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Paul McCartney prova que show pode ser visto várias vezes – 15/10/2024 – Ilustrada

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Thales de Menezes

Dizem por aí que Paul McCartney entra no Allianz Parque cumprimentando os funcionários, chamando todos pelo primeiro nome e perguntando da família. A piada se sustenta. O ex-Beatle subiu ao palco na arena do Palmeiras pela nona vez na noite desta terça-feira (15). E, para alegria geral, foi tudo como o esperado.

Depois de nove shows no ano passado, a turnê “Got Back” retorna em uma segunda etapa no Brasil. Com duas noites seguidas em São Paulo e a apresentação em Florianópolis no próximo sábado (19), ele completará 40 shows no país.

Pelo público que estava no Allianz, o ritmo de visitas pode continuar. Foi uma apresentação consagradora. O repórter conversou com alguns fãs que estavam vendo o ídolo pela quinta ou sexta vez, mas a maioria nessa amostragem nunca tinha encontrado antes Paul McCartney em carne e osso.

Para os novatos na plateia, o impacto é impressionante. São mais de duas horas e meia de show, e o protagonista esbanja uma vitalidade incrível aos 82 anos. Um baixo elétrico não é exatamente um instrumento leve, e além dessa força corporal, Paul exibe uma voz ainda firme, uma das mais reconhecíveis da história do rock.

O repertório da turnê foi preservado com rigor. Os shows apresentam sempre de 36 a 39 canções. Nos últimos dez shows no Brasil, 31 músicas estiveram em todos os setlists. Essas se dividem em 17 originais dos Beatles, sete gravadas nos anos 1970 com sua banda Wings, seis são de seus discos solo e uma, “In Spite of All Danger”, do repertório da banda The Quarrymen, na qual ele tocou com John Lennon e George Harrison antes dos Beatles.

Um show quase totalmente imutável pode ser assistido várias vezes? No caso de Paul McCartney, a resposta é afirmativa. E os motivos não são poucos.

Primeiro, é a oportunidade de estar diante de um homem que tornou global essa manifestação artística chamada rock e ajudou a modificar o comportamento de uma enorme parcela da juventude do planeta nos anos 1960. Esses fãs passaram a filhos e netos uma visão de mundo inquestionavelmente influenciada pelos Beatles.

Em seguida, é incontestável que as canções que mais uma vez transformaram o Allianz Parque num karaokê gigantesco são algumas das mais encantadoras e empolgantes que a música pop conseguiu criar. Mas o mais importante é perceber como Paul consegue montar um show em que a energia só aumenta a cada minuto em que a apresentação avança.

O show desta terça pode ser dividido em quatro blocos. No início, ele escalou canções conhecidas o suficiente para acordar a plateia, mas não necessariamente hits obrigatórios num “best of” de seu trabalho. Misturou muitas canções do Wings, como “Letting Go” e “Le Me Roll It”, com drops iniciais de Beatles, como “Getting Better”.

Depois desse esquenta de uma dezena de canções, ele foi inserindo algumas que elevaram a animação. Quando recorreu a “Love Me Do”, “Blackbird” ou “Lady Madonna”, o público no Allianz já ficou convencido que teria realmente a chance de voltar aos tempos da Beatlemania. E veio a novidade em terras brasileiras: “Now and Then”, a canção reconstruída a partir de uma fita deixada por John Lennon e que se transformou numa música “nova” dos Beatles, lançada no ano passado.

Aí, chegando perto de duas horas de ótima música, teve início a espetacular sequência que incendiou a arena até a versão matadora de “Hey Jude” que encerrou o show “oficial”, antes do bis. E é pura covardia. Quem resiste a ouvir e cantar junto “Something”, “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, “Band on the Run” e Get Back”, uma depois da outra?

A trinca final é de deixar quem estava lá com voz rouca no dia seguinte: “Let It Be“, “Live and Let Die” (hit do Wings com as tradicionais labaredas subindo pelo palco em meio a explosões) e “Hey Jude”, capaz de fazer a plateia cantar “Na na na na na na na” pelo tempo que Paul McCartney mandar.

Por fim, o bis, que tem sido há tempos motivo de alguma polêmica entre os fãs. São sete músicas, todas do repertório dos Beatles. Quando “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” surgiu, seguida por “Helter Skelter”, foi emocionante. O problema, se pode ser chamado assim, está nas três músicas finais.

Paul termina o bis de todos os shows com três canções curtas de “Abbey Road” (1969), na ordem em que elas estão no lado B do álbum: “Golden Slumbers”, “Carry that Weight” e “The End”. Tudo bem, é um momento Beatles, mas são muito menos empolgantes do que “Let It Be” e “Hey Jude”, cantadas antes. Para muita gente, fica um certo anticlímax.

Mas, depois do contato direto com uma lenda, tudo é perdoado. O público deixou o estádio completamente entregue a Paul McCartney.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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