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Moldávia vota nas eleições presidenciais, referendo da UE – DW – 20/10/2024

Os moldavos votaram no domingo numa eleição presidencial e um referendo sobre a adesão à União Europeia.

O atual presidente Maia Sandu é buscando um segundo mandatomas é improvável que ela obtenha a maioria de 50% necessária para evitar um segundo turno.

Além de escolher um presidente, os eleitores também participarão num referendo sobre se o objectivo de aderir à UE de 27 membros deve ser consagrado na Constituição.

Moldáviaum país predominantemente agrícola com cerca de 2,5 milhões de habitantes, procurou cortar relações com Moscovo e aproximar-se da UE desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

A antiga república soviética iniciou negociações de adesão à UE em junho.

O atual presidente Maia Sandu afirma que a adesão à UE ajudará a melhorar a qualidade de vida numa das nações mais pobres da EuropaImagem: Michele Tantussi/AFP/Getty Images

Quem mais está disputando a presidência?

O presidente pró-Ocidente, Sandu, competirá contra outros 10 candidatos presidenciais – incluindo alguns que defendem laços mais estreitos com a Rússia.

Embora a mulher de 52 anos seja a clara favorita à vitória, pesquisas recentes sugerem que ela tem apenas cerca de 36% de apoio.

Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador de 57 anos apoiado pelos socialistas pró-Rússia, tem 9%.

Prevê-se que Renato Usatii, ex-prefeito de 45 anos da segunda maior cidade da Moldávia, Balti, obtenha 6,4% dos votos.

Caso nenhum candidato obtenha a maioria, a votação seguirá para um segundo turno em 3 de novembro.

Quanto ao referendo sobre a adesão à UE, as sondagens mostram que cerca de 55% dos moldavos apoiariam a medida, enquanto 34% são contra. Para que o resultado fosse válido, porém, seria necessária a participação de pelo menos 33% do eleitorado.

Os partidos pró-Rússia instaram as pessoas a votarem “não” ou a boicotarem totalmente a votação.

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Votações prejudicadas por alegações de interferência russa

Antes das eleições, as autoridades moldavas afirmaram que tinham descobriu um esquema massivo de compra de votos supostamente envolvendo milhões de dólares da Rússia.

A polícia acusou Ilan Shor, um empresário fugitivo e ex-político que vive na Rússia, de tentar pagar aos eleitores para apoiarem um candidato presidencial específico e votarem “não” no referendo da UE.

Shor, que foi condenado à revelia por fraude no ano passado, está sob sanções ocidentais e nega qualquer irregularidade.

A polícia alertou esta semana que até um quarto das cédulas poderia estar contaminada com dinheiro russo.

As autoridades também disseram ter descoberto um plano que envolvia centenas de pessoas sendo levadas para a Rússia para serem treinadas para organizar motins e criar “desordem em massa” na Moldávia.

Sandu emitiu repetidamente avisos sobre os esforços russos para interferir na votação – alegações que Moscovo rejeitou.

As assembleias de voto encerram às 21h00, hora local (18h00 GMT), com resultados preliminares esperados no final da noite.

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nm/rc (Reuters, AFP, dpa)



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