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O plástico descartável será em breve proibido na Nigéria – mas estará o país preparado? | Nigéria

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7 meses atrásem
Eromo Egbejule in Lagos
euAbake Ajiboye-Richard, fundadora de uma consultoria de sustentabilidade com sede em Lagos, estava dirigindo na cidade mais populosa da Nigéria no início deste mês quando viu alguém jogando lixo pela janela do carro.
“Fiquei tão chocada ao ver isso em 2024”, disse ela. “Se você está jogando algo na estrada, o que você está fazendo em sua casa? O que você está fazendo na sua comunidade?”
Lagos – tal como o resto da Nigéria – tem um problema de lixo, especialmente quando se trata de plástico. Números do Banco Mundial mostram o país gera 27,6 milhões de quilotoneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente – um dos volumes mais elevados a nível mundial – dos quais 13% são plásticos. Apenas cerca de um décimo desses resíduos plásticos é reciclado.
Uma pesquisa realizada este ano pelo programa ambiental da ONU descobriu que cerca de 50 a 60 milhões de sachês de água usados são jogados nas ruas todos os dias, só em Lagos.
Em Janeiro, as autoridades nigerianas anunciaram a proibição de plásticos descartáveis, com efeitos a partir do próximo mês, mas há poucas provas de que o país esteja pronto para a implementação.
Os vendedores de alimentos de Abeokuta a Calabar e de Kaduna a Onitsha ainda usam diariamente isopor e outros plásticos descartáveis. E nos mercados de Oniru e Tejuosho, em Lagos, alguns comerciantes disseram que nem sequer tinham ouvido falar da proibição. A preocupação deles era a crise do custo de vida.
Desde que tomaram posse em Maio de 2023, o Presidente Bola Tinubu e o governador do banco central, Yemi Cardoso, embarcaram numa série de mudanças económicas controversas que actores externos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional elogiaram. No entanto, muitos cidadãos comuns dizem que qualquer impacto pretendido das revisões ainda não ocorreu. Além disso, estão optando por se concentrar em fazer face às despesas, em vez de no prazo final para os plásticos de utilização única.
“T-Pain e Cardi B querem nos matar antes do tempo”, disse Amos Adeyanju, um motorista de táxi de 28 anos, referindo-se aos apelidos populares do presidente e chefe do banco. “Gasto quase metade dos meus ganhos diários na compra de combustível e na compra de alimentos, por que deveria gastar também em alternativas caras quando o plástico é mais barato e mais fácil de obter?”
Em agosto, as autoridades federais plástico descartável descontinuado em gabinetes governamentais, e o Ministério do Ambiente disse que estava a estabelecer “um quadro abrangente para apoiar a sensibilização, implementação e aplicação eficazes da proibição em todo o país”.
Mas os observadores estão céticos.
Adewunmi Emoruwa, principal estrategista político do grupo de estratégia pública e mídia Gatefield, com sede em Abuja, descreveu a implementação da política anti-plástico como “sem brilho”.
após a promoção do boletim informativo
“A indústria teve décadas para pagar ou limpar a sua actuação, mas continua a influenciar indevidamente os reguladores com os mesmos pontos de discussão obsoletos”, disse ele. “Quando as estratégias orçamentais não se alinham com a retórica política, o que deveriam ser regras aplicáveis transforma-se em meras sugestões.”
Os especialistas dizem que muitas práticas insustentáveis que envolvem o uso de plástico são relativamente novas na cultura africana. Os alimentos, por exemplo, costumavam ser embrulhados em folhas de bananeira e os processos de fermentação eram comuns, para prolongar o ciclo de vida dos itens comestíveis.
Alguns defendem a integração de alguns desses conceitos antigos, bem como a introdução de incentivos à mudança de atitudes.
“Acho que falta um passo crucial, que é abordar os comportamentos, (explicar) por que o plástico descartável é ruim para o meio ambiente”, disse Ajiboye-Richard. “O dinheiro é sempre um incentivo para todos… e um fator importante na tomada de decisões.”
Até então, o progresso é improvável, acrescentou ela. “Se eu começar a ver algumas dessas estratégias em vigor, sinto que poderemos retirar plástico descartável das prateleiras até 2030.”
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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