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Índia vê notável transformação nos esportes de inverno – DW – 26/10/2024

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O maior número de indiano atletas de esportes de inverno participarão de corridas internacionais nesta temporada, como legado de Arif Khan, atleta olímpico de inverno de 2022 continua a crescer.

Com 3.000 quilómetros (1.864 milhas) de cadeias de montanhas, a Índia tem há muito tempo potencial para ser líder nos desportos de inverno, mas a falta de governação e tradição tem impedido-a há anos.

Ainda existem apenas três resorts principais; Manali, uma cidade no Vale Kullu, Caxemira, e Auli em Uttarakhand, onde está localizada a única pista de esqui aprovada pela Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS) do país. Auli está programado para sediar os jogos nacionais da Índia em 2025.

A popularidade do esqui está aumentando, em parte por causa das postagens de celebridades indianas sobre a Caxemira durante a pandemia. Agora, graças ao trabalho empenhado e incansável de três figuras-chave, o cenário dos desportos de inverno da Índia espera estabelecer-se no cenário mundial.

Esporte de inverno indiano esperando para ser desbloqueado

Arif Khan, atual presidente do comitê ad-hoc da Ski and Snowboard India (SSI) Shiva Keshavanque em 1998 se tornou o primeiro indiano a competir no luge no Winter Jogos Olímpicos, e Bhavani Thekkada Nanjugunda, o atleta de esqui nórdico de maior sucesso do país, têm liderado os esforços para uma melhor governação, mais financiamento e apoio.

Arif Khan segura uma bandeira indiana no alto
Arif Khan comemora representar a Índia nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em PequimImagem: Chen Yichen/Xinhua/aliança de imagens

No ano passado, 700 atletas competiram nos Jogos de Inverno Khelo Índia, e o governo pagou a conta. Este ano, estão disponíveis três eventos nacionais, foram organizados campos de desenvolvimento na Europa apoiados pela FIS, e para os Jogos Asiáticos de Inverno em China em fevereiro de 2025, a Índia espera ter 70 inscrições, 40 das quais serão para esqui. As bases para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026 em Milão, Itália, estão sendo lançadas.

Thekkada Nanjugunda é um atleta que espera representar a Índia em Itália em 2026. Nanjugunda é montanhista de profissão, mas depois de assistir a um filme sobre Eddie, a Águia, nos Jogos de Calgary de 1988, ela se inspirou a tentar esquiar. Foi só em 2020 que ela experimentou pela primeira vez o esqui cross-country, inspirada nas lendárias norueguês esquiadora cross-country Marit Bjorgen.

Durante a pandemia de COVID-19, ela treinou em sua cidade natal, Coorg, um lugar quente onde está localizada a plantação de café mais alta da Índia. O pai dela montou uma academia feita de troncos. E, no inverno seguinte de 2021, Thekkada Nanjugunda conquistou o ouro na corrida de 1,5 quilômetros nos campeonatos nacionais e o bronze nos 10 quilômetros.

“Meus pais nunca tinham visto neve, mas tenho muita sorte e estou feliz por ter pais que me apoiaram para isso”, disse Thekkada Nanjugunda à DW.

“Há quatro anos eu nem sabia sobre esqui cross-country e agora este ano, em 2024, ganhei o ouro nas provas de velocidade de 1,5 quilômetro, 5 quilômetros e 10 quilômetros. anos”, acrescentou ela modestamente.

O esqui cross-country opera quase exclusivamente no exército indiano, e agora – graças em parte ao sucesso de Thekkada Nanjugunda – seus melhores esquiadores cross-country estão conquistando pontos nas corridas da FIS.

Construindo uma tradição de esportes de inverno

“Tivemos desafios”, disse Shiva Keshavan à DW. “Não há cultura ou tradição de esportes de inverno na Índia e, com o governo central em Delhi, poucas pessoas estão familiarizadas com os esportes de inverno.”

Condições meteorológicas e custos cada vez mais imprevisíveis são obstáculos, mas o maior apoio da FIS e do governo espera ajudar neste último caso.

“Para mim, correr uma vez na Europa, custa-me um ano inteiro das minhas poupanças”, explicou Thekkada Nanjugunda.

Apesar disso, o efeito cascata está sendo sentido em toda parte.

“Quando eu estava esquiando, você tinha que subir a montanha a pé. Só era possível fazer duas corridas por dia”, disse Keshavan rindo. “Agora você tem a gôndola.”

Turistas esquiando em Manali, Índia
Até mesmo o esqui recreativo na Índia aumentou em popularidade recentementeImagem: aliança de imagens/Sipa USA/Hindustan Times

“Há um número absurdo de pessoas aprendendo a esquiar na Índia”, disse Thekkada Nanjugunda. “Em 2018, tivemos alguns meninos e meninas inscritos em campos de treinamento. Agora temos listas de espera.”

Keshavan acredita que o aumento da presença nos esportes de inverno tem impulsionado o desenvolvimento das comunidades montanhosas na Índia.

“Quando você investe no turismo, na economia local, na qualificação das pessoas, há um impacto. Normalmente o inverno é uma parte não produtiva do ano, mas com os esportes de inverno você está trazendo algo novo.”

Caxemira continua a ser um local chave para esquiar na Índia, apesar da incerteza que continua a rodear a região. O território está sem governo local há seis anos e a violência recente está a ameaçar a paz na região há muito conturbada. Recentemente eleito ministro-chefe, Omar Abdullah quer ver a restauração da autonomia da região.

“A situação política melhorou muito”, disse Keshavan. “É seguro. Ainda há uma presença razoável de segurança na região, mas há muito turismo que decolou. A população local gosta disso porque traz riqueza para as comunidades locais.”

Próxima geração pronta para aproveitar sua chance

Keshavan espera ter uma equipe indiana ainda maior em Milão dentro de dois anos, e que a equipe seja ainda mais competitiva na França em 2030.

Thekkada Nanjugunda acredita que os esquiadores indianos têm a chance de estar na Copa do Mundo da FIS em cinco anos. Em dois anos, ela quer estar em Milão e, ao fazê-lo, dará continuidade a um legado crescente.

“Nunca pensei em competir nas Olimpíadas, mas quando ganhei meu ouro (nos campeonatos nacionais de 2021), fui convidado para escolas como palestrante convidado”, disse Thekkada Nanjugunda.

“Eu tinha filhos mais novos me dizendo que queriam ser como eu. Isso me fez pensar. Eu estava ganhando um bom dinheiro, mas estava fazendo isso por mim mesmo.”

“Mas sendo esportista tenho voz para tantas pessoas, posso apoiar jovens atletas. Por isso decidi ir às Olimpíadas de 2026 e, aconteça o que acontecer, minha jornada será um exemplo para a próxima geração”.

Editado por: Chuck Penfold





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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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