imagem Ebrahim Noroozi/AP

A Picture Alliance também oferece mais fotos da prisão que virou museu. A prisão foi transformada em museu no início dos anos 2000. Embora capte um capítulo negro da história do Irão, é importante salientar que o actual regime também foi acusado de violações dos direitos humanos. abusos durante anos. Uma das prisões SAVAK anteriores, Prisão de Evinainda é usado hoje e ganhou uma reputação notória por violações dos direitos humanos e maus-tratos a prisioneiros.

Também encontramos fotos do museu em Conselheiro de viagem que lembram a foto postada no X. Um visitante postou esta foto do museu de cera tirada em Outubro de 2017. Nesta imagem, há fotos emolduradas da antiga família real penduradas na parede. Você também pode ver a bandeira iraniana antes da Revolução Islâmica.

A denúncia postada no X sobre a tortura de um civil sírio mostra a imagem da tela de um telefone celular. A qualidade é naturalmente inferior à da imagem original. Às vezes, imagens de qualidade inferior podem fazer as coisas parecerem mais reais. Aqui as figuras de cera poderiam ser confundidas com humanos reais.

As forças de Assad cometeram crimes contra civis

Embora esta imagem específica seja deturpada, isso não significa necessariamente que as forças do Presidente Bashar Assad não tenham cometido tortura na Síria.

Em 2011, Assad liderou uma repressão brutal aos protestos da Primavera Árabe, pedindo o fim do seu regime autoritário, levando à eclosão da guerra civil na Síria.

As partes no conflito mudaram ao longo dos anos e incluíram grupos que abrangeram uma gama ideológica desde rebeldes moderados que surgiram do movimento de protesto até grupos extremistas. Grupo “Estado Islâmico” (EI).

Assad é acusado de usar violência, prisão arbitrária e tortura contra civis. O governo sírio é conhecido por detenção de indivíduos incluindo jornalistas, activistas dos direitos humanos e advogados. O Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) também ordenou que o Presidente Assad tomasse medidas contra a tortura, e uma Um adiamento chegaram a acusar o regime sírio de usar armas químicas contra os seus próprios civis.

Nicolas Hammerschlag Vicunha contribuiu para este relatório.

Editado por: Rayna Breuer, Carla Bleiker



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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