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Moldávia apoia adesão à UE em referendo com interferência da Rússia

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8 meses atrásem
Os moldavos votaram por uma margem estreita a favor da adesão à União Europeia, resultados quase completos mostraram nesta segunda-feira (21), enquanto a presidente Maia Sandu condenou um “ataque sem precedentes” de atores estrangeiros à democracia do país.
Com mais de 99% dos votos contados, 50,4% votaram “sim” sobre se deveria consagrar na constituição do país um caminho para a UE, de acordo com a Comissão Eleitoral Central.
Sandu, que enquadrou a votação como uma escolha para o antigo país soviético entre perseguir seu futuro europeu nascente ou permanecer alojado na órbita do Kremlin, disse que os resultados significaram que a Moldávia venceu sua primeira batalha difícil em seu esforço para aderir à UE.
Mas a margem de vitória — muito menor do que as pesquisas previam — será um golpe para Sandu, que esperava um endosso claro do caminho pró-UE que ela traçou durante seu primeiro mandato presidencial.
Apesar de ganhar mais votos no primeiro turno do que em 2020, Sandu também não conseguiu garantir votos suficientes para vencer a eleição presidencial do país, realizada no mesmo dia. Um segundo turno será realizado em 3 de novembro.
Em uma declaração atipicamente contundente emitida na noite de domingo, Sandu acusou grupos estrangeiros de tentar minar o processo democrático da Moldávia e “usar os meios mais vergonhosos para manter nossa nação presa na incerteza e instabilidade”.
Sandu disse que as autoridades moldavas tinham “evidências claras de que esses grupos criminosos pretendiam comprar 300.000 votos – uma fraude de escala sem precedentes”.
A CNN relatou na semana passada os esforços de uma rede ligada ao Kremlin, liderada pelo oligarca moldavo exilado Ilan Shor, para comprar votos na Moldávia, com o objetivo de influenciar os resultados do referendo da UE.
Em um vídeo postado em sua conta do Telegram no mês passado, Shor disse que pagaria aos eleitores o equivalente a US$ 28 para se registrarem em sua campanha e mais se votassem contra o referendo.
Os resultados parciais também colocaram Sandu em primeiro lugar na corrida presidencial com 42,3% dos votos, à frente de seu concorrente mais próximo Alexandr Stoianoglo — um ex-procurador-geral concorrendo pelo Partido Socialista pró-Rússia — com 26,1%. Antes da votação de domingo, ele estava com pouco mais de 10%.
Os dois agora se enfrentarão no segundo turno. Se outros partidos e eleitores pró-Rússia apoiarem Stoianoglo, o segundo turno de 3 de novembro pode ser extremamente acirrado.
Uma noite “difícil”
Falando com a CNN após o que ele descreveu como uma “noite difícil”, Nicu Popescu — que foi Ministro de Relações Exteriores e Integração Europeia de Sandu até o início deste ano — disse que os aliados de Shor em Moscou ficarão satisfeitos com seus esforços para desestabilizar o processo eleitoral da Moldávia.
“Eles acham que o esquema funcionou”, disse Popescu.
Durante grande parte da noite de domingo, parecia que o voto “não” prevaleceria. Mas, à medida que os votos da grande diáspora da Moldávia, majoritariamente pró-europeia, começaram a chegar do exterior, o voto “sim” assumiu a liderança nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (21).
“Todos do lado pró-europeu são muito gratos à diáspora, porque eles salvaram a democracia no país”, disse Vadim Pistrinciuc, diretor do Instituto de Iniciativas Estratégicas, um think-tank na Moldávia, à CNN.
Ele disse que ficou surpreso com a “eficiência” do esquema de compra de votos vinculado ao Kremlin, que ele disse que “deveria ser um alerta” para as autoridades da Moldávia.
Quando os resultados finais forem divulgados, Sandu disse: “Responderemos com decisões firmes”.
Na semana passada, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse: “A Rússia está trabalhando ativamente para minar a eleição da Moldávia e sua integração europeia” e dedicou “milhões de dólares” à sua campanha.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que antes das votações de domingo havia rejeitado as acusações de que Moscou está interferindo no processo político da Moldávia, disse que os resultados “levantam muitas questões”, já que a recuperação noturna do voto “sim” é “mecanicamente difícil de explicar”.
Seguindo em frente
Apesar da estreita margem de vitória, a votação de segunda-feira parece destinada a manter a Moldávia em seu caminho para uma eventual adesão à UE.
Encurralada entre a Romênia e a Ucrânia, a Moldávia oscilou entre fases pró-Ocidente e pró-Rússia desde que emergiu como um país independente das ruínas da União Soviética.
Seu caminho acelerado em direção à Europa foi estimulado pela invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, que destruiu a imagem de muitos moldavos da Rússia como um irmão mais velho benigno e criou uma determinação em Bruxelas para impedir que Moscou fizesse mais incursões políticas em estados anteriormente comunistas.
Desde o início da invasão da Rússia, a Moldávia se livrou de sua dependência do gás russo e se aproximou mais da Europa do que em qualquer outro momento de sua história pós-soviética. Estimulada pelo progresso de Sandu no combate à corrupção no país, a Moldávia recebeu o status de candidata à UE em junho de 2022.
Mas Moscou ainda projeta uma longa sombra no país, mais visivelmente na Transnístria, uma fatia de território que se separou ilegalmente da Moldávia durante uma breve guerra na década de 1990. A Rússia ainda tem cerca de 1.500 tropas estacionadas na Transnístria, que abriga mais de 220.000 cidadãos russos.
A região até pediu “proteção” a Moscou em fevereiro deste ano, diante do que descreveu como “pressão crescente da Moldávia”. O governo em Chisinau rejeitou a medida como “propaganda”.
Na verdade, a Moldávia ajudou a sustentar a economia da Transnístria, mantendo o gás fluindo para lá desde que Moscou cortou o fornecimento pela Ucrânia.
Ainda assim, a Transnístria se mostrará um obstáculo em potenciais negociações de adesão à UE, disse Maksim Samorukov, um membro do Carnegie Russia Eurasia Center.
“Não acho que a Moldávia possa realisticamente se juntar à UE sem resolver a disputa da Transnístria primeiro”, disse ele à CNN.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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