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O segredo para investir sem surpresas: como diversificar do jeito certo – 04/01/2025 – De Grão em Grão
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10 meses atrásem
Michael Viriato
Diversificar a carteira é uma das lições mais repetidas no mercado financeiro, mas também uma das mais mal compreendidas. Muitos associam diversificação à simples ideia de distribuir o portfólio em vários produtos, como se o número de ativos fosse garantia de retorno e segurança. Mas a verdadeira essência da diversificação vai muito além. Trata-se de reduzir riscos, equilibrar retorno e garantir que sua estratégia esteja alinhada ao seu perfil de investidor.
Por isso, é crucial entender que diversificação não é uma fórmula única. Para um investidor conservador, por exemplo, não faz sentido diversificar com ativos de alto risco apenas porque essa palavra soa bem. A diversificação deve ser construída com ativos que respeitem o apetite ao risco, mantendo o portfólio seguro e estável.
Em um cenário atual de juros altos, é natural que o foco esteja em ativos referenciados ao CDI. Com a Selic em patamares elevados e a expectativa de novas altas, a renda fixa pós-fixada se torna atraente. No entanto, é fundamental lembrar que a alta do CDI reflete um risco subjacente: o receio de uma inflação descontrolada. Aqui entra a necessidade de diversificar também em ativos atrelados ao IPCA, mesmo que os retornos imediatos não sejam tão chamativos.
Para ilustrar, basta olhar para o histórico recente. Em 2020, vimos o câmbio disparar, com o real desvalorizando 28% frente ao dólar. Apesar disso, a inflação oficial foi relativamente baixa, encerrando o ano em 4,5%. No entanto, o cenário mudou drasticamente em 2021, quando o IPCA chegou a 10,1%. Hoje, enfrentamos uma situação semelhante: uma desvalorização cambial de 28% em 2024 e um IPCA de 4,9%. Embora o mercado não preveja um salto inflacionário para 2025, não é algo que possa ser descartado. Nesse contexto, ter ativos que rendem mais de IPCA + 7% é uma estratégia inteligente para proteger o patrimônio em cenários adversos.
Diversificar é, portanto, um seguro contra o inesperado. Mas não se trata apenas de proteger; é também sobre aproveitar oportunidades. Uma carteira que combina ativos pós-fixados, atrelados ao IPCA e com vencimentos variados está mais preparada para oscilações econômicas. Isso é especialmente relevante em um cenário de juros altos, que pode trazer volatilidade, mas também oportunidades para quem sabe planejar.
Por fim, diversificar não significa abandonar estratégias clássicas ou apostar em tudo ao mesmo tempo. É um equilíbrio. Planejar bem o horizonte de tempo, alinhar os ativos ao seu perfil e fugir de armadilhas de “boas oportunidades” que ignoram o contexto maior são os pilares para um portfólio sólido e resiliente.
Investir bem não é sobre quantidade, mas qualidade. Uma carteira diversificada é como uma ponte bem projetada: ela atravessa qualquer rio, mesmo em dias de tempestade. O que você pode fazer hoje para garantir que sua ponte esteja preparada?
Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.
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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre
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13 horas atrásem
4 de novembro de 2025O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.
“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”
A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.
O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.
Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:
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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre
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5 dias atrásem
31 de outubro de 2025A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.
Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.
Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.
Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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