POLÍTICA
Isenção do IR até R$ 5 mil sai do Planalto 111 dia…

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4 meses atrásem

Gustavo Maia
Quase quatro meses — ou exatos 111 dias — depois de ser anunciado num pronunciamento em rede nacional pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto de lei que prevê a isenção de Imposto de Renda para pessoas que recebem até 5.000 reais por mês finalmente sairá do Palácio do Planalto rumo ao Congresso nesta terça-feira.
O PL será assinado pelo presidente Lula em uma cerimônia marcada para as 11h30, no Salão Leste do Planalto, na presença dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Nesta segunda, Haddad disse que Lula se reuniria com os chefes das duas Casas do Congresso para discutir a proposta, antes do evento.
O ministro da Fazenda anunciou que o impacto da medida, apresentada por ele como parte do pacote de ajuste fiscal no dia 27 de novembro do ano passado, foi recalculado para 27 bilhões de reais — 8 bilhões a menos do que o previsto na ocasião.
A proposta prevê que esse valor que deixará de ser arrecadado com a reforma do IR será compensado com a criação de um imposto mínimo de até 10% sobre os mais ricos.
Quando as medidas fiscais foram apresentadas, a inclusão da isenção entre elas provocou forte reação no mercado financeiro e foi logo rechaçada pelo Congresso, apesar de ter sido uma promessa de Lula na campanha de 2022. Presidentes das duas Casas na ocasião, o deputado federal Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco avaliaram que a medida não poderia ser discutida naquele momento e dependeria de “condições fiscais”.
O próprio Haddad era contrário ao anúncio da proposta no meio do pacote de corte de gastos, como queria Lula, mas acabou sendo voto vencido dentro do governo e teve que ser o porta-voz da novidade, a contragosto.
“Anunciamos, hoje, também a maior reforma da renda de nossa história. Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até 5.000 reais por mês, não pagará mais Imposto de Renda. É o Brasil justo, com menos imposto e mais dinheiro no bolso para investir no seu pequeno negócio, impulsionar o comércio no seu bairro e ajudar a sua cidade a crescer. A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a 50.000 reais por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, afirmou o ministro no pronunciamento em cadeia de rádio e televisão.
O envio do projeto ao Legislativo ficou para depois, enquanto os outros projetos, entre eles uma Proposta de Emenda à Constituição, foram aprovados às pressas pelos parlamentares da Câmara e do Senado no fim do ano.
“Logo, logo”
Questionado sobre a proposta em entrevista coletiva no dia 30 de janeiro deste ano, Lula respondeu que o governo estava preparando o texto para mandá-lo ao Congresso, o que ocorreria “logo, logo”.
“Tem apenas um ajuste, sabe? Que toda vez que a gente for tirar uma coisa você tem que fazer a compensação. Está sendo feito um ajuste, ainda ontem eu conversei com o Haddad, e, logo, logo, a gente vai dar entrada no projeto de desconto de 5.000 reais no Imposto de Renda”, declarou o presidente a jornalistas.
O “logo, logo” acabou quase 50 dias, que incluíram a troca de comando na articulação política do Planalto — Gleisi Hoffmann assumiu a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha, elegendo o encaminhamento do projeto como prioridade inicial.
Após a cerimônia desta terça-feira, haverá uma entrevista coletiva sobre o projeto no Planalto, a participação de Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda; Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal; Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária; Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas; Cláudia Pimentel, subsecretária de Tributação e Contencioso da Receita Federal.
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POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
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POLÍTICA
Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
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POLÍTICA
Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
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