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Os direitos humanos estão em erosão sob Yunus? – DW – 30/12/2024

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O líder interino de Bangladesh, Maomé Yunusconversou com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, na semana passada, em meio à crescente preocupação internacional sobre relatos de ataques a minorias hindus e seus templos na nação predominantemente muçulmana.

“Ambos os líderes expressaram o seu compromisso de respeitar e proteger os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente da religião”, segundo um relatório da Casa Branca. declaração.

Aumento da violência e perseguição de minorias

Hindus e outras minorias em Bangladesh dizem que estão a ser oprimidos pelo governo interino que foi instalado depois do antigo primeiro-ministro Sheikh Hasina fugiu para o vizinho Índia em agosto de 2024 após sua expulsão por um levante liderado por estudantes.

Num dos últimos incidentes, 17 casas pertencentes à comunidade Christian Tripura, no distrito de Bandarban, no sudeste de Balgladesh, teriam sido incendiadas na véspera de Natal. Em resposta, o gabinete de Yunus condenou o ataque, afirmando que tais ações são “deploráveis ​​e inaceitáveis”.

Embora as medidas de segurança tenham sido reforçadas em Bandarban, o Grupo de Análise de Direitos e Riscos (RRAG), um órgão de vigilância dos direitos humanos, criticou Yunus pelo seu fracasso em abordar as crescentes violações dos direitos dos povos indígenas e das minorias religiosas.

Ataques inspiram medo na comunidade hindu em Bangladesh

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Relatos de violações de direitos ‘exagerados’

RRAG identificou violações graves, observando que mais de 272.000 indivíduos — principalmente opositores políticos — foram implicados em 1.598 processos criminais nos primeiros 100 dias da administração de Yunus. A organização informou que entre 19 de setembro e 1º de outubro, pelo menos quatro indígenas foram mortos e mais de 75 ficaram feridos.

Nur Khan Liton, ativista dos direitos humanos e membro da Comissão de Inquérito sobre Desaparecimentos Forçados, criada pelo governo interino, disse à DW que os indivíduos implicados em casos criminais enfrentam frequentemente agressões físicas durante a sua detenção.

Em resposta às preocupações crescentes, Yunus afirmou que os relatos de violações de direitos eram amplamente exagerados, informou a agência de notícias AP.

Durante uma visita a Dhaka do secretário dos Negócios Estrangeiros indiano, Vikram Misri, no início deste mês, o seu homólogo do Bangladesh, Mohammad Jashim Uddin, disse que os assuntos internos do Bangladesh não deveriam estar sujeitos a interferência estrangeira.

Uddin disse aos repórteres que Bangladesh pediu à Índia que não interferisse nos seus assuntos internos, o grupo com sede em Dhaka Estrela Diária relatado.

“Dissemos que pessoas de todas as religiões em Bangladesh praticam livremente suas crenças. Este é um assunto nosso interno. Não se espera (de outros países) que façam comentários sobre nossos assuntos internos. Não fazemos isso por outros países”, disse o inglês. -linguagem diária citou-o dizendo.

Bangladesh pós-Hasina enfrenta violência anti-Hindu

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Mortes sob custódia levantam alarme

Vários líderes da Awami Leaue (AL) de Hasina morreram sob custódia durante o governo interino, gerando sérias preocupações e controvérsias.

Em apenas 29 dias, quatro líderes da AL morreram alegadamente de “ataques cardíacos” enquanto estavam detidos na prisão de Bogura, aumentando para pelo menos dez o número total de membros e activistas da AL que morreram sob custódia policial nos últimos quatro meses.

Os familiares dos líderes que morreram enquanto estavam encarcerados disseram que havia sinais reveladores de tortura em algumas das vítimas.

O antigo ministro da Informação e Radiodifusão do Bangladesh, Mohammad Ali Arafat, disse à DW que a verdade por detrás destas mortes profundamente suspeitas e não naturais – sejam homicídios ou não – acabaria por vir à luz.

“Além disso, nenhum dos membros da família pôde abrir um processo e o seu acesso à justiça também foi negado”, acrescentou.

Defendendo a imprensa livre de Balgladesh

Jornalistas alinhados com o antigo governo Hasina dizem que enfrentam uma perseguição crescente sob a administração Yunus, que tem sido acusada de suprimir sistematicamente os meios de comunicação independentes.

Mais de 354 jornalistas assediados, 74 casos de violência denunciados, 113 acusações criminais apresentadas e credenciais de imprensa revogadas a 167 jornalistas, segundo o relatório da RRAG.

O Comitê para Proteger Jornalistas e Repórteres Sem Fronteiras (RSF) instaram o governo interino a garantir julgamentos justos e defender os direitos processuais dos repórteres.

O governo interino prometeu anteriormente restaurar a democracia e defender a liberdade de imprensa.

Em entrevista em outubro ao maior jornal do país, Prothom OláYunus defendeu a liberdade da mídia.

“Escreva como quiser. Critique. A menos que você escreva, como saberemos o que está acontecendo ou não?” ele disse.

Masood Kamal, editor sénior de notícias, disse à DW que os jornalistas alinhados com o governo de Hasina estão a perder os seus empregos sob o governo interino.

“Os apoiantes do novo regime têm como alvo jornalistas alinhados com a administração anterior, implicando-os em vários casos”, afirmou.

Hindus em Bangladesh celebram Durga Puja em meio a preocupações

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Preocupações com a desmoralização policial

Os advogados também encontraram restrições, tendo sido iniciados processos judiciais contra aqueles que se manifestam contra o governo interino. O eminente advogado e ativista de direitos ZI Khan Panna, ao falar com a DW, expressou graves preocupações com a deterioração do ambiente jurídico.

Ele revelou que os advogados que defendem os indivíduos acusados ​​nestes casos alegadamente inventados estão a ser agredidos dentro das instalações do tribunal e posteriormente levados para esquadras de polícia, onde são falsamente implicados em casos adicionais – tudo isto enquanto ainda usam as suas togas legais.

“Bangladesh nunca testemunhou algo assim antes”, observou Panna, destacando a natureza sem precedentes da situação.

O governo interino de Yunus tem enfrentado críticas generalizadas por conceder impunidade aos responsáveis ​​pela morte de 44 policiais durante protestos estudantis.

O advogado Andaleeve Rahman, líder do Partido Jatiya de Bangladesh, de centro-direita, expressou preocupação à DW sobre o precedente negativo estabelecido por esta impunidade.

Rahman criticou a falta de uma comissão para investigar estas mortes, apontando que os casos foram encerrados sem que a verdade por trás dos incidentes fosse descoberta. Advertiu que tais acções poderiam desmoralizar a força policial e minar o compromisso dos agentes com o dever.

“Os agentes da polícia fazem parte de uma comunidade e, se a impunidade for concedida desta forma, perderiam a paixão pelo trabalho”, disse ele.

Editado por: Keith Walker



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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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