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Israel ataca forças de manutenção da paz da ONU no Líbano: por que é tão importante | Israel ataca o Líbano Notícias

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8 meses atrásem
Os militares israelitas dispararam contra a força de paz das Nações Unidas no Líbano duas vezes em menos de 48 horas, afirma a ONU.
Forças israelenses disparado repetidamente em uma torre de guarda no quartel-general da Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) na quinta-feira, ferindo dois membros da força, e de novo despedido em uma torre de vigia, ferindo mais dois soldados da paz, na sexta-feira.
É quase inédito que um estado membro da ONU mire numa força de manutenção da paz da ONU, então quão significativos são estes incidentes no desenrolar da guerra no Líbano?
O que aconteceu?
Na quinta-feira de manhã, as forças israelitas usaram um tanque Merkava para disparar contra uma torre de observação pertencente à UNIFIL em Naqoura, uma pequena cidade fronteiriça no sul do Líbano, onde a UNIFIL está sediada desde 1978.
Dois soldados da paz indonésios foram atingidos directamente, provocando a sua queda.
“Felizmente, desta vez os ferimentos não são graves, mas eles permanecem no hospital”, dizia um comunicado da ONU divulgado na quinta-feira.
O comunicado acrescenta que na quarta-feira, os soldados israelitas “dispararam e desativaram deliberadamente” as câmaras de monitorização na sede da UNIFIL.
Na sexta-feira, a UNIFIL divulgou um segundo comunicado dizendo que mais dois soldados da paz ficaram feridos quando ocorreram duas explosões perto de uma torre de observação. Um deles foi levado para tratamento em um hospital na cidade libanesa de Tiro, enquanto o outro estava sendo tratado em Naqoura.
Os ataques de Israel foram condenado por membros da comunidade internacional, incluindo Indonésia, Itália, França, Espanha, Irlanda, Turquia, União Europeia e Canadá.
O que é a UNIFIL?
A UNIFIL é uma força de manutenção da paz no Líbano originalmente criada pelo Conselho de Segurança da ONU em março de 1978, depois que Israel invadiu o Líbano pela primeira vez no que ficou conhecido como Conflito do Sul do Líbano.
Em 1978, Israel implantou suas tropas ao longo da fronteira com o Líbano depois que membros da Organização para a Libertação da Palestina entraram em Israel vindos do Líbano por mar.
A UNIFIL foi criada para supervisionar a retirada israelita do Líbano e para restaurar a paz e a segurança na área.
Depois de uma guerra de 34 dias no Líbano entre o Hezbollah e Israel em 2006, na qual 1.100 libaneses foram mortos, o mandato da UNIFIL foi ampliado para monitorar a cessação das hostilidades e apoiar as forças armadas libanesas destacadas em todo o sul do Líbano.
Em 2 de setembro, 10.058 soldados da UNIFIL estavam destacados no Líbano. Eles vêm de 50 países.
O maior número de forças de manutenção da paz da UNIFIL – 1.231 – vem da Indonésia. Itália, Índia, Nepal e China também contribuem com um grande número de soldados para a força de manutenção da paz.
Quão comum é que as forças de manutenção da paz da ONU sejam feridas?
De 1948 até ao final de Agosto de 2024, 4.398 soldados da paz da ONU em missões em todo o mundo foram mortos.
Destas vítimas mortais, 1.629 foram por doença, 1.406 foram causadas por acidentes, 1.130 por atos maliciosos e 233 por “outros motivos”, segundo dados da ONU.
A UNIFIL é a mais perigosa das missões de manutenção da paz, tendo sofrido o maior número de baixas. Nos seus 46 anos, 337 soldados da paz foram mortos. É seguida pela Missão de Estabilização Multidimensional Integrada da ONU no Mali, que sofreu 311 mortes.
O maior número de vítimas mortais de forças de manutenção da paz num ano ocorreu em 1993, quando 252 soldados da paz morreram durante missões na Somália, Bósnia e Herzegovina, Camboja e outros locais.
Em 2010, o segundo maior número de mortes ocorreu quando 173 soldados da paz foram mortos. Incluíam três forças de manutenção da paz da Missão União Africana-ONU em Darfur durante confrontos com agressores desconhecidos.
No mesmo ano, 43 membros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) morreram em 12 de janeiro num terremoto no Haiti. Outros dez funcionários da MINUSTAH morreram em 2010 em “atos de violência”, informou o site da ONU.
Em 2017, a ONU afirmou que um ataque às forças de manutenção da paz na República Democrática do Congo era suspeito de ter sido perpetrado pelo Forças Democráticas Aliadas grupo armado. Esse ataque matou 14 soldados da paz da Tanzânia e feriu 44.
Qual é a posição legal sobre como atacar as forças de manutenção da paz da ONU?
O ataque deliberado às missões da ONU constitui um crime de guerra, disseram os observadores.
“De acordo com as leis da guerra, o pessoal da ONU envolvido em operações de manutenção da paz, incluindo membros armados, são civis, e os ataques deliberados contra eles e contra instalações de manutenção da paz são ilegais e constituem crimes de guerra”, explicou um relatório da Human Rights Watch (HRW).
HRW citado Artigo 8.º, n.º 2, alínea b), subalínea iii) do Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional em Haia. Lista os ataques intencionais a missões humanitárias e de manutenção da paz como crimes de guerra.
A declaração da ONU que relatou o ataque de quinta-feira disse que o ataque deliberado não foi apenas uma violação do direito internacional, mas também uma violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Após o ataque de Israel na sexta-feira à sede da UNIFIL, a ONU disse: “Este é um desenvolvimento sério. , e a UNIFIL reitera que a segurança do pessoal e dos bens da ONU deve ser garantida e que a inviolabilidade das instalações da ONU deve ser sempre respeitada.
“Qualquer ataque deliberado às forças de manutenção da paz é uma violação grave do direito humanitário internacional e da resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança.”

Israel já atacou forças de manutenção da paz da ONU antes?
O analista militar Elijah Magnier disse à Al Jazeera que o recente incidente não foi a primeira vez que a UNIFIL foi atacada por Israel.
Em 1987, um esquadrão de tanques israelense abriu fogo contra uma vila onde estava localizado um posto de comando da UNIFIL, matando um soldado da paz irlandês.
Em 1996, Israel bombardeou o batalhão fijiano da UNIFIL em Qana, no sul do Líbano. Mais de 120 civis libaneses foram mortos e cerca de 500 feridos. Quatro soldados da ONU também ficaram feridos.
No final de novembro de 2023, as forças israelenses despedido numa patrulha da UNIFIL perto de Aitaroun, no sul do Líbano, mas nenhum soldado da paz ficou ferido.
Magnier disse que os ataques recentes aconteceram “porque Israel precisa passar pela posição da UNIFIL em Naqoura e iniciar a invasão do Líbano. Este eixo é vital para o exército israelita”, acrescentando que um “enorme” número de soldados israelitas está pronto para entrar no Líbano.
As tropas da UNIFIL podem ser claramente identificadas porque usam capacetes azuis e as suas posições são bem conhecidas dos militares israelitas.
Quão raro é um membro da ONU atacar forças de manutenção da paz?
É muito raro que os membros da ONU ataquem as forças de manutenção da paz.
A maioria dos ferimentos e mortes de forças de manutenção da paz deveu-se a fogo cruzado envolvendo grupos armados ou grupos rebeldes, de acordo com declarações da ONU divulgadas após tais incidentes.
Em 1994, 10 soldados belgas na Missão de Assistência da ONU ao Ruanda foram mortos por soldados do Ruanda, membro da ONU, informou a HRW.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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