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O que muda para o investidor de ações, renda fixa e fundos

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7 meses atrásem
Ao fim desta quarta-feira (6), a taxa básica de juros do país, a Selic, deve atingir o patamar de 11,25% após aumento de 0,50 ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, conforme esperam os agentes do mercado financeiro. A alta será a segunda consecutiva e, apesar de antecipada pelo mercado, traz mudanças significativas para os investimentos.
Na renda variável, os mercados de ações e fundos de investimentos seguem cercados de desconfiança com um cenário macroeconômico desafiador. Por outro lado, a renda fixa passa a pagar ainda mais nos pós-fixados e se consolida como principal destino do dinheiro dos brasileiros, mas tem desafios importantes no crédito privado.
Confira o que especialistas recomendam em ações, renda fixa, fundos imobiliários (FIIs), investimentos no exterior e fundos de investimento após mais uma possível alta da Selic nesta quarta-feira (6):
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Renda fixa – títulos públicos
Queridinhos dos brasileiros com os juros altos, os títulos públicos oferecem boas oportunidades principalmente nos papéis atrelados à inflação, que pagam IPCA+ 6,8%, e pós-fixados. “Nos títulos públicos, olhamos mais para IPCA+ agora”, diz Camilla Dolle, head de renda fixa da XP. Camilla afirma que a decisão do Copom é positiva para o Tesouro Selic, mas esses títulos “não têm componentes de risco que trazem prêmios maiores, são mais para estratégias de caixa e reserva de emergência”. Já o Tesouro IPCA+ “tem prêmio” e “taxa relevante para carregar os títulos até o vencimento”.
A XP prefere prazos intermediários, na média de cinco anos. Já os prefixados exigem mais cautela porque “são os que mais devem oscilar”. Por isto, os títulos curtos são mais recomendados.
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Renda fixa – crédito privado
No crédito privado, “não temos visto muito prêmio nas debêntures mais high grade (de empresas mais sólidas)”, afirma Ricardo Nunes, CIO de crédito da Paramis Capital. Nunes, porém, diz que é possível encontrar boas oportunidades em debêntures, CDBs, CRIs e até CRAs, que passam por um momento turbulento.
Na mesma linha, Camilla Dolle, da XP, diz que é preciso “ver se taxa, qualidade, prazo e indexadores fazem sentido, independentemente do tipo de papel”. A avaliação é de que, com prêmios amassados, fica mais difícil identificar se a relação risco-retorno é positiva para o investidor e indicar setores ou instrumentos específicos não é um bom caminho agora.
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Ações
Analistas estão otimistas com as empresas listadas na B3, mas pessimistas com o cenário macroeconômico. Monica Araújo, estrategista de renda variável da InvestSmart, resume que os fundamentos das companhias são bons, o que traria confiança na alta da Bolsa, porém, “a atratividade da renda fixa brasileira e ausência do investidor estrangeiro não ajudam a materializar o potencial da Bolsa”.
A curva de juros é um fator determinante para o desempenho da Bolsa nos próximos meses, segundo Monica Araújo, da InvestSmart, e Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos. “A projeção atual da curva de juros é mais desafiadora”, diz Costa, o que incentiva o investimento em blue chips como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) agora. Mas “qualquer mudança para melhor poderá impulsionar o mercado acionário”, o que pode trazer benefícios para os investidores arrojados que apostarem em setores sensíveis aos juros, como construção, varejo e locação de veículo.
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A recomendação geral após a alta dos juros é ter cautela e investir em empresas consideradas defensivas. Monica e Costa citam os setores de energia elétrica, saneamento, bancos, telecomunicações e seguradoras como portos seguros para o momento recheado de incertezas.
Fundos Imobiliários (FIIs)
O cenário de juros altos tem prejudicado os FIIs nos últimos meses e o quadro piora com a nova alta da Selic. A tendência é que os fundos que investem em imóveis físicos tenham perdas mais significativas no valor de suas cotas, enquanto fundos que investem em dívidas sejam privilegiados nas carteiras. Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, indica que o investidor priorize FIIs que estejam com um rendimento mensal mínimo de 0,85% para os próximos 12 meses, dado que esse percentual deverá ser superior ou próximo do patamar atual e projetado para a Selic.
A seleção, entretanto, deve ser criteriosa, com atenção para fundos alavancados e exposição a setores sensíveis a juros altos ou inquilinos que podem ser prejudicados com o cenário restritivo. Eliane Teixeira, economista da Cy Capital, recomenda fundos de logística e híbridos, com ativos de qualidade.
Fundos de investimento
Para os gestores, o cenário para fundos de investimento não muda muito com a alta da Selic. Segundo as fontes consultadas pelo InfoMoney, os dois aumentos consecutivos são pequenos comparados com o último ciclo de alta que elevou os juros de 2% para 13%. A diferença é a maior atratividade para estratégias focadas em ativos que já estão em alta, caso da renda fixa, enquanto estratégias de ações devem sofrer mais perdas.
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“Considerando a taxa Selic em 11,25%, destacamos três estratégias capazes de entregar retornos entre 14% e 17%, sem oscilação, ao longo dos próximos 12 meses: debêntures incentivadas, bonds e FIDCs”, diz Belitardo, da Hike Capital.
Multimercados, entretanto, não deve ser ignorado, para Alexandre Costa, analista de fundos da Empiricus Research. Segundo ele, essa classe de ativos permite alocações mais versáteis, em ativos que normalmente o investidor não consegue investir como juros, câmbio, commodities e outros. “Após os aprendizados dos últimos meses, continua sendo interessante. Várias dessas opções mais arrojadas o investidor consegue aplicar com menos dinheiro, tem a mesma exposição ao risco, e é uma opção legal de ter no portfólio”, diz Alexandre Costa.
Investimento no Exterior
O argumento de investimento no exterior se mantém mesmo com o aumento dos juros no Brasil: diversificação em moeda forte. Os especialistas ainda apontam a oportunidade que existe na rentabilidade dos títulos de renda fixa dos Estados Unidos – mesmo se a taxa de juros cair lá após a decisão do Federal Reserve prevista para esta quinta-feira (7).
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“É uma situação praticamente inédita nos ativos de renda fixa ou crédito lá de fora, com um nível alto de competitividade [com os ativos brasileiros] em termos de resultados e retornos oferecidos”, diz Rodrigo Aloi, head de estratégia e pesquisa da HMC Capital.
A Bolsa americana também é indicada por Aloi, que destaca a variedade de teses de investimento e a importância das ações de tecnologia no contexto global. “O investidor brasileiro que fica muito aficionado na taxa de juros Brasil acaba perdendo um pouco dessas outras oportunidades no exterior.”
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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6 dias atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

PUBLICADO
6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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