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Pela prosperidade, liberdade e paz!

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Nesta sexta-feira teremos o feriado de 15 de novembro. Nada a comemorar. Poucos sabem que se trata da proclamação da república. Um grupo menor sabe que foi um golpe militar e o que aconteceu logo após a proclamação.

Assim como o brasileiro desconhecia as entranhas podres do sistema de governo que o governa até há pouco tempo, também desconhece a origem sangrenta e ilegal da implementação do regime republicano no Brasil.

Não, a proclamação da república não foi pacífica, também não foi um só um golpe contra a família imperial, foi um golpe contra o brasileiro e suas chances de ter uma legítima civilização brasileira.

O dia seguinte

No dia seguinte à proclamação, assumiu um governo republicano provisório liderado pelo Marechal Deodoro. Além de triplicar os salários de funcionários públicos apadrinhados e o próprio, ele convocou Ruy Barbosa para assumir a Secretaria da Fazenda. Ruy Barbosa, apesar de ser excelente escritor e orador, praticou uma verdadeira lambança nas contas públicas, ao implementar uma política econômica frouxa, com extensiva impressão de papel-moeda e ampla concessão de crédito, sem lastro, com o intuito de dar um “choque” de progresso econômico.  

Óbvio que o resultado foi o oposto: entre 1889 e 1891 houve inflação descontrolada, crise fiscal, crise financeira, crise comercial, falência generalizada, colapso das ações em bolsa, colapso da confiança na moeda e no mercado financeiro, e o desaparecimento da credibilidade internacional.

Cedendo aos rivais

Antes do final do ano de 1889, a maioria dos países vizinhos ao Brasil já havia reconhecido o regime republicano, pois todos tinham alguma indisposição ou rivalidade com a política externa do Império. Foram os primeiros a reconhecer os golpistas com a esperança de que isso ia facilitar suas disputas de fronteira.

Os Estados Unidos levaram um pouco mais de tempo. O recém-eleito presidente Benjamin Harrison disse que, com o fim do Império, o Brasil acabaria com a única verdadeira república da América Latina.

Os países europeus reconheciam a nova república à medida que o governo provisório cedia às suas demandas peculiares. A Rússia foi o último país a reconhecer a república, pois esperou até a morte de D. Pedro II, em 1892.    

Bagunça de 1890

Vários levantes e crises institucionais se apresentaram desde os momentos seguintes à proclamação.

De um lado, havia uma corrente liberal-democrata, que visava manter a separação de poderes. De outro, uma corrente positivista que pregava uma ditadura

Os liberais pareciam avançar dentro do governo provisório com a convocação de uma assembleia constituinte para criar uma nova constituição, a primeira da república. Essa era uma demanda dos ingleses, que condicionavam o reconhecimento do novo governo dentro de uma nova carta constitucional. No entanto, em paralelo a esses avanços dos liberais, os positivistas já tinham organizado o governo provisório de Deodoro como uma ditadura militar. 

Em 1890 as crises institucionais aumentaram. Como agravante, a crise financeira iniciada por Ruy Barbosa se intensificava. Ao mesmo tempo, uma nova constituição era promulgada, elegendo Marechal Deodoro presidente. O país estava à beira do caos.  

Golpe de Estado de 1891

À medida que o Congresso celebrava a promulgação da primeira constituição da república, em fevereiro de 1891, seus membros mal sabiam que sua falta de legitimidade, e consequente efetividade, não iriam durar. Em novembro de 1891, meros 7 meses após sua promulgação, a Constituição seria suspensa. Deodoro, sem saber conter as causas ou os efeitos das diversas crises políticas, institucionais e financeiras, decretou o fechamento do Congresso, impôs Estado de Sítio e suspendeu direitos individuais, tornando-se ditador de fato.

Primeira Revolta da Armada

Em novembro de 1891 a Marinha, os monarquistas e a oposição se levantam contra a ditadura do Marechal Deodoro na chamada Primeira Revolta da Armada. A Marinha fecha o acesso aos portos e promove um levante contra as forças fiéis a Deodoro. O resultado foi de dezenas de mortos, de ambos os lados. Desgastado completamente por sua intempestividade e incompetência, Deodoro renunciou no mesmo mês, em 23 de novembro de 1891.  

No mesmo dia, o Marechal Floriano Peixoto assumiu de forma ilegal a presidência da república.  

1892 – Prenúncio de problemas

De acordo com a recém-promulgada constituição, deveriam ocorrer novas eleições presidenciais, mas os militares positivistas não iriam permitir.  Em março de 1892, alguns Generais rompem apoio a Floriano e se juntam aos Almirantes da Marinha, clamando pela ilegitimidade de Floriano. Exigiam que ele seguisse a Constituição e convocasse novas eleições.

Floriano Peixoto negou a iniciativa, abraçou os positivistas e iniciou um período de centralização de poder e repressão total aos opositores políticos e aos estados da federação.

1893 – Revolta Federalista

Em fevereiro de 1893 inicia-se a Revolta Federalista: Forças de segurança dos Estados se levantaram contra a ditadura do poder central. Floriano respondeu com perseguição de opositores políticos para o exílio, fuzilamentos e degolas sumárias ocorreram em todo o país.  

Cerca de 10 a 15 mil brasileiros perderam a vida pela repressão de Floriano predominantemente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ao final da revolta federalista, Floriano humilhou os catarinenses, colocando seu nome na capital Nossa Senhora do Desterro, mesmo local onde as praias foram banhadas de sangue de quase 300 pessoas que se opunham à República da Espada. Todas foram fuziladas e degoladas, sem julgamento ou direito de defesa. Essa chacina, considerada a maior da História do Brasil, ficou conhecida como Massacre de Anhatomirim.

Segunda Revolta da Armada

No mesmo ano de 1893, em setembro, iniciou-se também a Segunda Revolta da Armada. Agora contra a ditadura de Floriano Peixoto, e liderada mais uma vez pela a marinha brasileira.  

Acuado por conflitos em diversos fronts, Floriano pediu ajuda à Marinha dos Estados Unidos para bombardear a Marinha brasileira que bloqueava o Rio de Janeiro. 

Em novembro de 1893 as forças do ditador vencem sobre um rastro de centenas de mortos, exilados e a destruição da Marinha brasileira

As revoltas da Armada feriram de morte os estados do Sul e do Sudeste, a partir de Minas Gerais, mas foram suficientes para tornar o ditador impopular e iniciar uma nova fase da república.

1894 – O recomeço

Desgastado e doente, Floriano entrega um país arruinado por crises internas de toda sorte. O primeiro presidente civil eleito em março de 1894, Prudente de Morais Barros, deparou-se com a missão do bom moço: pacificar, reconstruir e tentar criar a república, mais uma vez.    

Esses foram apenas os primeiros quatro anos pós-golpe da república. Mesmo assim, os republicanos achavam que haviam consolidado a república… Em nome do quê e de quem? Ninguém se atreve a responder essas questões, pois, não havia convergência por ideia alguma. E assim seguimos com o padrão que vemos até hoje.   

Conteúdo editado por:Aline Menezes

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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