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O papel central do Bundesrat – DW – 18/03/2025

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O papel central do Bundesrat - DW - 18/03/2025

Esta pode ser uma semana importante para o futuro da Alemanha. Ambas as câmaras do parlamento devem votar em um emenda constitucional Isso facilitará o freio de dívida do país, abrindo o caminho para um enorme pacote de gastos para armamentos, infraestrutura e proteção climática acordada pelo bloco central-direita de União Democrática Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) e a esquerda central Partido Social Democrata (SPD) – que estão negociando para formar um novo governo – bem como o Verdes.

A emenda aprovou o Bundestag, na terça-feira, 18 de março, com a maioria necessária de dois terços-agora cabe à Segunda Câmara do Parlamento Alemão, o Conselho Federalque deve votar nesta sexta -feira. Aqui também, pelo menos dois terços dos membros devem votar na emenda para que ela seja aprovada. Mas isso não é uma coisa certa, pois alguns partidos regionais expressaram objeções.

A dívida da Alemanha da Alemanha será recompensada?

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O que é o Bundesrat?

O Bundesrat representa os 16 governos estaduais da Alemanha, que despacharam um punhado de representantes cada um, geralmente liderando ministros no gabinete do estado.

Localizado em Berlim, o Bundesrat tem o direito de aceitar ou rejeitar quaisquer projetos de lei que afetem os estados – o que essa nova alteração fará, pois também permite que os estados afrouxem seus próprios freios de dívida.

Os 69 assentos do Bundesrat são distribuídos entre os estados, embora não propotionalmente necessários em termos de população: por exemplo, o estado mais populoso da Alemanha, o norte da Reno-Orestfália, com 18 milhões de habitantes, tem seis votos de Bundesrat-mas a Saxônia mais baixa, que possui apenas 8 milhões de habitantes.

Da mesma forma, os estados com as menores populações – Bremen e Saarland (ambos com menos de um milhão de habitantes) – têm três votos cada, mas o Hamburgo também, que possui 1,9 milhão de habitantes.

Os assentos de cada estado são divididos entre as partes de acordo com sua força relativa no governo da coalizão: a Baviera, por exemplo, tem seis assentos de Bundesrat, quatro dos quais são ocupados pelo conservador União Social Cristã (CSU)e dois por seus parceiros de coalizão júnior, o Eleitores gratuitos (FW).

Mas – e isso pode ser um ponto de discórdia nesta semana – cada governo do estado deve votar em um único bloco no Bundesrat, independentemente da afiliação do partido. Se os dois representantes da FW da Baviera votarem de uma maneira diferente para seus colegas da CSU na sexta -feira, todos os seis votos serão considerados inválidos.

As margens são apertadas: a emenda do freio de dívida precisa de pelo menos 46 de 69 votos para passar no Bundesrat, e os governos estaduais administrados exclusivamente pelo CDU, SPD e verduras compõem apenas 41, para que os seis votos da Baviera possam ser cruciais. Em outras palavras, o FW, um partido minúsculo nacionalmente, teoricamente tem o poder de espreitar todo o empreendimento.

Os legisladores alemães estabelecidos para votação histórica nas regras de dívida

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Alguns estados têm objeções

Esse foi de fato o cenário que ameaçou se desenrolar na semana passada, quando o líder da FW e o ministro da Economia da Baviera, Hubert Aiwanger, disse após uma reunião especial de seu partido no Parlamento da Baviera: “Não podemos concordar com este artigo como ele permanece atualmente, porque vemos mais perigo do que a estabilidade do nosso país”. Mas, talvez porque esse movimento custasse a participação da FW no atual governo da Baviera, seu partido retirou suas objeções e concordou em votar na emenda.

A objeção de Aiwanger era que o levantamento do freio da dívida incentivaria muitos gastos do governo, mas outros membros do Bundesrat manifestaram preocupações diferentes.

A ministra da Economia de Bremen, Kristina Vogt, do Partido Socialista de Esquerda, que fica em coalizão na cidade-estado com o SPD e os verdes, exigiu que mais do pacote de infraestrutura planejado fosse alocado aos estados, em vez de deixar para o governo federal. Ela também ameaçou votar contra o pacote, o que significaria que os votos de Bremen também seriam inválidos.

Há uma situação semelhante no estado oriental de Mecklenburg Western-Pomerania, governado por uma coalizão de SPD e o partido esquerdo. Aqui também, o partido de esquerda expressou dúvidas sobre o aumento maciço dos gastos militares. Enquanto isso, o Sahra Wagenknecht Alliance (BSW)também veementemente contra o aumento dos gastos militares, está atualmente no governo em dois outros estados do leste da Alemanha. Igualmente, o Partido Democrata Livre (FDP)Guardiões auto-denominados do freio de dívida da Alemanha, está no governo da Renânia-Palatinato e Saxônia-Anhalt.

O líder da CSU Markus Söder e o líder dos eleitores livres Hubert Aiwanger
Hubert Aiwanger (à direita) ameaçou brevemente votar contra a emenda constitucional, que teria prejudicado sua coalizão com o primeiro -ministro do Estado da Baviera, Markus Söder (à esquerda)Imagem: Peter Kneffel/DPA/Picture Alliance

O que acontece se o Bundesrat votar não?

Não é incomum que o Bundestag e o Bundesrat discordem. “Pelo contrário, especialmente em tempos difíceis, muitas vezes acontece que o Bundesrat diz não”, disse Christoph Gusy, professor de direito constitucional da Universidade Bielefeld. “Isso não é uma crise constitucional, é uma situação muito normal”. Nesses casos, as contas são devolvidas ao Bundestag, onde devem ser renegociadas.

O que é incomum, no entanto, é quando os estados invalidam todos os seus votos do Bundesrat, dividindo -os. Segundo Gusy, essa situação surgiu apenas duas vezes antes – e uma daquelas vezes parecia ser o resultado de um mal -entendido. O outro caso foi em 2002, quando o governo de Brandenburgo, uma coalizão SPD-CDU, dividiu seus votos entre sim e não em uma proposta de lei de imigração. A confusão causou alvoroço na câmara e em um caso judicial subsequente, o Tribunal Constitucional decidiu que os votos de Brandenburgo eram inválidos.

Se o Bundesrat votasse contra a emenda do freio de dívida na sexta -feira, ele desencadearia “uma grave crise política”, disse Gusy.

Certamente seria um grande golpe para a autoridade do presuntivo próximo chanceler alemão, Friedrich Merzlíder da CDU, que atualmente está em negociações de coalizão com o SPD. “A formação deste novo governo é, em certa medida, construída sobre este novo pacote de dívida”, disse Gusy.

O futuro governo de Merz contém muito a poder gastar esse dinheiro-se o Bundesrat disser que não na sexta-feira, a conta remonta a um novo Bundestag na próxima semana-quando uma maioria de dois terços não será garantida. Então, todas as apostas estarão desligadas.

Editado por Rina Goldenberg

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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