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Israel ordena mais evacuações no Líbano e ameaça médicos que tratam de membros do Hezbollah | Líbano

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Israel ordenou mais evacuações no sul do Líbano e ameaçou atacar ambulâncias, já que um terceiro soldado da paz da ONU foi ferido na escalada do conflito de Israel com o grupo libanês apoiado pelo Irão. Hezbolá.

Os militares de Israel ordenaram no sábado que os residentes de 23 aldeias do sul do Líbano evacuassem para áreas ao norte do rio Awali, que flui do vale ocidental de Bekaa para o Mediterrâneo.

A ordem, comunicada através de uma declaração militar, mencionava aldeias no sul Líbano que têm sido alvos recentes de ataques israelitas, muitos dos quais já estão quase vazios.

Os militares israelitas também afirmaram no sábado, sem fornecer qualquer prova, que militantes do Hezbollah estavam a usar ambulâncias para se transportarem e a transportarem armas e apelaram às equipas médicas para “evitarem lidar com agentes do Hezbollah e não cooperarem com eles”.

Numa publicação no X, o porta-voz árabe das FDI ameaçou que teria como alvo “qualquer veículo que transportasse homens armados, independentemente do seu tipo”.

Trabalhadores da defesa civil libanesa removem destroços no local de um ataque aéreo israelense na vila de Maaysra, no Monte Líbano, no sábado. Fotografia: Joseph Eid/AFP/Getty Images

O ministério da saúde libanês disse no X no sábado que cinco hospitais sofreram danos devido aos ataques aéreos israelenses na cidade oriental de Baalbek e no vale de Bekaa. Os militares israelitas não fizeram comentários imediatos e não foi possível verificar de forma independente os ataques aos hospitais.

O Guardião tem relatado anteriormente que pelo menos 50 paramédicos foram mortos desde que Israel lançou os seus mais recentes ataques ao Líbano. Todos pertenciam a serviços de saúde afiliados ao Hezbollah ou ao Amal, outro partido político xiita – afiliações que, segundo os especialistas em direitos, não afectam o seu estatuto protegido pelo direito internacional.

A instituição de caridade médica Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi forçada na semana passada a fechar a sua clínica num subúrbio ao sul de Beirute e a interromper temporariamente as suas atividades numa outra no norte, devido a pesados ​​ataques aéreos, disse o grupo num comunicado na quinta-feira.

Um relatório da ONU na semana passada acusou Israel de seguir uma política concertada de destruição do sistema de saúde de Gaza na guerra na faixa, incluindo “ataques implacáveis ​​e deliberados ao pessoal e instalações médicas”, dizendo que isto constituía crimes de guerra e o extermínio como um crime contra a humanidade.

Israel, que acusa a ONU de preconceito institucional contra ela e afirma que o Hamas se esconde em instalações de saúde, rejeitou as conclusões.

Pelo menos 15 pessoas foram mortas e 37 feridas em ataques israelenses em três áreas diferentes do Líbano, disse o ministério da saúde libanês no sábado. Um dos locais visados ​​foi a cidade de Deir Billa, no norte do Líbano, que não tinha sido atingida antes.

Nove pessoas morreram e 15 ficaram feridas na aldeia de Maaysra, uma área montanhosa predominantemente cristã ao norte de Beirute, enquanto quatro morreram e 18 ficaram feridas em Barja, no distrito de Shouf, ao sul da capital, disse o ministério.

Em Deir Billa, o ministério relatou dois mortos, quatro feridos e “partes de corpos” num ataque israelita a Deir Billa. Testes de DNA estavam sendo realizados para determinar a identidade dos restos mortais, acrescentou o comunicado.

A Agência Nacional de Notícias (NNA) oficial afirmou que um “ataque israelita” teve como alvo uma casa em Deir Billa onde famílias do sul do Líbano se tinham refugiado.

Enquanto isso, os militares israelenses disseram que o Hezbollah disparou quase 320 projéteis do Líbano contra Israel no sábado, sem dar mais detalhes. Declarou áreas ao redor de algumas cidades no norte de Israel fechadas ao público.

Outro membro da Unifil, a missão de paz da ONU no Líbano, foi atingido por tiros na sexta-feira, disse a organização no sábado, acrescentando que o homem estava estável depois de ter sido submetido a uma cirurgia para remover a bala.

A declaração também disse que a posição da Unifil na cidade de Ramyah, no sul do Líbano, sofreu danos significativos devido a explosões após bombardeios nas proximidades, mas não especificou quem foi responsável por qualquer ataque.

Um total de quatro soldados da paz da ONU ficaram feridos na quinta e sexta-feira, quando os militares israelitas disparou contra a sede da missão de paz da ONU no sul do Líbano, atraindo condenações do organismo global e de vários países. A Unifil acusou Israel de visar deliberadamente as suas posições.

Um grupo de 40 países participantes na missão Unifil emitiu uma declaração conjunta no sábado condenando os recentes ataques à base das forças de manutenção da paz e apelando a todas as partes para garantirem a sua segurança.

“Tais ações devem parar imediatamente e devem ser adequadamente investigadas”, afirma a declaração conjunta, publicada no X pela missão polaca da ONU e assinada por nações, incluindo os principais contribuintes, Indonésia, Itália e Índia.

O secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, em uma ligação com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, no sábado, expressou “profunda preocupação” com relatos de que as forças israelenses haviam disparado contra posições de manutenção da paz da ONU no Líbano nos últimos dias e instou Israel a garantir a segurança deles e dos libaneses. militar, disse o Pentágono.

Austin também “reforçou a necessidade de passar das operações militares no Líbano para uma via diplomática o mais rápido possível”, de acordo com a declaração do Pentágono.

O Hezbollah disse ter atacado os arredores de Tel Aviv com um enxame de drones na sexta-feira, sem dar mais detalhes. Israel disse que não houve relatos de vítimas quando seus militares detectaram e interceptaram dois drones vindos do Líbano.

Os militares israelenses alegaram ter atingido cerca de 200 alvos no Líbano com artilharia e ataques aéreos e matado cerca de 50 combatentes do Hezbollah e desmantelado dezenas de locais de armazenamento de armas.

O conflito entre Israel e os militantes do Hezbollah eclodiu há um ano, quando o grupo apoiado pelo Irão começou a lançar foguetes contra o norte de Israel em apoio ao Hamas, no início da guerra em Gaza.

Intensificou-se nas últimas semanas, com Israel a bombardear o sul do Líbano, os subúrbios a sul de Beirute e o vale de Bekaa, matando muitos dos principais líderes do Hezbollah e enviando tropas terrestres através da fronteira.

O Hezbollah, por sua vez, disparou foguetes mais profundamente em Israel.

A campanha israelita forçou aproximadamente 1,2 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas desde 23 de Setembro, segundo o governo libanês.

Israel diz que a sua ofensiva no Líbano visa garantir o regresso a casa de dezenas de milhares de pessoas que evacuaram o norte de Israel devido ao lançamento de foguetes do Hezbollah.

Na sexta-feira, o número de mortos atingiu 2.255 desde o início das hostilidades, informou o Ministério da Saúde libanês no sábado.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse no sábado que mais libaneses foram deslocados do que durante a última grande guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, quando aproximadamente 1 milhão fugiram de suas casas.

Reuters e Agence France-Presse contribuíram para este relatório



Leia Mais: The Guardian

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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