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Músico leva golpe de mata-leão na Câmara de Rio Branco ao cobrar explicações sobre a Lei Paulo Gustavo, que é alvo de denúncia
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Movimento dos músicos participava de uma audiência pública na Casa, alegando que empresa que recebeu recurso da Lei Paulo Gustavo é, na verdade, um restaurante.
Capa: Diogo Soares leva mata-leão durante sessão na Câmara de Vereadores — Foto: Reprodução.
Um contrato da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) no valor de R$ 200 mil com o restaurante Spetus Bar, de Sena Madureira, no interior do Acre, para operacionalização da Lei Paulo Gustavo, voltou ao debate na manhã desta terça-feira (3). Desta vez, artistas do Movimento Cultural em Rio Branco usaram a plenária para explicar a denúncia, que já está no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na sessão, houve confusão e mata-leão.
Além disso, o músico acreano, vocalista do Los Porongas, Diogo Soares, e Camila Cabeça cobraram transparência na licitação e pediram que os documentos fossem disponibilizados para o movimento.
“Percebe-se pelo comprovante de inscrição e situação cadastral da Receita Federal do Brasil que a atividade principal da empresa contratada é de restaurantes e similares, e no rol das atividades secundárias não consta a de “serviços de assessoria para elaboração de trabalhos técnicos” ou alguma atividade de serviço que seja equivalente, tanto quanto de assessoria, tanto quanto de elaboração de trabalhos técnicos, intelectuais”, afirma o documento.
Na sessão, Camila Cabeça começa lendo um documento, exigindo transparência. Logo em seguida, Diogo Soares mostra slides comprovando as denúncias. Há uma pausa e o líder do prefeito na Casa, Marcos Luz sobe e diz que algumas das denúncias não procedem.
Ao subir novamente no púlpito, Camila começa a falar novamente das denúncias e interrompida pelo vereador, que diz que eles precisam “ter vergonha na cara”. É quando Diogo se exalta ao defender Camila, que também passa a pedir respeito.
‘Vergonha na cara’
“Enquanto eu e a Camila Cabeça falávamos, o líder da prefeitura, o representante do prefeito Tião Bocalon aqui, o vereador João Luz, sem partido, interpelou a gente várias vezes, não deixando a gente concluir o nosso raciocínio. Mas o que foi pior, enquanto nós fazíamos nossas considerações finais, enquanto a Camilla Cabeça falava pelo Conselho Municipal de Cultura, na tribuna popular, o vereador falou que nós precisávamos tomar vergonha na cara. O líder do prefeito, mandou as pessoas do povo que foram convidadas a falar na tribuna a criar vergonha na cara. Eu estava lá dentro e não pude conter a minha indignação”, explicou o músico.
O segurança da Casa então tenta retirar Diogo e aplica um mata-leão no músico. Neste momento, uma confusão generalizada começou e os ânimos ficaram exaltados. Toda confusão foi transmitida ao vivo pelo site da Câmara.
“O segurança me agarrou e disse que eu tinha que respeitar o plenário. Eu falei que quem tinha que respeitar o plenário era o vereador que quebrou o decoro, me mandando criar vergonha na cara. Ele me deu um mata-leão e começou a me expulsar. Eu resisti, porque eu fui convidado. Eu não pedi pra estar aqui dentro hoje, eu fui convidado a falar pelo povo”, completou.
Camila Cabeça disse que diante do que aconteceu na Casa, os artistas devem ser reunir novamente na quarta-feira (4) e ocupar a Câmara de Vereadores.
“Corre o risco muito sério desse recurso não ser executado. A cultural foi o primeiro setor a parar e o último a voltar.”
Após algum tempo, os vereadores continuaram a sessão, se desculpando com o ocorrido e o vereador Marcos Luz foi orientando a se retratar por ter mandando os artistas “tomarem vergonha na cara”.
O vereador Marcos Luz disse que a denúncia foi registrada e que está sendo apurada. Porém, destacou que o movimento foi à Câmara para atacar o prefeito.
“Houve então a denúncia na Lei Paulo Gustavo, nós estamos apurando, inclusive, amanhã [quarta-feira, 4] vai estar aqui na Câmara Municipal o presidente da fundação e toda sua equipe técnica. É muito importante os fazedores de cultura estarem presente para que nós possamos tirar todas as dúvidas necessárias. Agora, o que nós não podemos aceitar, são ataques. Infelizmente, os representantes que aqui vieram, que aqui subiram na tribuna, fizeram um ataque direto a pessoa do prefeito Tião Bocalom e a gestão. Eu tinha conversado, inclusive, com eles nos bastidores, explicado a situação. Então, totalmente descenessário a postura desses representantes, temos mais de mil fazedores de cultura na cidade de Rio Branco e nós temos que, na verdade, ouvir a todos, e o recurso, que é público, tem que chegar a todos, não só a uma meia dúzia. Então, nós lamentamos o ocorrido que aconteceu aqui, nós também fomos desacatados. Queremos que, ao final, tudo seja resolvido que o recurso público como prefeito Tião Bocalom tem dito, tem que ser bem cuidado, bem investido”, disse.
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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre
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2 de dezembro de 2025A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.
A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.
Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.
“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”, afirma a reitora Guida Aquino.
O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.
Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.
Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.
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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre
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29 de novembro de 2025As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.
A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”
A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”
Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”
A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.
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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre
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27 de novembro de 2025Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.
Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.
O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.
“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.
Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.
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