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Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal encerra 2024 com saldo positivo e perspectiva de avanço no setor agropecuário

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Fabiana Matos
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), órgão de defesa vegetal e animal encerra o ano com ações positivas realizadas em todas as cidades do estado, com vigilância e atividades educacionais voltadas para a segurança da produção, destinadas a garantir padrões de qualidade sanitária, assegurando a saúde pública e a efetiva participação no mercado.
O Idaf vem alcançando grandes conquistas em todos os segmentos, gerando melhorias na prestação do serviço público, com reestruturação das unidades e modernização das instalações.
A construção de dois galpões destinados aos departamentos de transporte e administrativo do instituto, com investimento de R$ 5 milhões, proveniente de recursos próprios, é um feito histórico.
A nova sede do Idaf, localizado na rodovia AC-40, Loteamento Santa Helena, em Rio Branco, é fruto do termo aditivo ao contrato de cessão de uso gratuito do terreno cedido pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que incluirá setores que integrarão o quadro administrativo, proporcionando uma estrutura condizente ao crescimento das demandas que se projetam no órgão.
A continuidade das obras é uma das ações que reafirmam o compromisso do Idaf também nos municípios. Só em 2024, o órgão realizou a adequação e manutenção nas unidades de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Capixaba, Plácido de Castro, Sena Madureira, Bujari, posto fiscal de Senador Guiomard e, na fronteira com o Amazonas, o posto de fiscalização do Pica Pau, num valor estimado em R$ 460 mil.
A iniciativa reflete a preocupação do governo em atender às necessidades das instituições que fortalecem o setor rural do Acre.

Importância da cultura da soja, do cadastro das áreas produtivas e do vazio sanitário para a economia do estado
A cada dia o agronegócio vem batendo novos recordes de produtividade no Acre e, ao mesmo tempo, consolidando uma nova era de prosperidade econômica no campo, evidenciando o crescimento do agronegócio, que tem se destacado em nível nacional, principalmente na produção de milho e soja.
O plantio da soja no Acre é uma dos mais importantes atividades econômicas, mas, para que o produto chegue ao mercado consolidado, o Idaf, como órgão responsável pela defesa vegetal no Acre, é incumbido da adoção de medidas fitossanitárias, estabelecendo procedimentos operacionais para a execução do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), implementando campanhas de divulgação e, principalmente, indo até o produtor para alertá-lo sobre os calendários do vazio sanitário e semeadura do vegetal.

Em 2024 o Idaf lançou o Cadastro de Unidade Produtora de Soja, por meio da Portaria Pres/Idaf nº 388/2024, que trata da obrigatoriedade de os produtores cadastrarem suas lavouras de soja. O cadastro tem como principal objetivo facilitar o monitoramento e o controle das principais doenças e pragas presentes no território acreano.
“Com as declarações prestadas nos cadastros das propriedades, o Idaf pode fazer o planejamento e execução de ações de defesa fitossanitária, contribuindo com o fortalecimento da cadeia produtiva e para a competitividade da soja acreana. O cadastro também é importante na orientação dos produtores, quanto a estratégias e medidas emergenciais de controle de praga, possibilitando ao órgão de defesa atuar com eficácia na sua missão”, ressalta a coordenadora do Programa de Sanidade das Grandes Culturas, Ligiane Amorim.
Avanços da educação sanitária atingem número significativo de produtores rurais e estudantes
Para a coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, o órgão está inovando na forma de realizar as atividades de educação sanitária no estado: “Usamos metodologias ativas, incluindo a população indígena e público jovem, com ações nas escolas de nível fundamental, médio e universidades. No tocante aos produtores rurais, o instituto vem realizando reuniões técnicas com as comunidades e divulgação nas mídias sociais, rádio e TV, para que mesmo os produtores mais distantes no estado tenham acesso às informações”.
A educação sanitária é fundamental para o sucesso das atividades de defesa agropecuária e vegetal, por mobilizar o produtor e a sociedade para a prevenção de doenças e pragas que possam afetar a agropecuária e a saúde humana.

Em 2024, cerca de dez mil pessoas foram beneficiadas diretamente com ações da equipe, que levou atividades educativas, alertas sobre a saúde pública e sobre a prevenção de doenças e pragas, atingindo o público-alvo, que são produtores rurais, técnicos, estudantes do ensino fundamental ao superior, incluindo povos indígenas.

Vigilância e campanhas ativas para o combate da monilíase e mandarová
Buscando promover a defesa agropecuária, florestal e vegetal, o instituto apresenta medidas emergenciais para combater diversas pragas da região, como a do mandarová e a monilíase.
A monilíase é uma doença severa, que ataca frutos de cacau, cupuaçu, cacai cupui e herrania, espécies do gênero Theobroma, causada pelo fungo Moniliophtora roreri.
Em 2021 foi identificado um foco no Acre, e a partir daí o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Idaf vêm adotando uma série de estratégias para conter o avanço da doença no país. A educação sanitária vegetal elaborou e divulgou materiais informativos em veículos e mídias sociais.

“As atividades de controle e erradicação da monilíase são realizadas em todas as regionais do estado, principalmente a vigilância ativa em fiscalização nas fronteiras, onde realizamos 15 a 20 visitas por município, com objetivo de impedir a entrada da doença. Na região do Juruá, onde há foco, fizemos o controle da monilíase para que ela não se espalhe para os demais municípios do Acre. É um trabalho contínuo, que o governo do Estado vem realizando com grandes profissionais do órgão”, explica o coordenador estadual de prevenção, controle e erradicação da doença, Altemar Pereira.
Hoje o órgão é citado em várias conferências no Brasil, pelo levantamento fitossanitário em todo o estado. Para se ter uma ideia, no Juruá, a equipe do Idaf encerra o ano com atividade de 531 monitoramentos em propriedades e realização de inspeção de aproximadamente 4.997 em plantas.
Quanto ao mandarová, o Idaf faz parte do grupo de trabalho da mandiocultura do Fórum Empresarial e desenvolveu vários cursos durante o ano, ensinando técnicos e produtores a identificar, monitorar e controlar a praga, que está cada vez mais presente em todas as regiões do estado.

Comum no Acre, sobretudo no período de chuvas, a mandarová é uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca, passando por cinco fases de desenvolvimento e, quando não é detectada no início, pode destruir todo o roçado.
Assim o órgão mantém o controle, evitando a disseminação para outras regionais do estado.
Importância da inspeção e fiscalização frente à segurança dos produtos de origem animal e vegetal
Com o Acre certificado em 2021 como zona livre de febre aftosa sem vacinação com reconhecimento internacional, chancelado pela Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa), novas portas se abriram, com rendimento de benefícios ao estado.
De acordo com o levantamento, a pecuária representa mais de 40% do Valor Bruto da Produção (VBP) do Acre. As projeções para 2025 são ainda mais promissoras.
Mas, até chegar ao ponto de venda, o produto passa por dezenas de controles sanitários e controle de fiscalização. Para garantia da oferta de um produto de origem animal e vegetal seguro ao consumidor final, principalmente em relação à qualidade higiênica, sanitária e tecnológica, é de extrema importância a prévia inspeção e fiscalização do alimento em todas as etapas de sua cadeia produtiva.

Entre as atividades de defesa sanitária animal e vegetal desenvolvidas pelo governo estadual, por meio do Idaf, há destaque para a fiscalização do trânsito de animais e de produtos vegetais, que foi ampliada na divisa de todo o Acre, com a instalação de postos de fiscalização móvel.
Hoje, são três postos de fiscalização fixos, em regiões estratégicas, com servidores em plantão permanente, para que a fiscalização seja ininterrupta.
Acre avança com primeira adesão do Selo da Colônia e do Sisbi
No ano de 2024, o sistema de inspeção do Estado do Acre alcançou um marco significativo com a implementação do Selo da Colônia, iniciativa que visa fomentar a produção artesanal local, oferecendo, aos pequenos produtores, a oportunidade de formalizar e expandir seus negócios. Paralelamente, a adesão de uma indústria acreana ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) representou um avanço significativo, equiparando a qualidade dos produtos locais aos padrões nacionais, ampliando o alcance e a competitividade dos produtos do estado no mercado brasileiro.
O primeiro certificado, conferido à empresa Mel do Bonal, representa um rompimento das barreiras comerciais, expansão dos mercados e fortalecimento ao pequeno produtor. “Quando o Idaf me procurou e me explicou como funciona o selo, logo surgiu o interesse em adquirir. E hoje, com a empresa se expandindo, entendo o quanto é importante estar legalizado”, explica Gildmar Sobreiro, proprietário da empresa.

A empresa Acreaves também anunciou uma grande conquista para a organização industrial e a economia local: a concessão do Selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), pelo Mapa.
É o primeiro do setor na história do estado a receber o credenciamento, estando autorizado a comercializar seus produtos e apto a atingir mercados como Porto Velho, Manaus e Roraima.
Para aquisição do selo D’ Colônia e Sisbi e comercialização de seus produtos em todo o território nacional, é necessário que empresas estejam cadastradas e adequadas à legislação vigente, sob auditoria do Idaf-AC e auditadas pelo Mapa.
Campanha itinerante de recolhimento de embalagens de agrotóxicos fecha o ano com números significativos
Em apoio à Associação das Revendas Agrícolas do Estado do Acre (Araac), o Idaf concluiu a Campanha de Recolhimento Itinerante de Embalagens Vazias de Agrotóxicos 2024 na regional do Juruá, com ampla adesão dos produtores rurais.
Iniciada em abril, a campanha tem como objetivo conscientizar os produtores rurais sobre a importância da destinação correta das embalagens vazias, respeitando o prazo de devolução de até um ano após a compra do produto. As ações foram realizadas em Brasileia, Xapuri, Acrelândia, Porto Acre, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Ao longo da campanha, foram recolhidas 7.223 embalagens, totalizando quase cinco toneladas de material, o que representa um importante avanço na redução do impacto ambiental e na promoção de boas práticas agrícolas no estado.
“Até uns tempos eu não tinha conhecimento do que fazer com as vasilhas e deixava no quintal. O Idaf me orientou e hoje faço questão de devolver com segurança”, diz Aldenira Ferreira, pecuarista de Xapuri.

Durante todo o ano, o órgão promoveu diversas atividades educativas e informativas, destacando os impactos negativos do descarte incorreto, especialmente ao meio ambiente, com potenciais danos à saúde humana e ambiental.
Segundo o coordenador de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, Marcelo Machado, a ação foi um sucesso, refletindo a conscientização crescente entre os produtores rurais: “A participação ativa dos produtores foi essencial para o sucesso dessa campanha. Mostra que, cada vez mais, o setor agropecuário acreano está consciente de seu papel na preservação ambiental e no uso responsável de agrotóxicos. Essa colaboração fortalece a defesa agropecuária e contribui para uma agricultura mais sustentável”.
Campanhas de controle de doenças para manutenção da qualidade e segurança do produtos de origem animal
O trabalho do Idaf em ações de campanha de defesa agropecuária é fundamental para garantir a saúde do rebanho, a segurança do alimento e o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. Envolve a disseminação de informações e práticas sobre cuidados com a saúde animal, controle de doenças, segurança alimentar e boas práticas de manejo, visando à proteção dos animais e dos produtos derivados deles contra possíveis doenças.
Graças às campanhas de engajamento e prevenção de doenças voltadas para a produção animal brasileira, como a manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação, sanidade equina e vacinação contra brucelose bovina e raiva dos herbívoros, o Idaf vem se destacando em ações de conscientização, trabalhando para ampliar o alcance das campanhas educativas, utilizando estratégias inovadoras e ferramentas de comunicação mais eficazes, garantindo que as mensagens cheguem ao produtor rural de forma clara e acessível.

“Em 2024, alcançamos grandes avanços nas ações de educação sanitária animal, reafirmando nosso compromisso com o fortalecimento do setor agropecuário. Foi um ano marcado pela integração entre equipes técnicas de todo o Brasil. Um exemplo significativo foi o simulado de emergência zoossanitária que ocorreu no Juruá. Essas ações tiveram como foco principal a conscientização sobre práticas sanitárias essenciais, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade dos produtos de origem animal e para a segurança dos alimentos”, ressalta Everton Arruda, coordenador de Educação em Saúde Animal do Idaf.
Em 2025, a educação continuará sendo um pilar estratégico, promovendo a conscientização da população e fortalecendo ainda mais o trabalho conjunto em prol da sanidade animal e da economia do Acre.
Cadeia produtiva da carne bovina: a importância da declaração de rebanho
A declaração de rebanho é uma exigência para todos os produtores rurais que possuem animais, especialmente os de espécies como boi, búfalo, cavalo, burro, mula, jumento, porco, carneiro, ovelha, colmeia de abelhas, peixes, cabra e bode. A obrigatoriedade da declaração se aplica principalmente para o controle de doenças, além de permitir a rastreabilidade do rebanho para fins sanitários e comerciais, sendo essencial para garantir a saúde do rebanho e do mercado pecuário.
De acordo com Renan Viana, médico veterinário do Idaf, a declaração anual permite que os produtores tenham uma visão atualizada do tamanho do rebanho em diferentes momentos, facilitando o seu planejamento. “Todo setor produtivo nasce por meio da declaração e é um indicador muito importante para o serviço veterinário oficial do Estado, em relação ao acompanhamento das questões relativas à sanidade animal”, explica.

O Idaf tem a missão de instruir o produtor quanto à importância de declarar o seu rebanho, mas, caso isso não aconteça, o órgão identifica os produtores inadimplentes, realizando uma busca ativa, notifica, principalmente porque se trata de controle sanitário, entendendo que por meio dessas medidas é possível evitar doenças como febre aftosa, brucelose e raiva, entre outras.
Com as iniciativas de divulgação, só em 2024 cerca de 4.978.155 bovinos com uma taxa de 66,67% das propriedades já tinham realizado a declaração de rebanho no estado.
Primeiro simulado zoossanitário da Região Norte sobre febre aftosa é destaque em nível nacional
O maior simulado zoossanitário da Região Norte, organizado pelo governo do Estado, por meio Idaf, foi realizado em setembro na região do Juruá. A ação está no planejamento hemisférico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa, que abrange os 35 países do continente americano, dos quais 29 estão livres de febre aftosa sem vacinação.
A preparação do simulado contou com estrutura própria do Idaf e, para essa ação, o órgão disponibilizou 27 caminhonetes, quatro carros Renegade, três vans, um caminhão, cinco barcos chatinha, uma lancha e 14 quadriciclos, a fim de capacitar membros do serviço animal para a organização da cadeia de comando e cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em caso de uma situação real de surgimento de um foco da doença, como barreiras sanitárias, desinfecção de veículos e instalações, simulação de abate de animais e outras ações nas propriedades rurais.

Para o presidente do Idaf, José Francisco Thum, o evento colocou o Acre em um novo patamar de credibilidade, apresentando um órgão reestruturado, chamamento de concursados e capacitação dos servidores do quadro, possibilitando aos profissionais agirem de forma mais eficaz. “Além dos médicos veterinários do Idaf, tivemos também representantes da maioria dos estados do Brasil, que se aperfeiçoaram e ampliaram seus conhecimentos, fortalecendo a defesa sanitária animal do Acre e do Brasil”, ressaltou.
Durante sete dias, 124 médicos veterinários dos serviços oficiais (órgãos estaduais e Mapa), quatro médicos veterinários internacionais (dois da Bolívia e dois do Peru) e 12 instrutores do Mapa participaram de atividades teóricas, com os procedimentos previstos nos planos de contingência em caso de suspeita da doença escolhida para o exercício. E na parte prática, com execução das ações como se a ameaça fosse real, com abrangência em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

Segundo o assessor da área de febre aftosa do Panaftosa, Diego Viali, o Acre superou todas as expectativas no âmbito de organização e estrutura: “Parabenizo o governo do Estado do Acre e o Idaf pelo evento, em que receberam pessoas do Ministério da Agricultura e dos institutos de defesa agropecuária do Brasil, promovendo exercícios que colocaram em prática, de forma conjunta, o plano de contingência dos países, facilitando a produtividade saudável do setor bovino no mundo”.
As atividades desenvolvidas pelo Idaf durante este ano enaltecem a confiança do produtor na qualidade técnica, mostrando um órgão comprometido com a segurança na produção animal e vegetal, impulsionado pelo suporte do governo estadual e pela colaboração de uma equipe dedicada e em constante aprimoramento.
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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre

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24 de junho de 2025
O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac e o programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, realizaram a abertura oficial do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações. O evento começou nesta terça-feira, 24, e termina nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.
Para a reitora Guida Aquino, o simpósio é estratégico para fortalecer a rede acadêmica voltada à segurança das fronteiras. Ela ressaltou ainda a importância da criação da Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras) e a necessidade de políticas específicas, como o adicional de fronteira, para a fixação de pesquisadores. “Essa é uma das pautas que estamos abraçando fortemente. Precisamos desburocratizar relações para garantir maior interação dos nossos pesquisadores com os países vizinhos, especialmente Bolívia e Peru.”
A coordenadora do MGeo, Maria de Jesus Morais, enfatizou a relevância acadêmica e científica do evento. “Estamos inseridos em um projeto que envolve toda a faixa de fronteira brasileira, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Para nós, do Acre, essa discussão é essencial, considerando nossa localização estratégica como corredor de imigração internacional.” Ela informou que mais de 300 pessoas estão inscritas, entre participação presencial e transmissão online, com debates que abrangem desde mudanças climáticas até segurança e migrações.
O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Washington Triani, reforçou a necessidade da integração entre instituições e governos locais para enfrentar desafios nas fronteiras. “Não se resolve questões de fronteira apenas com um ou dois entes. Precisamos ouvir as pessoas diretamente envolvidas nas regiões de fronteira e trabalhar integradamente. A educação leva conhecimento e prosperidade e é fundamental nesse processo.”
Também participaram da solenidade a vice-governadora do Acre, Mailza Assis; o procurador-geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro; o delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Lauro da Veiga Santos; além dos professores Gustavo da Frota Simões e Tássio Franchi, do PPGCM.
Projeto de pesquisa
O evento ocorre no âmbito do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”, cujo coordenador-geral é o professor Gustavo da Frota Simões, do PPGCM.
O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.
O objetivo principal do projeto é analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.
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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

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18 de junho de 2025
A Ufac e o Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizaram o lançamento do curso de educação a distância (EaD) Cuidado Integral à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Atenção Primária à Saúde, que é gratuito, online e autoinstrucional, com carga horária de 60 horas. O evento ocorreu nessa terça-feira, 18, no anfiteatro Garibaldi Brasil.
A programação contou com apresentação cultural, palestra e mesa-redonda com o tema “O Que o Mundo Não Vê”, reunindo profissionais da saúde, estudantes, educadores e familiares. O objetivo foi ampliar o debate sobre o acolhimento e o cuidado humanizado a pessoas com TEA.
“A proposta é capacitar, de forma acessível, com uma linguagem simples, quem está na ponta do atendimento. Quando conseguimos reconhecer os sinais do TEA cedo, garantimos um caminho mais ágil para o diagnóstico e as intervenções terapêuticas”, destacou a coordenadora do Núcleo de EaD do Telessaúde do Acre, Patrícia Satrapa.
(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)
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Vigilância Sanitária de Rio Branco realiza inspeção no RU da Ufac — Universidade Federal do Acre

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16 de junho de 2025
O Departamento de Vigilância Sanitária do município de Rio Branco realizou, no sábado, 14, inspeção no Restaurante Universitário (RU) da Ufac, campus-sede. Durante a vistoria, a equipe técnica verificou que o ambiente segue as boas práticas de manipulação de alimentos e os procedimentos adequados de higiene e proteção dos manipuladores.
Segundo o relatório da inspeção, assinado pelo fiscal da Vigilância Sanitária, Félix Araújo da Silva, e pelo responsável técnico do restaurante, Rafael Lima de Oliveira, “não foram observadas no momento da visita inconformidades quaisquer”.
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