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Mulher de 46 anos morre um dia após harmonização com PMMA – 14/01/2025 – Equilíbrio e Saúde

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7 meses atrásem
Simone Machado
Uma mulher de 46 anos foi encontrada morta no banheiro de sua casa um dia depois de passar por um procedimento de harmonização de bumbum com PMMA no Recife. A Polícia Civil e o Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) investigam o caso. Já o médico afirma que a morte foi uma fatalidade e que não houve falhas.
Segundo o boletim de ocorrência, Adriana Barros Lima Laurentino, 46, realizou o procedimento estético que promete ganho de volume e redução de celulite e de flacidez na última sexta-feira (10), na clínica Bodyplastia, localizada no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana.
Segundo a família afirma no registro policial, logo após o procedimento e liberada pela clínica para voltar para casa, Adriana passou a se queixar de dores intensas pelo corpo. No dia seguinte, a mulher foi encontrada pelo filho caída no banheiro da casa onde morava, já sem vida.
Na ocorrência, a família afirma que o polimetilmetacrilato, uma substância conhecida como PMMA, teria sido usada pelo médico Marcelo Vasconcelos para fazer o procedimento de “harmonização de bumbum”.
O PMMA é um preenchedor definitivo em forma de gel, utilizado em procedimentos estéticos e para correção de lipodistrofia, uma alteração da quantidade de gordura no corpo que pode ocorrer em pacientes com HIV. Desde os anos 2000, os médicos não costumam mais usar essa substância por ser permanente e aderir a pele, músculos e ossos. Quando há um processo inflamatório, ou mesmo quando o paciente não gosta do resultado, remover o PMMA sem causar danos a essas estruturas é quase impossível.
Procurado, o médico disse, em nota enviada por seus advogados, que a paciente foi vítima de uma fatalidade, que nada tem a ver com qualquer falha do profissional. Disse ainda que todos os pacientes assinam um termo de consentimento para a possibilidade de ocorrer complicações. A reportagem procurou a clínica, mas não obteve o contato.
Ainda segundo os familiares, a mulher pagou R$ 11 mil pelo procedimento estético. O atestado de óbito apontou como causas da morte “choque séptico” e “infecção no trato urinário”.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que está investigando o caso registrado como “Outras Ocorrências Contra a Pessoa” e que “as diligências seguem até o esclarecimento do ocorrido”.
O Cremepe fiscalizou a clínica onde o procedimento foi realizado nesta segunda-feira (13) e afirma ter constatado irregularidades.
“Durante a vistoria, foi constatado que o médico responsável pelo atendimento não possui registro regular junto a este Conselho Regional e que o ambiente em que o procedimento foi realizado não é adequado para a realização desse tipo de intervenção, o que o torna incompatível com os requisitos de segurança exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)”, disse em nota.
Ainda segundo o Cremepe, os trabalhos seguirão em sigilo processual para preservar a integridade da investigação.
O uso do produto para fins estéticos e reparadores é liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não é recomendado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).
Em novembro de 2024, a SBCP se manifestou contrária ao uso de polimetilmetacrilato (PMMA) injetável em procedimentos médicos e também se mostrou favorável ao banimento deste material pela Anvisa.
Outro lado
O médico Marcelo Alves Vasconcelos disse em nota enviada por seus advogados que a paciente foi vítima de uma fatalidade que não tem relação com falha profissional.
“Lamentamos muito o ocorrido, mas não há nexo de causalidade entre a intercorrência sofrida pela paciente e atuação do Dr. Marcelo, que sempre agiu diligentemente, seguindo os padrões preconizados pela boa técnica, mas que infelizmente intercorrências cirúrgicas podem ocorrer.”
Informou ainda que Adriana estava apta a fazer o procedimento e que todos os pacientes assinam um termo de consentimento livre e esclarecido para a possibilidade de ocorrer complicações ou intercorrências.
“A paciente que não tinha qualquer comorbidade ou contraindicação para o procedimento realizado, quer seja bioplastia glútea, sendo todas as etapas do procedimento cuidadosamente planejadas e executadas, seguindo os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade”, acrescenta a nota.
Sobre não ter registro profissional cadastrado junto ao Cremepe, o médico disse à reportagem que antes de começar a trabalhar no estado protocolou pedido no conselho, “mas por questões burocráticas ainda não foi expedido”. “Mas isso não impede o meu exercício”, disse.
Já em relação às irregularidades apontadas na clínica, ele disse que “é um espaço que foi sublocado”. “É um local com ótima estrutura e todos os alvarás de funcionamento e licenças necessárias. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, ela é propícia para isso. Eu não entendi qual irregularidade foi encontrada lá”, afirmou.
Em suas redes sociais, o médico diz que faz atendimentos em Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. E também compartilha vídeos de resultados de procedimentos de harmonização de bumbum, além de dar explicações sobre o PMMA.
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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1 dia atrásem
25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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