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Novo diretor da Fundação Saúde no Rio é ligado a D…

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Lucas Mathias

Nomeado nesta terça-feira, 22, para chefiar a Fundação Saúde no Rio, em nome de uma reestruturação, o médico Marcus Vinicius Dias é mais um nome ligado ao grupo político do deputado federal Dr. Luizinho a chefiar o órgão. A entidade, que tinha em seu alto escalão uma irmã do parlamentar, foi a responsável por firmar contratos com o PCS Lab Saleme, laboratório que está no centro do escândalo das infecções por HIV após transplantes de órgãos no estado.

Até então, a fundação, um braço da Secretaria de Saúde fluminense, tinha como diretor-executivo João Ricardo da Silva Pilotto. Já a diretoria de Técnica Assistencial, Jurídica e de Planejamento e Gestão era chefiada pela irmã de Dr. Luizinho, Debora Lucia Teixeira Medina de Figueiredo. Ela, Pilotto e os outros quatro membros da cúpula da instituição tiveram sua exoneração publicada no Diário Oficial do Estado também nesta terça-feira.

Ao anunciar as mudanças, o governador afirmou que a nomeação “corrobora com a transparência e segurança com que estamos atuando desde o início das investigações sobre o caso”. “A mudança também assegura que não haja interferências internas nas apurações que estão sendo realizadas”, disse Castro. 

Agora à frente da fundação, no entanto, Marcus Vinícius Dias há um ano compartilhou em seu perfil nas redes sociais uma entrega para melhorias na infraestrutura do Hospital Estadual Azevedo Lima, onde ocupava até então cargo de diretor-geral. No texto da publicação, agradeceu ao então secretário de Saúde Dr. Luizinho “pela oportunidade de participar deste momento, bem como ao governador Cláudio Castro pela escolha acertada de seu secretário”.

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O post em que Dias agradece ao governador Cláudio Castro e o parabeniza pela escolha de Dr. Luizinho como secretário, feito há um ano (Reprodução/.)

O parlamentar, que comanda o Progressistas no Rio, chefiou a pasta da Saúde fluminense por cerca de um ano, até setembro de 2023. Mas até hoje mantém grande influência sobre a secretaria, além de ter relação próxima do governador. Castro, inclusive, chegou a cogitar lança Dr. Luizinho como seu sucessor ao governo do estado em 2026.

Dias, que agora assume a presidência da Fundação Saúde, é servidor de carreira do Ministério da Saúde há 15 anos. Na pasta em âmbito federal, foi secretário-executivo, além de ter ocupado o cargo de diretor-geral dos hospitais federais. Hoje, integra ainda o quadro de conselheiros de administração da Cedae.

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Os laços do parlamentar com o caso

Deputado federal desde 2019, Luiz Antônio Teixeira Júnior, o Dr. Luizinho, tem trajetória política ligada à área da saúde. Médico de formação, hoje ele comanda o Progressistas em território fluminense e é líder do PP na Câmara, em Brasília, graças ao bom relacionamento com o líder nacional da sigla, Ciro Nogueira. Atuou de 2013 a 2015 como secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu (RJ), cidade onde fica a sede do PCS Lab Saleme. Em janeiro do ano passado, comandou pela segunda vez a Secretaria de Estado da Saúde na gestão de Castro, cargo que deixou em setembro. Desde o final de 2022, o laboratório recebeu 21,2 milhões de reais dos cofres estaduais. Mas apenas em fevereiro do ano passado a empresa passou a ter vínculo formal com o governo para atender Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Boa parte desse montante, contudo, foi pago com dispensa de licitação. A ligação entre o estado e o laboratório cresceu justamente quando Dr. Luizinho era secretário estadual. Em nota divulgada, o deputado destacou que, embora conheça a empresa, não participou de sua escolha — até porque a contratação ocorreu quando ele já havia deixado a pasta. Walter Vieira, um dos sócios que assinou um dos laudos fraudados, por sua vez, é casado com a tia do deputado. Já Matheus Vieira, levado à delegacia para prestar esclarecimentos, é filho de Walter e, portanto, primo do parlamentar.

O laboratório PCS Lab Saleme é investigado depois que seis pessoas foram infectadas por HIV, após receberem órgãos de dois doadores soropositivos que, no entanto, tiveram seus testes para o vírus classificados como negativos em laudos da empresa. O diagnóstico permitiu que os transplantes fossem feitos.



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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go...

Marcela Rahal

Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.

Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.

Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.

O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.



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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg...

Ludmilla de Lima

Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.

Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano. 

A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.

A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.



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POLÍTICA

Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu...

Matheus Leitão

A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.

Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.

Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.

“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.

A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.

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“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana. 

A seguir as cenas dos próximos capítulos…



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