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Lula encoraja Elmar e ganha tempo em sucessão de Lira – 11/10/2024 – Poder

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Catia Seabra, Victoria Azevedo, Julia Chaib

O presidente Lula (PT) estimulou que o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), mantenha sua candidatura na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.

Em uma reunião em setembro, em mais um gesto ao governo, o líder do União Brasil disse a Lula que se o PT optasse por apoiar Hugo Motta (Republicanos), ele não iria criar embaraços à base governista e poderia desistir. Mas, ainda segundo relatos, o presidente o encorajou a continuar no páreo.

A eleição da Mesa Diretora da Câmara só ocorre em fevereiro de 2025, mas as negociações mobilizam Brasília. Lira procura fazer seu sucessor e anunciou a lideranças da Câmara seu apoio a Hugo Motta, em detrimento da relação de amizade com Elmar e da expectativa na Casa sobre o apoio a ele.

Como a Folha mostrou, Lira já pediu a Lula um gesto de apoio a Hugo Motta ou que haja atuação para favorecer Motta na disputa. Mas isso não ocorreu ainda.

Dirigentes de partidos do centrão avaliam que a estratégia de Lula seria manter a disputa embolada e, assim, ampliar a sua influência no pleito. Para lideranças de três legendas, Lula ainda não está convencido a trabalhar pela candidatura de Motta, mas isso não significa objeção ao nome do parlamentar.

Em conversas reservadas, aliados de Lula ainda lembram da amizade de Motta com o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos), condutor do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). O que pesa contra o nome dele.

Por outro lado, Lula não deverá fazer um perigoso cavalo de pau só porque Elmar agora faz um L, nas palavras de um interlocutor do presidente.

Há ainda a avaliação entre alguns representantes do governo que, enquanto os parlamentares mergulham em disputas no Congresso, o Palácio do Planalto tem mais espaço para articulação de projetos de seu interesse.

Um ministro, no entanto, minimiza essa tática e diz que, pela governabilidade, o Executivo quer evitar rusgas entre partidos que integram a sua base. Representantes do PT também acham difícil que o partido e o governo façam qualquer movimento brusco, já que estão desde o começo negociando com o presidente da Câmara.

Caso Lula decida atuar em favor de um candidato, só o fará em dezembro, segundo aliados.

O presidente da Câmara tem pressa para consolidar a candidatura do aliado. O pedido por um gesto a Motta serviria para inibir candidaturas que têm acenado ao governo. Aliados do próprio Lira admitem, no entanto, que, conforme o tempo passa, o poder dele sobre os deputados diminui.

Também há receio entre pessoas próximas a Lira quanto ao desgaste da sua relação com os deputados. Parlamentares se queixam da falta de previsibilidade no dia a dia da Casa, com a pauta do plenário divulgada em cima da hora e convocação de sessões que depois são canceladas.

Como exemplo, citam que o colégio de líderes (reunião semanal dos líderes partidários para tratar da pauta do plenário) não se reúne desde a última semana de agosto.

Elmar, por sua vez, tem acenado ao governo e ao PT nas últimas semanas numa tentativa de atrair o apoio deles para um bloco que pretende formar ao lado do PSD e outros partidos para fazer frente à candidatura de Motta.

Ele fechou aliança com o líder do PSD, Antonio Brito, que também é candidato, após reviravolta na eleição, com a desistência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), em prol do líder de seu partido.

Lira afirmou a aliados que apoiará Motta, num revés para Elmar, que era considerado seu escolhido —os dois mantinham relação estreita de amizade. Com isso, o deputado do União Brasil disse a interlocutores que rompeu com o amigo e que isso não tem volta.

Ele tem afirmado que, agora em diante, cada um seguirá o seu caminho. Os dois não se falam há cerca de 30 dias.

O líder da União Brasil tem relatado que se sentiu traído pelo aliado e que enxerga atuação direta de Lira no movimento que alçou Motta à disputa. O presidente da Câmara, por sua vez, se queixou a aliados sobre a pecha de traidor que passou a lhe ser atribuída por alguns parlamentares.

De acordo com relatos, Elmar teria pedido que o presidente da Câmara não se envolvesse e atuasse como mediador. Em resposta, o alagoano teria dito que não queria “ficar sentado no assento do passageiro”, deixando claro que pretende conduzir o processo sucessório na Câmara.

Apesar de a costura que levou Motta a ser candidato ter contado com participação de representantes do Executivo e do PT, uma ala do partido apresenta resistências ao nome dele por causa da proximidade com Cunha e Ciro.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ressaltou a relação do parlamentar com esses políticos numa entrevista no último dia 30. “[Motta] é uma cria. Uma cria do Ciro Nogueira, há quem diga que é uma cria do Eduardo Cunha e também é uma cria do Arthur Lira”, disse o senador.

Pessoas próximas a Motta minimizam as declarações e dizem que ele já tratou desse tema com o próprio Lula um dia após entrar na disputa. Na conversa com o presidente, disse que não nega suas relações, mas justificou a proximidade com Cunha dizendo que ele era líder do MDB (seu partido à época). Ele também afirmou que chegou a alertar o ex-deputado de que ele estava errado ao dar prosseguimento ao processo de impeachment.

Além disso, ressaltam que o líder do PT, Odair Cunha (MG), participou de almoço ao lado de Lira, Motta e lideranças de seis outros partidos numa sinalização de apoio ao nome do deputado.

Após o encontro, Odair divulgou nota afirmando que submeteria o nome de Motta à bancada do partido. De acordo com uma pessoa próxima de Lula, ele se queixou do movimento e pediu a correligionários que não declarassem apoio a nenhum candidato neste momento.



Leia Mais: Folha

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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